Engenheiros do MIT desenvolveram uma etiqueta de identificação criptográfica que imita impressões digitais para combater falsificações
Fundação Nacional de Ciência dos EUA e a Fundação da Coreia para Estudos Avançados criam em conjunto etiqueta inviolável que imita impressões digitais com Ondas Terahertz.
A etiqueta, que é várias vezes menor e significativamente mais barata do que as etiquetas de radiofrequência tradicionais (RFIDs), utiliza ondas terahertz para autenticar itens, reconhecendo o padrão único de partículas metálicas microscópicas misturadas na cola que a fixa à superfície do item.
Alguns anos atrás, os pesquisadores do MIT inventaram uma etiqueta de identificação criptográfica que é várias vezes menor e significativamente mais barata do que as etiquetas de radiofrequência tradicionais (RFIDs) que geralmente são afixadas em produtos para verificar sua autenticidade.
Este pequeno tag, que oferece maior segurança sobre RFIDs, utiliza ondas terahertz, que são menores e viajam muito mais rápido do que as ondas de rádio. Mas essa tag terahertz compartilhava uma grande vulnerabilidade de segurança com as RFIDs tradicionais: um falsificador poderia retirar a tag de um item genuíno e reanexá-la a uma falsificação, e o sistema de autenticação não seria mais sábio.
Os pesquisadores agora superaram essa vulnerabilidade de segurança aproveitando ondas terahertz para desenvolver uma etiqueta de identificação antiadulteração que ainda oferece os benefícios de ser pequena, barata e segura.
Eles misturam partículas metálicas microscópicas na cola que cola a etiqueta a um objeto e, em seguida, usam ondas terahertz para detectar o padrão único que essas partículas formam na superfície do item. Semelhante a uma impressão digital, esse padrão de cola aleatória é usado para autenticar o item, explica Eunseok Lee, estudante de pós-graduação em engenharia elétrica e ciência da computação (EECS) e principal autor de um artigo sobre a etiqueta antiadulteração.
“Essas partículas metálicas são essencialmente como espelhos para ondas terahertz. Se eu espalhasse um monte de pedaços de espelho em uma superfície e depois brilhasse luz sobre isso, dependendo da orientação, tamanho e localização desses espelhos, eu obteria um padrão refletido diferente. Mas se você descascar o chip e reconectá-lo, você destrói esse padrão”, acrescenta Ruonan Han, professor associado do EECS, que lidera o Grupo de Eletrônica Integrada Terahertz no Laboratório de Pesquisa em Eletrônica.
Os pesquisadores produziram uma etiqueta antiadulteração movida a luz que tem cerca de 4 milímetros quadrados de tamanho. Eles também demonstraram um modelo de aprendizado de máquina que ajuda a detectar adulterações, identificando impressões digitais de padrão de cola semelhantes com mais de 99% de precisão.
Como a etiqueta terahertz é tão barata de produzir, ela poderia ser implementada em toda uma enorme cadeia de suprimentos. E seu tamanho minúsculo permite que a etiqueta seja anexada a itens muito pequenos para RFIDs tradicionais, como certos dispositivos médicos.
O artigo, que será apresentado na Conferência de Circuitos de Estado Sólido do IEEE, é uma colaboração entre o grupo de Han e o Grupo de Circuitos e Sistemas Energeticamente Eficientes de Anantha P. Chandrakasan, diretora de inovação e estratégia do MIT, reitora da Escola de Engenharia do MIT e professora de CEES de Vannevar Bush. Os coautores incluem os estudantes de pós-graduação da EECS Xibi Chen, Maitryi Ashok e Jaeyeon Won.
Tecnologia inovadora garante segurança contra falsificações
Ao contrário das RFIDs, que podem ser facilmente removidas e recolocadas, a nova etiqueta é intransferível. Se um falsificador tentar removê-la, o padrão único de partículas metálicas será destruído, invalidando a autenticação.
Tamanho minúsculo e baixo custo permitem ampla aplicação
Com apenas 4 milímetros quadrados, a etiqueta é pequena o suficiente para ser anexada a itens muito pequenos para RFIDs tradicionais, como certos dispositivos médicos. Seu baixo custo de produção viabiliza a implementação em toda uma cadeia de suprimentos.
IA aprimora a precisão da autenticação
Um modelo de aprendizado de máquina foi desenvolvido para auxiliar na autenticação, comparando padrões de cola e calculando sua semelhança com mais de 99% de precisão.
Desafios e oportunidades para o futuro
Ainda há desafios a serem superados, como a curta distância de leitura e a sensibilidade ao ângulo entre o sensor e a etiqueta. No entanto, os pesquisadores estão confiantes de que esses desafios serão superados em trabalhos futuros, abrindo caminho para uma ampla gama de aplicações para essa tecnologia inovadora.
Inspiração para o futuro da tecnologia terahertz
O projeto demonstra o potencial das ondas terahertz para ir além da banda larga sem fio, abrindo novas possibilidades em áreas como identificação, segurança e autenticação.
Apoio à pesquisa
Este trabalho é apoiado, em parte, pela Fundação Nacional de Ciência dos EUA e pela Fundação da Coreia para Estudos Avançados.
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Com informações do MIT
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