Arthur Carvalho, especialista em criptos e ativos digitais do Grupo Braza, aponta como novas regras podem transformar o uso das criptomoedas por consumidores e investidores
O mercado de criptomoedas tem crescido de forma impressionante nos últimos anos, despertando o interesse de investidores, empresas e governos em todo o mundo. Segundo relatório da Receita Federal, entre janeiro e setembro de 2024, foram movimentados R$363,3 bilhões em operações, com alta de 82% em relação ao mesmo período de 2023. O crescimento acelerado, no entanto, também levanta questões sobre segurança, proteção ao consumidor e estabilidade do sistema financeiro.
Para Arthur Carvalho, diretor e especialista em criptos e ativos digitais do Grupo Braza, a regulamentação tornou-se essencial para consolidar o setor e ampliar sua presença no dia a dia do consumidor.
“O objetivo é criar um ambiente mais seguro e transparente. As novas regras impactam diretamente como as moedas digitais serão negociadas e utilizadas no nosso dia a dia. Por serem descentralizadas, as criptos permitem transações rápidas e globais, mas também aumentam os riscos de fraudes, manipulações e dificultam a proteção do consumidor”, explica.
O executivo ainda destaca que a regulamentação atua em três frentes: proteção aos usuários, com regras que asseguram seus direitos; combate a fraudes e práticas abusivas; e promoção da estabilidade do mercado, sem impedir a inovação. Nesse cenário, ele aponta os principais desafios e oportunidades que surgem com a nova legislação:
Desafios
Equilíbrio entre inovação e segurança: Regulamentações excessivamente restritivas podem sufocar a inovação, enquanto regras muito flexíveis podem aumentar os riscos para os consumidores.
Confiança nas reservas: No caso das stablecoins, é fundamental que as empresas responsáveis promovam a existência de reservas reais que garantam a paridade do valor.
Concorrência com CBDCs: Muitos governos estão desenvolvendo suas próprias moedas digitais, conhecidas como CBDCs (Moedas Digitais de Bancos Centrais). A coexistência entre CBDCs e stablecoins privadas será um desafio regulatório e de mercado.
Oportunidades
Inclusão financeira: A regulamentação pode estimular o acesso a serviços financeiros para milhões de pessoas que hoje estão fora do sistema bancário tradicional.
Modernização dos pagamentos: Regras claras favorecem a integração de novas tecnologias, tornando as transações mais rápidas, seguras e baratas.
Aumento da confiança: Um ambiente regulado traz mais segurança aos investidores e consumidores, impulsionando a adoção de criptomoedas em larga escala.
“As mudanças regulatórias estão redesenhando o cenário das criptomoedas globalmente. No Brasil, as iniciativas já mostram resultados positivos. Com o avanço também nos Estados Unidos e Europa, caminham-se para um cenário onde o uso de ativos digitais será cada vez mais seguro, acessível e eficiente”, finaliza Arthur.
Sobre o Grupo Braza
O Braza é um grupo especializado em soluções financeiras que abre novas possibilidades internacionais para brasileiros. Atuando em diversas frentes desde 2013, o Grupo inclui o Braza Bank, o maior banco de câmbio do Brasil em volume de dólares transacionados, de acordo com o Banco Central, atendendo demandas de exportação, importação, proteção cambial, remessas internacionais, entre outros serviços. Além do Braza Bank, o grupo conta com a conta global multimoedas Braza On, uma instituição de pagamentos em Londres (Braza UK), uma filial em Portugal (Braza PT) e uma empresa de tecnologia, o Braza Tech. Com a adição das stablecoins USDB e BBRL, o grupo reforça sua missão de promover inclusão financeira e estimular a economia digital brasileira e sul-americana.
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