O fator humano é um dos elementos mais críticos na defesa cibernética. Apesar de a tecnologia estar se tornando cada vez mais sofisticada, ainda dependemos das pessoas para utilizar e proteger os sistemas e as informações sensíveis.
No entanto, a falta de conscientização, treinamento e cuidado com as informações sensíveis tornam o fator humano o elo mais fraco na segurança cibernética. Como resultado, os cibercriminosos exploram as vulnerabilidades associadas ao fator humano, como a engenharia social, a falta de comunicação e clareza sobre o tema de segurança da informação.
Para entender melhor sobre o fator humano na defesa cibernética, entrevistamos João Passos, CISO da Brasilseg, e Iltenir Junior, fundador do CISO Forum Brazil.
De acordo com João Passos, o fator humano é primordial na defesa cibernética, mas as pessoas podem ser o elo mais forte se investirmos em capacitação, treinamentos e conscientização. Ele também ressaltou que as empresas precisam criar uma estratégia que conecta todos os departamentos, desenvolvendo ações para reduzir o risco da vulnerabilidade humana.
Além disso, as equipes de segurança da informação precisam entender o contexto da empresa para evitar o envio de informações fora do escopo, e os colaboradores precisam ser conscientizados sobre os riscos por meio de exemplos e situações reais.
Por outro lado, Iltenir Junior destacou que as principais vulnerabilidades associadas ao fator humano incluem a falta de conscientização e treinamento em segurança cibernética, a falta de cuidado com senhas e informações sensíveis, a abertura de e-mails de phishing e a instalação de software malicioso. Os cibercriminosos podem explorar essas vulnerabilidades por meio de técnicas de engenharia social, como a manipulação psicológica, o uso de informações pessoais e a criação de falsos cenários de urgência ou medo.
No que se refere às soluções tecnológicas disponíveis para mitigar as vulnerabilidades associadas ao fator humano, Passos mencionou que além das plataformas de conscientização e treinamento, as empresas também podem contar com ferramentas que detectam desvios de comportamentos e enviam alertas para que a área de monitoramento possa investigar antes que isso vire um incidente.
Por sua vez, Junior citou soluções de autenticação multifatorial, gerenciamento de senhas e softwares de treinamento em segurança cibernética como ferramentas que podem ser utilizadas.
Por fim, tanto Passos quanto Junior ressaltaram a importância de aumentar a conscientização e o treinamento em segurança cibernética em todas as áreas da organização, bem como incentivar uma cultura de segurança cibernética em todos os níveis da empresa. Para abordar o fator humano de forma mais eficaz, é necessário investir em uma gestão de consequências, onde as penalidades são claras para que os colaboradores saibam que suas ações têm consequências.
Em conclusão, é importante que as empresas adotem uma abordagem abrangente para abordar o fator humano na defesa cibernética. É necessário investir em capacitação e treinamento para aumentar a conscientização dos colaboradores sobre os riscos e vulnerabilidades associados à segurança cibernética. Além disso, é preciso criar uma cultura de segurança cibernética em toda a organização, que incentive comportamentos seguros e responsáveis.
Embora a tecnologia possa ajudar a abordar o fator humano na defesa cibernética, não é suficiente. As empresas devem investir em uma estratégia que conecta todos os departamentos e desenvolver ações para atingir o objetivo de reduzir o risco da vulnerabilidade humana. As soluções tecnológicas, como ferramentas de autenticação multifatorial, gerenciamento de senhas e softwares de treinamento em segurança cibernética, podem ser úteis, mas não substituem a conscientização e o treinamento dos colaboradores.
As tendências e desenvolvimentos futuros na área de defesa cibernética incluem a utilização cada vez maior de inteligência artificial e aprendizado de máquina para detectar e prevenir ameaças cibernéticas, bem como a crescente importância da segurança em nuvem e da segurança móvel. No entanto, é importante lembrar que essas tecnologias não são soluções definitivas, e o fator humano continuará a ser um elemento crítico na defesa cibernética.
Em suma, a abordagem ao fator humano na defesa cibernética é um desafio constante e exige uma abordagem multidisciplinar que envolva conscientização, treinamento e cultura de segurança cibernética em toda a organização. As empresas precisam trabalhar em conjunto com especialistas em segurança cibernética para criar soluções personalizadas e eficazes que abordem o elo mais fraco na segurança: as pessoas.
“O fator humano é primordial na defesa cibernética, mas as pessoas podem ser o elo mais forte se investirmos em capacitação, treinamentos e conscientização”, diz João Passos:
“As principais vulnerabilidades associadas ao fator humano incluem a falta de conscientização e treinamento em segurança cibernética, a falta de cuidado com senhas e informações sensíveis, a abertura de e-mails de phishing e a instalação de software malicioso”, Iltenir Junior
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Comemorando 5 anos da Coalizão Global de Criptografia
Nos cinco anos desde seu lançamento em 14 de maio de 2020, a Global Encryption Coalition (GEC) e seus membros remodelaram o debate mundial em torno da criptografia.
A Coalizão surgiu em tempos de incerteza, enquanto o mundo enfrentava os primeiros meses de uma pandemia global. Com apenas 37 membros da sociedade civil em sua fundação, a Coalizão foi formada com o objetivo de promover e defender o uso de criptografia forte em todo o mundo. Desde então, a Coalizão cresceu e agora conta com 466 membros de 108 países, incluindo organizações da sociedade civil, empresas e especialistas em segurança cibernética que trabalharam juntos para informar e impactar efetivamente os debates políticos globais sobre criptografia.
Crypto ID é um dos membros do Global Encryption Coalition e mantém uma coluna com os principais artigos. Acesse aqui!
































