Livia Med, assistente virtual médica baseada em IA, será parte do Projeto Rondon em atendimento a comunidades ribeirinhas
A Livia Med, assistente virtual que utiliza inteligência artificial para auxiliar médicos em práticas clínicas, irá apoiar a atuação de médicos e outros profissionais de saúde na operação Amazonas Embarcada, vinculada ao Projeto Rondon, uma ação interministerial do Governo Federal em parceria com Instituições de Ensino Superior (IES), coordenado pelo Ministério da Defesa.
Esta operação será especial por ser uma Assistência Hospitalar à População Ribeirinha (ASSHOP), ou seja, levará educação e assistência em saúde a comunidades muito vulneráveis, como as indígenas e ribeirinhas da região Norte do país.
A iniciativa marca um passo inédito na integração de tecnologias de suporte médico e inteligência artificial na operação, que anteriormente não contava nem com prontuários eletrônicos, funcionando apenas com documentos manuais.
A equipe irá embarcar em um dos navios da Marinha do Brasil, o Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) Soares de Meirelles, que conduz a nova fase do projeto, uma iniciativa apoiada pelas Forças Armadas do Governo Federal.
Pela primeira vez, a missão contará com o apoio de uma ferramenta de IA personalizada, sendo capaz de fornecer suporte clínico, atualização de condutas e orientação diagnóstica em tempo real, mesmo em locais sem infraestrutura tecnológica consolidada.
Também foram realizados ajustes nos protocolos para refletir as doenças mais comuns da região, como malária, infecções de pele, doenças tropicais e acidentes com animais peçonhentos, além de sugerir medicamentos e exames que estejam disponíveis no navio.

“Além de adaptarmos a IA para atuar no projeto de maneira mais rápida e certeira, também iremos colaborar com o envio de uma antena Starlink, para que os médicos possam ter conexão com internet para o acesso à Livia. Essa é uma iniciativa muito importante para a Livia Med, que deixa um marco na nossa história”, afirma Fabricio Avini, cofundador da Livia Med.
IA médica como aliada em áreas com pouco ou nenhum acesso à saúde
A Livia Med irá acompanhar a equipe do Projeto Rondon da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), uma equipe multidisciplinar formada apenas por voluntários.
Dentre eles, estão duas professoras universitárias e oito alunos da graduação e pós-graduação de diferentes áreas da saúde, como medicina, fisioterapia, farmácia, biomedicina e enfermagem.
A operação passará por nove comunidades no Amazonas – entre elas Anamã/Perpétuo Socorro, Beabá, Novo Supiá, Tuiué, Santa Luzia/Lago Mira, Paricatuba, Itapuru, Caiuanã e Sururá. A operação inicia no mês de julho e, em média, cada local deve receber cerca de 150 atendimentos diários, variando de acordo com a comunidade atendida.
Essa será a primeira vez de Bárbara Althoff, médica psiquiatra integrante da equipe da UFCSPA, no projeto. Aluna de mestrado da universidade, Bárbara não teve esta oportunidade durante a sua graduação, mas conseguiu participar dessa experiência agora durante a sua pós-graduação. “Eu me interessei desde o início, desde pequena a vontade de participar dessas operações esteve presente na minha vida. Estou terminando o mestrado nos próximos meses, então eu me inscrevi por entender que era a minha primeira e última chance, não teria essa oportunidade de novo”, explica.
A médica destaca que muitas das crianças atendidas pela equipe estarão diante de um médico pela primeira vez. “O navio fica alguns meses, às vezes até anos, sem passar por algumas comunidades, o que torna o trabalho ainda mais importante para assegurar que essas pessoas recebam assistência”, diz Bárbara.
Por conta do tempo que o atendimento demora para chegar nos locais, a agilidade é a chave do projeto, garantindo que mais pessoas possam ser atendidas. Nesse ponto, o uso da IA médica como assistente para compilar e trazer informações de apoio de forma rápida e segura é uma grande aliada.
Segundo Bárbara, os profissionais envolvidos poderão levar seus itens pessoais em uma mochila de até 10kg para os quase 20 dias de operação, ficando a mala de 23kg reservada para levar todos os materiais que serão utilizados pelo grupo para a realização das diversas oficinas de educação em saúde.
“De maneira geral, os profissionais envolvidos são recém-formados, com inseguranças e inexperiências de um médico novo no mercado, que não têm como levar livros, cadernos, resumos para auxiliar. É aí que entra a inteligência artificial da Livia Med, que vai nos ajudar a ter tudo que a gente precisa condensado na palma da nossa mão”, afirma.
“Como são populações muito vulneráveis que recebem atendimento de saúde a cada muitos meses , a demanda da comunidade por atendimento na hora que o navio chega é muito alta. A IA também vai nos ajudar nisso, a agilizar o atendimento, já que são muitas pessoas para poucos médicos”.
Todos os médicos da operação terão acesso à Livia Med por meio de seus celulares, que poderá ser utilizada tanto como apoio clínico direto quanto como fonte de triagem e orientação por parte da equipe multiprofissional.
“A presença da Livia Med na operação Amazonas Embarcada representa mais do que um teste de tecnologia. É um caso emblemático de como a inteligência artificial pode ampliar o alcance da medicina e reforçar a qualidade do atendimento em regiões desassistidas”, afirma Lucas Oliveira Junqueira e Silva, médico emergencista e responsável técnico da Livia Med.
Sobre
A Livia Med é uma assistente virtual médica que utiliza IA para auxiliar médicos em práticas clínicas. Desenvolvida pela DocDoor e Care Intelligence, a ferramenta é treinada por médicos especialistas e possui acesso a milhares de diretrizes clínicas, revisões sistemáticas, ensaios clínicos, estudos observacionais, além de mais de 8,5 mil bulas e 130 mil interações medicamentosas, oferecendo suporte clínico com eficiência.
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