O ano de 2026 marca um ponto de inflexão para empresas e profissionais do mercado financeiro, a inteligência artificial (IA) deixa de ser uma promessa futurista e se consolida como o principal motor de decisões estratégicas, automação de processos e interação com consumidores e investidores
Este artigo explora como a IA está redefinindo o funcionamento do mercado financeiro, desde a análise de dados até a tomada de decisões automatizadas de recomendação de investimentos, e como as organizações podem se preparar para esse novo paradigma.
Por Susana Taboas, economista e sócia fundadora do Crypto ID

IA como Estratégia Central: Muito Além da Eficiência Operacional
A IA em 2026 não é apenas uma ferramenta de apoio — ela é protagonista na formulação de estratégias corporativas e apresentação de cenários. Os algoritmos evoluíram para interpretar contextos complexos, prever comportamentos e tomar decisões com base em volumes massivos de dados em tempo real.
Principais aplicações:
- Análise preditiva de investimentos com base em dados históricos e tendências emergentes
- Automação de compras e contratações com critérios de compliance embutidos
- Gestão de risco em tempo real, com alertas proativos e reações automatizadas
- Interação com stakeholders por meio de assistentes virtuais inteligentes e personalização de conteúdo
SEO Evoluído: A Era do Generative Engine Optimization (GEO)
Com a ascensão dos motores de busca baseados em IA generativa, o tradicional SEO dá lugar ao GEO (Generative Engine Optimization). Plataformas como Copilot, ChatGPT e outras priorizam respostas diretas e contextuais, alterando radicalmente a forma como empresas se posicionam digitalmente.
Implicações do GEO no mercado financeiro
As implicações da inteligência artificial no mercado financeiro são profundas e exigem uma reconfiguração estratégica da comunicação corporativa. O conteúdo financeiro precisa ser estruturado de forma compatível com sistemas de IA, utilizando metadados e linguagem clara para garantir interpretabilidade algorítmica. Nesse novo cenário, a reputação digital passa a ser um ativo estratégico, já que os algoritmos priorizam fontes confiáveis e transparentes. Além disso, a transparência e a acessibilidade tornam-se diferenciais competitivos na relação com investidores, fortalecendo a confiança e a relevância institucional em ambientes digitais cada vez mais automatizados.
IA e Tomada de Decisão Automatizada: O Fim da Intuição Isolada
Em 2026, decisões de compra, investimento e contratação são cada vez mais automatizadas por sistemas de IA que cruzam dados financeiros e contábeis, comportamentais e de mercado.
Exemplos práticos:
- Plataformas que recomendam ou executam compras automaticamente com base em desempenho financeiro
- Sistemas que monitoram indicadores contábeis em tempo real e ajustam estratégias sem intervenção humana
- Ferramentas que avaliam fornecedores e parceiros com base em dados públicos e privados
IAS 2026 e a Integração com IA
Embora não seja o foco principal, vale destacar que as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) terão por atualizações importantes em 2026 para alinhar-se à nova realidade digital, principalmente com relação à Gestão de Riscos, onde a tecnologia ajuda a identificar, prever e gerenciar riscos relacionados ao ESG, que as empresas são obrigadas a reportar.
Destaques:
- Compatibilidade com sistemas de IA para leitura e interpretação automática de relatórios
- Exigência de metadados estruturados para facilitar auditorias algorítmicas
- Governança de dados como pilar central da conformidade contábil
Desafios Éticos e Regulatórios
A ascensão da inteligência artificial impõe uma série de desafios éticos e regulatórios que não podem ser ignorados. À medida que algoritmos passam a tomar decisões em ambientes financeiros e contábeis, torna-se essencial garantir a transparência algorítmica, permitindo que essas decisões sejam auditáveis e compreensíveis por humanos.
A privacidade de dados também ganha protagonismo, exigindo mecanismos robustos para proteger informações sensíveis sem comprometer a eficiência dos sistemas. Além disso, é fundamental enfrentar os riscos de viés e discriminação, assegurando que os algoritmos não reproduzam ou amplifiquem desigualdades históricas.
