A IA generativa pode ser uma ferramenta tática e estratégica, redesenhando a maneira como o marketing é feito
Por Murilo Borrelli

A inteligência artificial generativa chegou ao marketing como um furacão, com ferramentas dominando as conversas e despertando a curiosidade dos profissionais da área. Mas existe uma questão que poucos se atrevem a responder de forma clara.
Seria a IA generativa apenas mais uma ferramenta para agilizar tarefas pontuais, ou estamos diante de uma transformação que pode redesenhar completamente a maneira como fazemos marketing?
O uso tático: IA como ferramenta de produtividade
No nível tático, ferramentas como o ChatGPT têm revolucionado a criação de conteúdo, indo muito além de simples geração de textos. O GPT é capaz de entender contextos complexos, adaptar o tom de voz para diferentes públicos e até sugerir estratégias de comunicação baseadas em dados de entrada.
Ele ajuda a criar roteiros para vídeos, scripts de atendimento ao cliente, e-mails marketing personalizados e posts para redes sociais, acelerando o processo criativo e liberando os profissionais para focar em tarefas mais estratégicas.
Já o Midjourney, plataforma que gera imagens a partir de descrições textuais, tem ampliado as possibilidades criativas ao permitir que designers e profissionais de marketing experimentem visualmente em minutos aquilo que, antes, levaria horas ou dias para ser produzido.
Com ele, é possível criar variações rápidas de arte para campanhas, mockups, capas de e-books, e até conceitos visuais para produtos, sempre com um olhar inspirado na criatividade humana, mas potencializado pela velocidade da IA.
Essas aplicações são eficazes para ganhar produtividade e inovar em processos, porém, são ainda soluções pontuais, usadas para executar tarefas específicas.
Mas e o estratégico? A IA como motor de transformação
O verdadeiro salto está em integrar a IA generativa no núcleo das estratégias de marketing. Por exemplo, empresas que combinam GPT com análise de dados conseguem não só criar conteúdos, mas gerar insights preditivos sobre tendências de mercado, preferências de consumidores e posicionamento competitivo. Isso permite um marketing ágil, que se adapta quase em tempo real, com mensagens e campanhas altamente segmentadas.
Com o Midjourney, essa transformação também se dá na personalização visual em escala. Imagine uma marca que cria milhares de versões visuais de um produto para diferentes segmentos demográficos e canais, otimizando a performance de anúncios com base em dados reais de engajamento, algo impensável em processos tradicionais.
Além disso, a IA muda a forma como equipes trabalham. Com automação criativa, funções antes separadas, como redatores, designers e analistas, podem colaborar de maneira integrada, apoiados por uma “mente digital” que acelera testes, validações e adaptações constantes.
A linha tênue entre modismo e valor real que todo profissional deve entender
Discernir entre o hype e o valor real que a IA generativa pode entregar é um dos maiores desafios do mercado atual. Por um lado, a promessa de produzir conteúdo rápido e barato seduz muitos gestores, levando ao uso superficial da tecnologia, gerando textos genéricos, imagens desconectadas da marca e ações que pouco acrescentam à jornada do cliente. Esse uso apenas reforça a ideia da IA como modismo, algo sem profundidade.
Por outro lado, o valor real surge quando as organizações enxergam a IA como uma ferramenta para repensar o marketing em sua essência. Isso exige maturidade, investimento em dados, mudança cultural e processos que integrem IA com inteligência humana, transformando a forma de criar, planejar e executar campanhas.
O risco de cair no modismo é alto; além de desperdício de recursos, pode comprometer a experiência do consumidor e até a reputação da marca. Por isso, é fundamental que profissionais saibam avaliar a tecnologia além do que ela pode fazer pontualmente, considerando o impacto sistêmico que ela pode gerar. O verdadeiro diferencial está em adotar a IA generativa não para substituir o fator humano, mas para potencializá-lo, agregando inteligência, velocidade e escala.
O desafio está lançado e é extremamente importante olhar para além do imediatismo, enxergando como essas soluções podem ser um motor de inovação estratégica, afinal, IA generativa é muito mais do que uma ferramenta de produtividade. É uma oportunidade única de repensar o marketing, o negócio e a forma como nos conectamos com as pessoas.
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