O WhatsApp, comprado pelo Facebook em 2014 por US$ 22 bilhões, não está disposto a mudar sua política de criptografia de mensagens para atender pedidos de governos, como aconteceu no caso do Brasil e que terminou com a Justiça determinando o bloqueio do app no país. A decisão valeu por apenas 12 horas, mas causou uma grande polêmica entre os internautas.
Ao Mobile World Live desta segunda-feira, 18/01, o presidente-executivo do WhatsApp, Jan Koum, foi indagado sobre o impasse criado com o governo brasileiro. Koum foi taxativo: “Nós não vamos ceder e abrir a nossa criptografia para ninguém. Abrir o back door não é produtivo para ninguém”, reforçou o executivo. De acordo ainda com o VP do WhatsApp qualquer medida que venha a fragilizar a política de segurança abriria uma brecha para os hackers avançarem sobre a ferramenta.
“Bandidos vão encontrar meios de romper a nossa segurança e criar problemas”, afirmou. Koum foi além: disse que o app prepara uma nova versão de criptografia para assegurar a transmissão segura das conversas. “Será a maior instalação de segurança”, assegurou. O WhatsApp chegou a marca de 990 milhões de usuários globalmente. A decisão do WhatsApp de não cobrar taxas dos usuários pode ser avaliada como uma estratégia para se aproximar do mercado corporativo.
O app também decidiu que continuará evitando publicidade e spam. “Este ano, nós vamos testar ferramentas que possam vir a permitir o uso do WhatsApp para comunicação privada com empresas e organizações”, explicou. “Isso pode significar falar com o seu banco sobre se uma transação recente é fraudulenta ou com uma empresa aérea sobre um voo atrasado”, exemplificou. Até dezembro, segundo dados revelados pelo Jornal Nacional, o WhatsApp devia mais de R$ 12 milhões à justiça brasileira. O Facebook, dono da empresa e com atuação no país, não se assume como responsável legal do aplicativo.
Fonte: Convergência Digital