ISC Brasil 2025 segue até hoje, 4 de setembro, das 12h às 19h, e destaca debates estratégicos que resultaram na aprovação do Estatuto da Segurança
Com a presença do secretário municipal de Segurança Urbana, Orlando Morando, que representou o prefeito Ricardo Nunes, a 18ª edição da ISC Brasil começou na manhã desta terça-feira (2) no Distrito Anhembi, em São Paulo. O evento segue até quinta (4), das 12h às 19h.
Durante a cerimônia de abertura, Morando ressaltou a importância da tecnologia para o avanço da segurança pública, citando o programa municipal Smart Sampa. “Já são mais de 32 mil câmeras em uma plataforma integrada. A sociedade compreendeu que não é possível ter agentes em cada rua, mas o monitoramento inteligente integrado aumenta a eficiência”, afirmou.
Na cerimônia, o diretor de portfólio da RX Brasil, organizadora do evento, Márcio Alves, reforçou o papel estratégico da ISC. “Nos últimos anos, ela deixou de ser apenas uma exposição de produtos e serviços para se transformar em um espaço de troca de conhecimento e debate estratégico”, disse.
O representante da Polícia Federal, Dr. Cairo Costa Duarte, destacou a ISC como palco de discussões que impactam a legislação nacional. “Foi aqui que nasceram debates que resultaram em avanços importantes, como o estatuto aprovado no ano passado. Tenho a alegria de anunciar em primeira mão que o decreto regulamentador já está na mesa do ministro da Justiça e deve ser publicado nos próximos dias. A Polícia Federal está aqui para atuar em parceria com o setor, em busca do bem comum, que é a segurança do nosso país”, comentou.
Empresas brasileiras se destacam na 2ª edição do Prêmio NPS
A 2ª edição do Prêmio New Products + Solutions (NPS), realizada durante a ISC Brasil, destacou os avanços mais relevantes no setor de segurança integrada, com foco em tecnologias que unem o físico e o digital. Cinco empresas finalistas concorreram nas categorias Melhor Novo Produto e Escolha dos Jurados: Convergint, Suprema, Promont, Control ID e Soteros.
A cerimônia de premiação aconteceu no Palco 360º, um espaço projetado para proporcionar visibilidade e interação com as inovações apresentadas. A iniciativa contou com 10 categorias no total, reforçando o compromisso da ISC Brasil com o fomento à tecnologia e à pesquisa no setor de segurança.
Na categoria Melhor Novo Produto, o destaque foi para a Promont, com seu sensor compacto Unilock Cover – NB-IoT, voltado para aplicações críticas em segurança. O equipamento é capaz de monitorar posição, detectar sabotagens e enviar alertas em tempo real para a plataforma de gestão SGR, utilizando inteligência artificial e machine learning.
Segundo Guilherme Carvalho, gerente de projetos da Promont, o prêmio reforça o posicionamento da empresa como desenvolvedora de tecnologia 100% nacional. “Esse prêmio é um reconhecimento de todo o trabalho duro do nosso time de desenvolvimento aqui no Brasil. A Promont está há 20 anos no mercado e nunca se acomodou com o que já existe. Estamos sempre buscando trazer algo novo, diferente – e isso nos dá muito orgulho”, afirma.
Originalmente desenvolvido para cabos aéreos, o sensor também se aplica a tampas de galeria, motores, cones viários e proteção de trabalhadores. “O limite de aplicação é a criatividade do projetista. Hoje já temos várias utilizações e, amanhã, surgirão outras. Tudo com alarmística em tempo real, plataforma própria e excelente custo-benefício. É uma solução nacional completa”, conclui Carvalho.
Na categoria Escolha dos Jurados, a vencedora foi a Control iD, com o produto IDFace Max, um avançado sistema de reconhecimento facial voltado para controle de acesso seguro, escalável e com design adaptável a diferentes perfis de projeto.
Para Diego Rodrigues, diretor de Desenvolvimento de Negócios da empresa, a conquista reforça o valor agregado da solução e a versatilidade do equipamento. “É um prêmio que destaca a qualidade do nosso produto e o nosso propósito: oferecer reconhecimento facial com segurança, eficiência e flexibilidade. O IDFace Max pode ser aplicado desde pequenos comércios até grandes projetos como aeroportos, no Brasil e no exterior”, explica Rodrigues.
