A inteligência artificial (IA) deixou de ser uma promessa futurista para se consolidar como um dos principais motores da transformação digital
Por Redação Crypto ID
No artigo publicado pelo CryptoID, Paul Whitelam na época, VP da ClickSoftware e agora Gerente Geral e Vice-Presidente Sênior de Gestão de Serviços de Campo na Salesforce. Whitelam antecipou com precisão o impacto da IA na produtividade, no atendimento ao cliente e na redefinição do papel humano nas organizações.
IA: A Nova Fronteira da Produtividade — E Por Que o Brasil Não Pode Ficar Para Trás
Hoje, essa previsão se confirma com força. Empresas que adotam IA de forma estratégica estão ganhando vantagem competitiva, enquanto aquelas que hesitam correm o risco de ficar para trás. E o Brasil, apesar de avanços importantes, ainda enfrenta o desafio de acelerar sua adoção tecnológica para não perder relevância no cenário global.
Da automação à inteligência: o salto que já começou
A primeira onda da IA foi marcada por automações simples, como chatbots e sistemas de recomendação. Agora, entramos na era da IA generativa e dos modelos de linguagem avançados (LLMs), capazes de criar textos, códigos, imagens e tomar decisões complexas com base em grandes volumes de dados.
Essas ferramentas estão sendo aplicadas em diversos setores:
- Redução de custos com atendimento ao cliente
- Antecipação de falhas com manutenção preditiva
- Criação de campanhas de marketing personalizadas
- Apoio a diagnósticos médicos
- Otimização de rotas logísticas e previsão de demanda
O Brasil no mapa da IA: avanços e obstáculos
Segundo dados da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), o Brasil é o maior mercado de TI da América Latina, mas ainda investe menos em IA do que países como México e Chile, proporcionalmente ao PIB.
Principais desafios:
- Escassez de profissionais especializados
- Baixa integração entre universidades e empresas
- Pouco incentivo fiscal à inovação
- Desigualdade no acesso à tecnologia entre regiões
Apesar disso, startups brasileiras vêm se destacando em áreas como agritech, fintech e edtech, com soluções baseadas em IA que resolvem problemas locais e têm potencial de escala global.
IA e ESG: tecnologia com propósito
A inteligência artificial também está sendo usada para impulsionar práticas sustentáveis e éticas. Empresas adotam IA para:
- Monitorar emissões de carbono em tempo real
- Prever riscos ambientais e desastres naturais
- Otimizar consumo energético em fábricas e edifícios
- Detectar fraudes e garantir conformidade regulatória
Essa convergência entre tecnologia e responsabilidade social é um diferencial competitivo e uma exigência crescente do mercado.
Ética, regulação e confiança
Com o avanço da IA, surgem preocupações legítimas: como garantir que algoritmos não reproduzam preconceitos? Como proteger dados sensíveis? Como responsabilizar decisões tomadas por máquinas?
A União Europeia lidera esse debate com o AI Act, proposta de regulação que pode servir de modelo global. No Brasil, o Marco Legal da IA ainda está em discussão, mas é urgente que empresas e governos se antecipem com políticas claras de governança algorítmica.
A matéria publicada pelo CryptoID em 2019 acerta ao mostrar que a IA não substitui o humano, mas o potencializa. O Brasil tem talento, criatividade e demanda para se tornar protagonista nessa revolução. Mas é preciso agir com estratégia, investimento e visão de longo prazo.
Empresas que adotarem a IA com responsabilidade e ousadia não apenas sobreviverão — elas liderarão.
- Paul Whitelam é Gerente Geral e Vice-Presidente Sênior de Gestão de Serviços de Campo na Salesforce. Ele ingressou na Salesforce como parte da aquisição da ClickSoftware, onde liderou a equipe global de marketing, trabalhando em estreita colaboração com líderes de gestão de serviços de campo em diversos setores. Paul tem mais de vinte anos de experiência em software empresarial, com cargos de liderança em diversas áreas fundamentais para o serviço de campo, como dispositivos móveis (Nokia), inteligência de localização (HERE Technologies) e gestão de dados (Endeca)
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