No Brasil, esse debate já está em curso com o Projeto de Lei nº 2.338/2023, que propõe o Marco Legal da Inteligência Artificial. A proposta estabelece princípios como não discriminação, segurança, transparência e supervisão humana, sinalizando que o uso responsável da IA será uma exigência regulatória — especialmente em setores sensíveis como o financeiro e o contábil.
Oportunidades para Líderes Visionários
Indo direto ao ponto, empresas que abraçam a IA com responsabilidade e estratégia colhem benefícios como:
- Eficiência operacional radical
- Maior precisão nas decisões
- Experiência aprimorada para investidores e clientes
- Capacidade de inovação contínua
Recomendações Finais
Para que empresas e profissionais estejam preparados para os desafios e oportunidades que a inteligência artificial trará ao mercado financeiro e à contabilidade em 2026, é fundamental investir em capacitação multidisciplinar, integrando conhecimentos em IA, finanças e tecnologia. Além disso, é necessário adaptar os processos internos para garantir interoperabilidade com plataformas inteligentes, fortalecendo a governança de dados e o compliance regulatório. Por fim, cultivar uma cultura organizacional pautada na transparência e na responsabilidade algorítmica será essencial para construir confiança e assegurar relevância institucional.
Nota do Crypto ID
Em 2026, a inteligência artificial não será apenas uma ferramenta — ela se consolidará como o novo cérebro do mercado financeiro e da gestão contábil.
A automação inteligente, a análise preditiva e a personalização algorítmica transformarão profundamente a forma como empresas tomam decisões, interagem com stakeholders e garantem conformidade regulatória. No entanto, essa revolução tecnológica não ocorre isoladamente: ela está diretamente conectada à evolução das normas contábeis internacionais.
Este artigo aprofunda e atualiza as reflexões apresentadas por Susana Taboas em seu texto anterior, “A Nova Era da Contabilidade: Normas Redefinidas, Digitalização e Inteligência Artificial como Vetores de Transformação”, publicado no Crypto ID em 5 de setembro de 2025. Nesse trabalho, a Susana Taboas- economista e sócia fundadora do Crypto ID – destacou que a contabilidade passará por uma transformação estrutural a partir de 2026, impulsionada pela convergência entre tecnologia, governança de dados e novas exigências normativas.
A atualização das IAS (International Accounting Standards – Normas Internacionais de Contabilidade) não representa apenas uma revisão técnica, mas sim um reposicionamento conceitual da função contábil em um mundo digital, descentralizado e orientado por dados.
As emendas anunciadas pelo IPSASB (International Public Sector Accounting Standards Board – Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Público), com base nas interpretações do IFRIC (International Financial Reporting Interpretations Committee – Comitê de Interpretações de Normas Internacionais de Relatório Financeiro), sinalizam um esforço coordenado para alinhar os princípios contábeis à nova realidade digital.
A contabilidade deixa de ser um instrumento de registro para se tornar uma arquitetura de validação, capaz de dialogar com sistemas de IA, blockchain e plataformas de análise preditiva.
Diante desse cenário, os profissionais de finanças e contabilidade precisarão dominar não apenas os fundamentos técnicos, mas também as linguagens da tecnologia e da ética algorítmica. A capacidade de interpretar normas como IAS, IPSASB e IFRIC em sintonia com sistemas inteligentes será um diferencial competitivo — e, mais do que isso, uma exigência de relevância institucional. Quem compreender essa nova lógica estará à frente na corrida pela sustentabilidade, precisão e confiança no mercado global.
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Sobre Susana Taboas
Susana Taboas | COO – Chief Operating Officer – CryptoID. Economista com MBA em Finanças pelo IBMEC-RJ e diversos cursos de extensão na FGV, INSEAD e Harvard University. Durante mais 25 anos atuou em posições no C-Level de empresas nacionais e internacionais acumulando ampla experiência na definição e implementação de projetos de médio e longo prazo nas áreas de Planejamento Estratégico, Structured Finance, Governança Corporativa e RH. Atualmente é Sócia fundadora do Portal Crypto ID e da Insania Publicidade.
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