Jacqueline Gagliano, gerente da ISC Brasil, ressaltou a importância da premiação. “Nosso objetivo é que o Prêmio NPS se consolide como uma referência no setor, conectando o mercado com as soluções mais relevantes para o futuro da segurança. É um momento único para acompanhar tendências e debater inovação”, finaliza.
Qual o caminho para uma IA responsável?
O avanço da inteligência artificial (IA) trouxe novas possibilidades para empresas e usuários, mas também abriu espaço para riscos quando utilizada fora das diretrizes corporativas. Esse foi o alerta de Brian Hansen, Vice President e Regional Chief Security Officer da Mastercard, em sua palestra sobre os desafios e oportunidades da chamada Shadow AI (IA de Sombra).
Segundo Hansen, a IA de Sombra ocorre quando colaboradores utilizam ferramentas sem autorização das áreas de tecnologia da informação ou sem observar protocolos de segurança. “Muitas vezes, os funcionários recorrem a essas soluções porque são rápidas, fáceis de usar e parecem não oferecer riscos. Mas o que se apresenta como ganho individual pode colocar em risco a empresa inteira”, afirmou.
O executivo explicou que todo modelo de IA está em constante aprendizado e que as informações fornecidas alimentam os sistemas continuamente. “Tudo o que você fala, escreve ou insere em uma ferramenta desse tipo entra como dado de treinamento. Esses dados não ficam restritos ao usuário e podem ser reutilizados e compartilhados”, alertou.
Hansen destacou três grandes áreas de risco da IA de Sombra: segurança e privacidade de dados, com ameaças como vazamento de informações sensíveis e falta de conformidade regulatória; propriedade intelectual e reputação, envolvendo perda de ativos estratégicos e danos à imagem corporativa; e precisão e responsabilidade, incluindo vieses, dados contaminados e falta de clareza sobre quem responde pelos resultados gerados. “Criminosos e grupos adversários já sabem explorar essas vulnerabilidades. Dados manipulados podem levar a decisões equivocadas e comprometer a reputação de uma companhia”, disse.
Para mitigar esses riscos, Hansen defendeu três pilares para uma IA responsável: educação, ferramentas aprovadas e ambientes seguros. “A maioria dos funcionários acredita que não há risco ao usar essas plataformas, por isso é fundamental investir em conscientização e orientar de forma clara e objetiva”, afirmou. Ele ressaltou ainda a importância de adotar versões corporativas de ferramentas de IA, que oferecem maior proteção, e de investir em sistemas de prevenção contra perda de dados.
Quando bem gerida, a inteligência artificial pode ser uma aliada poderosa, aumentando produtividade, inovação e vantagem competitiva. “Se gerenciada corretamente, a IA capacita funcionários, automatiza tarefas repetitivas, melhora a resolução de problemas e agiliza a tomada de decisões”, disse Hansen. “Preparar as empresas para o uso responsável da tecnologia é também uma forma de assegurar competitividade. Sempre haverá uma companhia pensando um passo à frente. Estar preparado para isso é o que garante a sobrevivência no futuro.”
Ao final, o executivo apresentou ações práticas recomendadas para empresas que desejam adotar a IA de forma segura: avaliar o status atual da organização no uso de IA paralela; educar os funcionários; implementar políticas e controles técnicos claros; e habilitar ferramentas seguras e eficazes. “Nem sempre a opção gratuita é a melhor escolha. É preciso pensar em segurança desde a origem”, alertou.
“Quando você utiliza IA de forma descontrolada, não é apenas a sua informação que está em jogo, mas a de toda a companhia. Transparência, políticas claras e governança são essenciais para que a inteligência artificial seja uma aliada, e não uma ameaça”, concluiu Hansen.
Deep techs e IA: o motor de confiança do século XXI
O pesquisador e palestrante Gil Giardelli trouxe para a ISC 2025 a Era dos Robôs, abordando o impacto da inteligência artificial (IA), deep techs e automação no futuro da humanidade. No Palco 360º, ele destacou que o século XXI é “um tempo magnífico para estar vivo” e que tecnologias emergentes podem se tornar motor de prosperidade, confiança e inclusão.
