O comportamento dos C-Levels é o reflexo mais visível da maturidade de uma organização quando o assunto é segurança digital
Por Bruna Boner, CEO da Globalweb

Quando falamos de cibersegurança, muitos imaginam firewalls, antivírus e equipes técnicas dedicadas a proteger redes e dados. Mas o que poucos percebem — e que faz toda a diferença — é que a verdadeira cultura de segurança começa na liderança. Sim, o comportamento dos C-Levels é o reflexo mais visível da maturidade de uma organização quando o assunto é segurança digital.
Os cibercriminosos encontram novas oportunidades e mecanismos de ataque a todo momento. E o advento e popularização de tecnologias de IA, tecnologia operacional (OT), dispositivos de Internet das coisas (IoT) e ambientes de nuvem oferecem aos hackers novos caminhos para atuar.
Nesse ambiente de risco, de nada adianta investir milhões em ferramentas sofisticadas se os principais líderes não respeitam práticas básicas como autenticação multifator, uso de senhas fortes ou atualização constante de dispositivos.
E o problema é real: o Brasil foi alvo de 356 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos em 2024, de acordo com o laboratório de análise e inteligência de ameaças FortiGuard Labs. Adicionada a isso, segundo dados da IBM, 95% dos incidentes de segurança têm origem em erro humano. E boa parte deles começa nas altas esferas, com descuidos que se tornam um modelo negativo para toda a empresa.
Cultura organizacional é, antes de tudo, comportamento. Quando um CEO compartilha senhas com assistentes por conveniência ou ignora alertas de segurança em nome da agilidade, ele está não apenas se expondo, mas legitimando a negligência. Pior: está minando o trabalho dos times de tecnologia que, muitas vezes, lutam para implantar políticas que esbarram na falta de exemplo.
Mais do que aprovar orçamentos para segurança da informação, cabe aos líderes serem os primeiros a aderir, defender e disseminar boas práticas. É preciso criar um ambiente onde a segurança não seja vista como trava, mas como um ativo estratégico e um diferencial competitivo. E isso só acontece quando os executivos tratam o tema com a seriedade e a prioridade que ele exige.
Empresas com forte cultura de segurança tendem a reagir mais rápido a incidentes, a proteger melhor dados sensíveis e a conquistar mais confiança no mercado. E essa cultura se constrói com clareza, treinamento constante e, principalmente, exemplo.
Uma liderança segura inspira quem está ao seu redor. E, em um cenário em que ataques cibernéticos crescem exponencialmente, não há espaço para omissão. A segurança digital é responsabilidade de todos, mas a transformação cultural começa com quem ocupa o topo da cadeia de decisão.
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