Semantix explica que o setor lidera a maturidade digital no País, com 59,4% das instituições priorizando a transformação digital
A rápida adoção de Inteligência Artificial pelo setor financeiro brasileiro tem acelerado transformações e ganhos de eficiência, mas também acendido alertas sobre riscos éticos, regulatórios e reputacionais. De acordo com o Índice Transformação Digital Brasil (ITDBr) 2024, o setor financeiro brasileiro se destaca na maturidade digital do país, com 59,4% das instituições financeiras priorizando a transformação digital como principal direcionador de investimentos, bem acima da média geral de 40,3%.
Com protagonismo na transformação digital, o investimento em tecnologia deve ultrapassar R$ 47,8 bilhões em 2025, com R$ 2 bilhões destinados especificamente à Inteligência Artificial. Diante desse cenário, a governança de IA vem se consolidando como um pilar fundamental para garantir inovação responsável, especialmente em um momento em que o país se aproxima da aprovação de um marco legal específico para a tecnologia, o PL 2.338/2023, em tramitação no Congresso Nacional.

“A Inteligência Artificial está no centro das estratégias do setor, mas sem governança, os riscos superam os benefícios. É preciso assegurar que a inovação seja acompanhada de responsabilidade, rastreabilidade e conformidade com normas como a LGPD e, futuramente, com a nova legislação de IA“, destaca Leonardo Santos, CEO da Semantix, deep tech brasileira referência em Big Data, Analytics e Inteligência Artificial.
Exemplos de boas práticas ganham força no setor
Casos recentes mostram que a governança bem estruturada pode ser um diferencial competitivo. O Banco do Brasil, por exemplo, foi pioneiro ao implementar, em parceria com IBM e EY, uma estrutura robusta de governança que hoje acompanha mais de 600 modelos de inteligência artificial em operação. Além de publicar diretrizes de IA ética e responsável, o projeto fortaleceu a transparência, reduziu riscos e abriu caminho para a expansão segura da tecnologia em larga escala.
Já na B3, a aposta foi em IA generativa aplicada à educação financeira. A bolsa lançou o B3 GPT, desenvolvido a partir de dados validados da própria instituição, assegurando precisão e confiança nas informações oferecidas a investidores.
“Esses exemplos mostram que a governança é um divisor de águas: quando bem estruturada, O permite escalar a inovação com confiança; quando negligenciada, pode comprometer reputação, finanças e até a sobrevivência da empresa“, analisa Leonardo.
O papel das soluções tecnológicas na governança de IA
Nesse contexto, surgem ferramentas especializadas para apoiar a adoção de práticas responsáveis e auditáveis. Um exemplo é o Safetix, plataforma desenvolvida pela Semantix que atua no monitoramento de todo o ciclo de vida dos modelos de IA, com foco na integridade, explicabilidade e conformidade.
Projetado para atender às exigências regulatórias em constante evolução, o Safetix permite:
- Validação e monitoramento contínuo de modelos em produção;
- Identificação e mitigação de vieses, prevenindo discriminações;
- Geração de relatórios auditáveis de compliance, alinhados à LGPD e ao PL 2.338/2023;
- Transparência sobre decisões automatizadas, garantindo que a responsabilidade final permaneça com os gestores humanos.
“A ideia de que um modelo de IA é uma ‘caixa-preta’ não pode mais ser aceita. Instituições financeiras precisam ser capazes de explicar por que uma decisão foi tomada por um sistema automatizado. Isso é essencial para manter a confiança de clientes, parceiros e reguladores“, afirma Santos.
Governança como ativo estratégico
Com a possível criação do Sistema Nacional de Regulação e Governança de IA (SIA) e a previsão de sanções que podem chegar a R$ 50 milhões ou 2% do faturamento bruto, o setor financeiro precisa se preparar para um novo cenário regulatório — mas também pode enxergar aí uma oportunidade.
Ao adotar mecanismos de governança desde já, as instituições não apenas reduzem riscos, mas também demonstram compromisso com inovação responsável. “Aqueles que se anteciparem terão uma vantagem real em um ambiente cada vez mais orientado à transparência e à ética. A governança de IA não é apenas uma exigência legal iminente; é um caminho para consolidar confiança e credibilidade em um mercado altamente competitivo”, conclui o CEO da Semantix.
Sobre a Semantix
A Semantix é uma deep tech brasileira fundada em 2010 e referência em soluções data driven para grandes empresas na aplicação de Inteligência Artificial, desde a base de dados até soluções especializadas. Com mais de 300 clientes em 15 países, a Semantix possui produtos que vão desde a integração de APIs até soluções de AI de ponta a ponta para players de setores como finanças, saúde, varejo e telecom. Em 2022, foi a primeira deep tech da América Latina a abrir capital na Nasdaq, sendo reconhecida como uma das pioneiras em AI no Brasil.
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