As deep techs foram apontadas como protagonistas dessa nova fase: empresas com base científica sólida, alto potencial disruptivo e ciclos de desenvolvimento longos, que operam com riscos elevados, mas oferecem grandes recompensas.
Giardelli citou o setor de energia, onde cerca de 50 deep techs movimentam US$5,5 bilhões, e projetos próximos à fusão nuclear. Na alimentação e biotecnologia, destacou pesquisas sobre longevidade e carne cultivada, ilustrando com a provocação: “O ecossistema serviu como forma de marketing e promoção: almôndega de mamute”, mostrando como inovação e segurança alimentar já fazem parte do cotidiano.
O palestrante também refletiu sobre a evolução das relações entre humanos e máquinas. Com a metáfora “Human to Humanoid: pessoas do século passado usam mapas; pessoas do século XXI desenvolvem bússolas”, Giardelli indicou que a sociedade passou de seguir rotas prontas para criar caminhos próprios, orientados por tecnologia, propósito e capacidade de inovação.
No setor industrial, apresentou as “dark factories”, fábricas automatizadas, operando sem luz e guiadas por robótica e algoritmos avançados. “Hoje já estima-se que existam 10 mil dark factories no mundo, baseadas na inteligência coevolutiva da produção”, afirmou, ressaltando o impacto da automação na produtividade e na competitividade global.
Giardelli também projetou a chegada da Indústria 6.0, marcada pela convergência entre IA, Internet das Coisas e análise de dados, além de novas legislações de segurança, governança e ética. Segundo ele, assim como normas foram criadas para acompanhar as revoluções industrial e digital, a próxima fase exigirá regulamentações globais para lidar com automação total, IA generativa e integração humano-máquina.
Ao longo da palestra, o pesquisador reforçou a importância de alinhar inovação tecnológica a princípios éticos e sociais. “O que mais me aproxima da era da IA é a possibilidade de transformar tecnologia em prosperidade, confiança e inclusão”, concluiu, apontando as deep techs e a inteligência artificial como pilares de confiança para cidades inteligentes, serviços públicos mais responsivos e sociedades sustentáveis.
Networking estratégico
60 participantes, entre expositores, patrocinadores e compradores convidados, estiveram no restaurante Le Sampah, anexo ao Distrito Anhembi, para um almoço exclusivo de relacionamento promovido pela organização da ISC Brasil. O encontro buscou proporcionar um ambiente informal e qualificado, reforçando a geração de negócios no setor de segurança.
Jacqueline Gagliano, gerente da ISC Brasil, abriu o evento agradecendo a presença dos participantes e destacou a importância do momento para estreitar laços entre os players do mercado. “Este é um encontro pensado exclusivamente para os nossos parceiros. Queremos que todos encontrem oportunidades reais de negócio. Este almoço marca o início de três dias intensos de relacionamento, conferências e crescimento profissional para todos nós”, afirmou.
Raphael Mouro, gerente da Arena Brasil, destacou o valor do encontro como um ponto de troca de experiências com outros profissionais do setor. “O importante de estar aqui é rever colegas de longa data, compartilhar aprendizados e acompanhar as novidades implementadas no mercado. A tecnologia evolui constantemente e, a cada ano, encontramos soluções que impactam diretamente tanto a gestão de segurança quanto a operação como um todo.”
A Arena Brasil atua em 86 aeroportos em todo mundo e 17 no Brasil. Segundo Raphael, os avanços tecnológicos discutidos na ISC Brasil podem ser incorporados às operações da empresa, gerando ganhos em eficiência e economia. “Buscamos tecnologias que nos ajudem a reduzir custos e melhorar a entrega para o passageiro e toda a comunidade aeroportuária.”
Participando pela quarta vez consecutiva como expositora, a CoSafe também marcou presença no almoço. Ana Flávia Bello, CEO da empresa, destacou o perfil qualificado do público como um dos diferenciais da ISC Brasil.
“A feira tem um público bastante técnico e direcionado, o que nos permite apresentar nossas soluções com mais assertividade. Além disso, é um ótimo espaço para fortalecer nosso networking com outros profissionais e empresas.”
