Em painel no Mind the Sec, Marta Schuh, da Howden Brasil, aborda a detecção pós-invasão e destaca o papel do seguro cibernético na proteção contra falhas na cadeia digital do sistema financeiro
O mundo da cibersegurança vive um paradoxo: apesar dos investimentos massivos em prevenção, os ataques cibernéticos continuam a evoluir, tornando-se cada vez mais sofisticados e capazes de contornar barreiras tradicionais como firewalls e antivírus.
A realidade de que a prevenção pode falhar não é mais um tabu, mas uma premissa que exige uma nova abordagem. É exatamente esse o tema central do painel “Detecção Pós-Invasão: Como Ganhar Tempo Quando a Prevenção Falha?” no evento Mind The Sec, que acontecerá no Transamérica Expo Center em São Paulo de 16 a 18 de setembro.

Marta Schuh, Diretora de Cyber & Tech Insurance da Howden Brasil e reconhecida especialista em segurança cibernética, será uma das vozes nesse painel crucial.
A Howden é uma corretora especializada em seguros e resseguros, com presença global em mais de 56 países. No Brasil, atende corporações, multinacionais e pequenas e médias empresas (PME’s), oferecendo soluções de alta complexidade.
Com sua experiência em gestão de riscos e um papel ativo junto a reguladores, Marta trará uma perspectiva única sobre como diferentes setores, da indústria à seguradora, estão lidando com a inevitabilidade de ataques que escapam da prevenção. O foco da discussão será em estratégias práticas para identificar movimentações suspeitas, detectar persistências silenciosas e reagir a tempo de minimizar danos.
A Conexão com a Cadeia Digital e o Mercado de Seguros
O painel que Marta participará no Mind The Sec ganha ainda mais relevância quando analisada sob a luz dos recentes ciberataques que expuseram falhas na cadeia digital do sistema financeiro. Como apontou o Crypto ID, esses incidentes, que atingiram provedores de tecnologia e fintechs, trouxeram à tona a fragilidade na gestão de terceiros, um ponto crítico muitas vezes negligenciado.
“Casos recentes envolvendo fintechs e empresas de tecnologia evidenciam a vulnerabilidade de fornecedores e colocam a gestão de terceiros no centro da agenda de riscos”, alerta Marta Schuh, Diretora de Seguros Cibernéticos e Tecnológicos na Howden Brasil”
O tema da cadeia de terceiros e a gestão de riscos é recorrente no Crypto ID
Em artigo recente, o veículo abordou a “Fraude em Baltimore e o ponto cego das cadeias de fornecedores”, destacando que o elo fraco muitas vezes está nas conexões externas, como fornecedores e parceiros. Essa vulnerabilidade não é apenas técnica, mas estrutural, e exige uma abordagem proativa, com foco em gestão de terceiros e controle de identidade e acesso. O artigo do Crypto ID reforça a importância de mitigar esses riscos antes que um golpe aconteça, o que se alinha perfeitamente com a visão de Marta sobre a resiliência operacional.
Segundo Marta Schuh, esses ataques mostram que o impacto de uma falha vai além da perda de dados, afetando a continuidade do negócio, a reputação e a estabilidade de todo o ecossistema financeiro. É aqui que a detecção pós-invasão se conecta diretamente com o que é abordado no Crypto ID: se a prevenção falha em um elo da cadeia, a capacidade de identificar rapidamente o problema e responder a ele se torna vital para todos os envolvidos.
Nesse cenário, o seguro cibernético surge não apenas como uma ferramenta de proteção financeira, mas como um motor de resiliência operacional. Como uma barreira de entrada para fornecedores críticos, ele eleva o padrão de segurança do mercado.
“A seguradora faz uma checagem dos procedimentos de segurança e pode recomendar ajustes antes de emitir a apólice. Sem isso, muitas vezes o seguro não é viável — e isso força as empresas a amadurecerem seus controles, o que acaba elevando o padrão do mercado”, explica Marta.
Isso transforma o seguro em um instrumento de governança e uma barreira de entrada para fornecedores críticos, elevando o padrão de segurança do mercado como um todo.
Em suma, a detecção pós-invasão e a gestão de riscos na cadeia digital são duas faces da mesma moeda. A primeira foca na resposta imediata ao incidente, enquanto a segunda aborda a prevenção e mitigação de riscos em um ecossistema interconectado.
O painel de Marta no Mind The Sec é uma oportunidade imperdível para entender como esses dois elementos se complementam e como as empresas podem construir uma defesa mais robusta e proativa contra as ameaças cibernéticas em constante evolução. “Detecção Pós-Invasão: Como Ganhar Tempo Quando a Prevenção Falha?” Dia 17/09 às 15h30 até 16h00 – Trilha Tendências.
Marta é especialista em segurança cibernética e proteção de dados, com atuação de destaque em estratégias de gestão de risco e transformação organizacional. Reconhecida como uma das 50 mulheres mais influentes em cibersegurança nas Américas pela WOMCY, atualmente é Diretora de Segurança Cibernética da FIESP e tem papel ativo junto a reguladores e lideranças do setor.
Sobre a Howden Brasil
A Howden é uma corretora especializada em seguros e resseguros de alta complexidade para empresas e seus colaboradores, presente em mais de 56 países. No mundo, administra US$ 45 bilhões em prêmios em nome de seus clientes e emprega 22 mil pessoas. No Brasil, em parceria com as principais seguradoras do mercado, atende corporações, multinacionais e pequenas e médias empresas (PME’s). Com sede em São Paulo (SP) e escritórios em Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT) e Curitiba (PR) a corretora, que conta com especialistas que combinam conhecimento local com experiências globais, tem como diferencial os talentos mais reconhecidos do mercado em suas vertentes.
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