DINAMO Networks disponibiliza sua infraestrutura de segurança para os participantes do piloto DREX
A nova moeda digital do Banco Central do Brasil, o DREX (Real Digital), promete trazer diversos benefícios para a economia brasileira tornando as transações financeiras mais rápidas, eficientes e inteligentes.
O DREX é uma CBDC (Central Bank Digital Currency – CBDC), uma versão digital do Real (BRL/R$). Com a moeda digital oficial, será possível realizar transações programáveis: pagamentos podem ser vinculados a certas condições, como recebimento de um pagamento ou de um produto, possibilitando maior automação no sistema financeiro e menores custos de verificação. Operações financeiras podem ser vinculadas entre si para criação de novos produtos e casos de uso benéficos para a população.
Piloto DREX
Desde 2020, o BACEN estudou a utilização da tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Tecnology – DLT) para realizar transações. Em abril de 2023, foi iniciado o Piloto do Real Digital para testar e viabilizar o projeto de CBDC, com duração pelo menos até o segundo trimestre de 2024.
Para o piloto, o Banco Central selecionou a plataforma DLT Hyperledger Besu, desenvolvida pela fundação Linux. A tecnologia permite a colaboração e o compartilhamento de dados entre diferentes partes de uma rede fechada que chamamos de rede permissionada. Além disso, a compatibilidade com EVM (Ethereum Virtual Machine – tecnologia que possibilitou a execução de contratos inteligentes em redes blockchain) e o fato de ser de código aberto (open-source), são fatores que fundamentaram a escolha da plataforma. A plataforma apresenta uma arquitetura modular, suporte a contratos inteligentes e um foco na privacidade e interoperabilidade, tornando-a uma escolha robusta e promissora para a realização do projeto. Ela interliga os diferentes bancos selecionados para o piloto através da Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN).
O principal desafio no piloto é simular operações com o DREX endereçando os temas essenciais do projeto que são Programabilidade (Oportunidade de criar serviços e soluções baseadas em Smart Contracts), Descentralização (diferentes validadores e participantes) e Privacidade das transações. Mas o tema da Segurança é também essencial para o piloto: uma das diretrizes é a adoção de padrões de resiliência e segurança cibernética equivalentes aos aplicáveis a infraestruturas críticas do mercado financeiro.
É neste contexto que a DINAMO Networks, com suas soluções de segurança criptográfica em hardware (HSM – Hardware Security Module), participa do piloto DREX, fornecendo suas soluções de segurança digital para a proteção de chaves criptográficas utilizadas e das transações na rede Hyperledger Besu do piloto.
Segurança e integridade da rede
Dentre os componentes de uma rede Besu, existem nós (nodes) participantes, conectados entre si com o objetivo de propor novas transações e armazenar as informações da cadeia. A tecnologia utiliza uma estrutura de armazenamento onde os dados e transações são gravados em blocos interligados de forma segura. Um protocolo de consenso entre os nós, permite a validação das transações e a sincronização das informações. No caso do piloto DREX, esse protocolo é chamado de QBFT, protocolo de consenso por autoridade (PoA – Proof of Authority), que permite que um conjunto de nós validadores assume a responsabilidade pela validação das transações realizadas pelos demais membros e autorize a inclusão de novos membros na rede.
Permissionamento de nó: Somente nós autorizados podem se conectar a outros nós na rede podendo usar TLS (Transport Layer Security, um protocolo de segurança criptográfica das comunicações em uma rede de computadores) para a comunicação e propagação das mensagens. São utilizados certificados, que podem ser emitidos por uma autoridade confiável, para gerenciar identidades de nós e contas e fazer a autenticação segura. O uso de certificados ICP Brasil contribuiria para elevar ainda mais o nível de segurança da rede, seguindo um processo semelhante ao já implementado no SPB e PIX.
Proposta de novos blocos: Para evitar ataques maliciosos como inclusão de transações fraudulentas ou alteração de blocos anteriores, apenas os blocos propostos por validadores autorizados são aceitos. A proposta de novos blocos é feita de forma segura com as chaves criptográficas dos nós validadores da rede.
Assinatura de blocos: Os blocos são em seguida assinados por cada nó (validadores e participantes) utilizando uma chave privada que garante e preserva sua identidade. A chave do nó precisa ser custodiada com segurança, cada participante do piloto terá que assinar blocos de forma segura.
A integridade da rede depende da segurança dos certificados e chaves utilizadas pelos nós da rede. O uso da tecnologia de HSM proporciona proteção avançada contra os ataques físicos e lógicos, garantindo integridade e confidencialidade das chaves criptográficas e certificados envolvidos. Ele faz parte das melhores práticas de cibersegurança e já integra diversas operações do Banco Central do Brasil. Como caso de uso, citamos o Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB) e PIX, incluindo as principais instituições financeiras mundiais.