A empresa, que desenvolve uma plataforma de comunicação crítica voltada à segurança física e da informação, está expondo na feira com foco em apresentar seus diferenciais tecnológicos.
Gustavo da Rocha, Regional Security Manager Americas da Mastercard, esteve presente no almoço com o objetivo de estreitar relações e acompanhar as tendências tecnológicas do setor de segurança, especialmente voltadas ao mercado financeiro. “Além de fortalecer o networking com grandes nomes do setor, nosso foco é observar o que há de mais inovador em soluções tecnológicas que possam ser aplicadas às nossas operações nas Américas.”
A Mastercard participa do ISC Conference através de Brian Hansen, Vice President Regional Chief Security Officer, um dos keynote speakers convidados para abordar o ecossistema de segurança da informação e suas perspectivas no Brasil.
Visão 360: além das estratégias fragmentadas
Léo Soares, Chief Security Officer da Kovi, ressaltou que a segurança precisa ir além de estratégias fragmentadas diante do avanço das ameaças físicas e digitais. Em sua palestra “Segurança 360: inovação e segurança para um futuro mais seguro”, ele defendeu a integração entre o mundo físico e o digital como caminho essencial.
“Há quase dez anos já fazíamos reconhecimento facial. Hoje, precisamos pensar em como integrar o mundo físico e digital. As ameaças evoluem e precisamos evoluir nossas defesas”, afirmou. Para ele, controles consistentes, gestão de riscos e compliance contínuo são elementos indispensáveis dentro de uma visão 360.
Soares lembrou que a segurança passou de barreiras físicas e câmeras analógicas para a era digital da cibersegurança. Agora, a tendência é a integração total, unindo proteção física, digital e humana em um ecossistema único. “Criminosos exploram as lacunas entre sistemas desconectados. É preciso pensar de forma integrada”, alertou.
O executivo citou o exemplo de uma empresa de logística que integrou seu Security Operations Center à governança corporativa, alcançando resultados expressivos: redução de 70% nos incidentes, economia anual de R$ 2,3 milhões e aumento de 35% no índice de satisfação interna (NPS).
Outro ponto de destaque foi o papel da cultura organizacional. Soares destacou que a tecnologia representa apenas 30% do sucesso de um programa de segurança; os outros 70% dependem de pessoas, processos e engajamento. “A segurança mais eficaz é aquela que se torna parte natural da cultura, quando cada pessoa se sente responsável pela proteção coletiva”, ressaltou.
O futuro, acrescentou, será preditivo e inteligente, impulsionado por inteligência artificial, Internet das Coisas e análise de dados. Projetos de cidades inteligentes mostram como a prevenção deve estar no centro da estratégia. “A segurança deixa de ser apenas defesa e passa a ser motor de confiança, sustentando prosperidade e desenvolvimento social”, concluiu.
A ISC Brasil 2025 acontece até 4 de setembro e reúne mais de 60 especialistas em 32 painéis temáticos, distribuídos em quatro trilhas de conteúdo. Ao todo, serão mais de 40 horas de programação técnica e estratégica voltadas para o futuro da segurança no Brasil. O credenciamento gratuito pode ser feito pelo site: www.isbcrasil.com.br.
O evento tem como Patrocinador Ouro a A\Sense, empresa especializada em deep tech, no desenvolvimento e na fabricação de soluções avançadas em Sensoriamento Óptico e IoT para os setores de Segurança Eletrônica.
Serviço
ISC Brasil 2025
Data: 2 a 4 de setembro, das 12h às 19h
Local: no Distrito Anhembi, em São Paulo
Mais informações: Link
ISC Brasil
A ISC Brasil – Feira Internacional de Segurança – é o principal ponto de encontro do setor de segurança eletrônica, privada, pública, patrimonial e digital no Brasil. Promovida pela RX, reúne anualmente os principais fabricantes, integradores, prestadores de serviço, compradores corporativos e profissionais de segurança em um ambiente estratégico para networking, lançamento de tecnologias e geração de negócios.
A\Sense é patrocinadora ouro da ISC Brasil 2025
Prêmio NPS da ISC Brasil destaca novas soluções que transformam a segurança
ISC Brasil premia inovações em segurança e reforça integração entre mundos físico e digital
Eventos que moldam o futuro da confiança digital
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