A governança em privacidade e proteção de dados é um desafio crescente para empresas e organizações na era digital
Por Paula Bonini
Para abordar esses desafios, é necessário equilibrar a necessidade de coletar dados para melhorar produtos e serviços com a proteção da privacidade dos usuários.
Para discutir sobre esses temas, três especialistas foram entrevistados: Marcos Semola, sócio de Cybersecurity da EY; André Sucupira, diretor de serviços na Prodesp; e Iltenir Junior, chairman do CISO Forum Brazil.
Um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas é estabelecer o accountability na área mais adequada para cada modelo de governança corporativa, além de desenvolver a compreensão de boas práticas de gestão de riscos de privacidade através de uma operação continuada, evolutiva e que não seja exclusivamente orientada à conformidade.
Outro ponto é a necessidade de contar com apoio externo de consultorias globais e experientes em múltiplas jurisdições para alcançar a harmonização entre países e leis.
Outro ponto importante é a promoção do aculturamento efetivo das pessoas sobre a importância da proteção de dados, segundo André Sucupira.
Para equilibrar a necessidade de coletar dados para melhorar produtos e serviços com a proteção da privacidade dos usuários, as empresas podem implementar políticas claras de privacidade e transparência em suas práticas de coleta e uso de dados.
O governo tem papel fundamental na proteção dos dados dos cidadãos. Ele pode incentivar as empresas a adotar políticas de privacidade mais robustas por meio da implementação de leis e regulamentos adequados, fiscalização e punição das empresas que não estiverem em conformidade, de acordo com Iltenir Junior.
Marcos Semola complementa que a melhor forma de incentivar e realçar a geração de valor para o negócio a partir da transparência, conformidade e aplicação de boas práticas.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor no Brasil em 2020, impactou significativamente a governança em privacidade e proteção de dados no país.
A lei estabelece regras claras para a coleta, armazenamento e uso de dados pessoais e requer que as empresas implementem medidas de segurança adequadas para proteger esses dados.
A tecnologia, como a inteligência artificial e a Internet das Coisas, apresenta novos desafios em termos de privacidade e proteção de dados.
Para abordar esses desafios, as empresas devem avaliar os riscos e analisar o apetite do negócio a esses riscos antes de dar o primeiro passo na adoção de novas tecnologias.
É importante implementar políticas claras de privacidade e transparência em suas práticas de coleta e uso de dados, além de buscar o consentimento dos usuários para coletar seus dados e permitir que eles controlem suas preferências de privacidade.
Citações:
“Um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas é estabelecer o accountability na área mais adequada para cada modelo de governança corporativa”, diz Marcos Semola, sócio de Cybersecurity da EY.
“A promoção do aculturamento efetivo das pessoas sobre a importância da proteção de dados é essencial”, destaca André Sucupira, diretor de serviços na Prodesp.
“O governo tem papel fundamental na proteção dos dados dos cidadãos“, afirma Iltenir Junior, chairman do CISO Forum Brazil.
“A melhor forma de incentivar e realçar a geração de valor para o negócio a partir da transparência, conformidade e aplicação de boas práticas“, complementa Marcos Semola.
“As empresas devem implementar políticas claras de privacidade e transparência em suas práticas de coleta e uso de dados“, destaca André Sucupira.
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