Custódia das chaves de ativos (carteiras) e segurança das Transações
Os ativos que transitarão pela rede são protegidos pelas chaves privadas das carteiras detentoras. Os ativos serão o próprio Real Digital, o Real tokenizado ou outros ativos tokenizados (no caso do piloto, Títulos Públicos Federais).
A tecnologia de HSM também se aplica à proteção e custodia de chaves de ativos tokenizados nas carteiras digitais (wallets). O HSM garante a proteção institucional e escalável das chaves privadas, utilizadas pelas instituições ou pelos usuários finais para acesso aos tokens e ativos.
Uso do HSM para segurança, controle de acessos e performance
Para todos os casos de uso descrito acima, a integração do HSM com a rede Hyperledger Besu é realizada através de protocolos padrões de comunicação (PKCS#11) ou via plugins específicos.
A utilização da tecnologia de HSM dentro desse cenário assegura a conformidade legal e aprimora a reputação dos participantes, porque auxilia na adesão às regulamentações e diretrizes de segurança tais como a LGPD, a ISO 27001 ou a resolução 4893 do Banco Central (política de segurança cibernética).
Mesmo quando se utiliza uma plataforma em nuvem, é recomendado seguir as orientações da CSA (Cloud Security Alliance), como o EKM-04, que enfatiza que as chaves criptográficas empregadas em todo o processo de transação financeira não devem ser armazenadas no mesmo ambiente onde os dados estão alojados. Portanto, a sugestão é que essas chaves sejam preferencialmente mantidas em dispositivos HSM ou em HSM em nuvem externos à infraestrutura da nuvem, com mecanismos de redundância e alta disponibilidade.
O controle de acessos e a implementação de políticas de segurança são facilitadas pela gestão centralizada das chaves criptográficas. A tecnologia de HSM permite assegurar que somente indivíduos e aplicações autorizados tenham permissão para acessar e utilizar essas chaves.
Além dos requisitos de segurança, a tecnologia HSM permite processar altos volumes de transações e assinaturas digitais com alta performance (throughput) e arquitetura escalável, importantíssimo para as validações das transações e operações do DREX.
Infraestrutura de segurança para os participantes do DREX
Segurança, desempenho e conformidade são temas de suma importância para o avanço do DREX. A tecnologia de HSM é uma solução eficaz e comprovada para proteger as chaves criptográficas e garantir a integridade das transações financeiras.
Neste contexto, a DINAMO Networks participa do piloto do DREX, desenvolvendo a integração do HSM com a rede Hyperledger Besu.
A DINAMO faz oficialmente parte do grupo Tecban – BASA – Banco Arbi, e já provê outros participantes do piloto com sua tecnologia.
Com o constante desejo de contribuir para a modernização dos serviços financeiros no país a DINAMO Networks está disponibilizando sua infraestrutura de HSM para todos os integrantes do piloto DREX, seja para a infraestrutura de segurança da rede ou das carteiras e transações.
A DINAMO Networks é especialista em criptografia, proteção de dados e sigilo de informações. Ela tem participado, além do DREX, dos principais projetos de segurança do País como: Anonimização de Dados para conformidade a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), assinatura e processamento do PIX, Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB), Processamento de Cartões, entre vários outros.
Por meio da sua expertise tecnológica, possui a maior biblioteca de API´s de segurança de alto nível que são baseadas no uso dos equipamentos especializados de segurança criptográfica, os Hardware Security Modules – HSMs, ou, cofre digitais, que também são fabricados pela empresa e têm certificação internacional FIPS 140-2, nível 3. Eles são utilizados pelos principais bancos brasileiros, incluindo o Banco Central do Brasil (em especial para a criptografia do PIX) e pelas empresas dos mais diversos segmentos de forma On-Premise ou Cloud.
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Sobre a DINAMO NETWORKS
DINAMO NETWORKS é especialista em segurança digital e criptografia. Possui a maior biblioteca de APIs de alto nível e tem participado dos principais projetos de segurança do País como: Piloto do DREX (Real Digital), Anonimização de Dados para conformidade a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), assinatura e processamento do PIX, Sistema de Pagamento Brasileiro (SPB), Processamento de Cartões, Assinatura do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), IR pela Internet, Nota Fiscal Eletrônica, entre vários outros. Fábrica diferentes modelos de appliances de segurança, ou Hardware Security Module (HSMs), todos com certificação internacional FIPS 140-2, nível 3, utilizados pelos principais bancos brasileiros, incluindo o Banco Central do Brasil (em especial para a criptografia do PIX) e pelas empresas dos mais diversos segmentos de forma On-Premise ou em nuvem (Cloud). Recentemente, lançou a primeira plataforma de soluções de criptografia com pagamento por uso disponível no mercado mundial, a DINAMO SuperCloud.
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