No Mês de Conscientização sobre Cibersegurança, cresce o alerta para o avanço das ameaças movidas por inteligência artificial
Outubro é o Mês de Conscientização sobre Cibersegurança e nunca foi tão urgente discutir a confiança no ambiente digital. À medida que a inteligência artificial (IA) e os modelos de linguagem generativa se popularizam, cresce também a sofisticação das fraudes virtuais, que já movimentam bilhões de reais e desafiam os sistemas de proteção tradicionais.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), 55% dos brasileiros foram vítimas de fraudes online ou tentativas de golpes virtuais nos últimos 12 meses. O impacto estimado é de R$ 186 bilhões ao ano, e o crime digital já é o tipo de crime patrimonial que mais cresce no país, com aumento superior a 400% desde 2018. Só em 2024, foram registrados 2,1 milhões de golpes virtuais – mais de quatro por minuto.
Esse cenário se agrava com o avanço dos bots maliciosos e do uso de IA para fraudes automatizadas. O Relatório Bad Bot 2025 da Imperva aponta que, pela primeira vez em uma década, o tráfego automatizado superou a atividade humana na internet, representando 51% de todo o tráfego web. Desse total, 37% são bots maliciosos, utilizados para roubo de credenciais, disseminação de desinformação e ataques de sequestro de contas (account takeover), que cresceram 40% em apenas um ano.

O estudo indica ainda que o Brasil ocupa o 2º lugar entre os países mais visados por bots no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e à frente de Canadá, México, Colômbia e Chile nas Américas. “Estamos entrando em uma nova era da cibersegurança, em que as barreiras técnicas já não são suficientes. A IA está tornando as ameaças mais realistas e difíceis de detectar, e o elemento humano – a capacidade de reconhecer o que é real – tornou-se o elo mais frágil”, afirma Juliana Felippe, diretora geral da Tools for Humanity no Brasil, empresa colaboradora do protocolo World.
IA e deepfakes: a nova face do crime digital
A combinação entre IA generativa e deepfakes está alimentando uma onda de golpes de identidade sintética, com vozes clonadas, vídeos falsos e perfis automatizados que enganam até profissionais experientes. Casos de “familiares clonados” pedindo dinheiro e falsos executivos criados com IA já fazem parte do cotidiano de fraudes que antes pareciam ficção científica. A pergunta que surge é: como saber quem é real no mundo digital?
De acordo com o Relatório Global de Cibersegurança da Fortinet (2025), criminosos estão usando IA para aumentar o realismo de ataques de phishing, evitar controles tradicionais e atingir setores críticos como manufatura, finanças e saúde. A pesquisa também mostra que 81% das organizações globais já avaliam sua maturidade em segurança cibernética nos níveis mais altos (3 e 4), o que demonstra evolução. Também se verificou que 60% das empresas sofreram incidentes que impactaram tanto sistemas de TI quanto de tecnologia operacional (OT), o que se configura como um alerta sobre o risco crescente de ataques à infraestrutura crítica.
O elo humano e o novo paradigma da confiança
Mesmo com firewalls e camadas avançadas de proteção, os cibercriminosos continuam explorando o fator humano – o ponto cego da segurança tradicional. Agora, com a IA, a manipulação emocional e visual alcança outro nível, tornando urgente o desenvolvimento de novas formas de verificação da humanidade digital, sem violar a privacidade dos usuários.
O protocolo World, por meio do World ID, incorpora esses princípios usando a tecnologia de prova de humanidade. Ao verificar de forma anônima a humanidade e a unicidade de uma pessoa apenas uma vez, permite que os indivíduos interajam em diferentes serviços sabendo que os demais participantes são genuinamente humanos.
As organizações que adotam a prova de humanidade se posicionam para atender clientes reais, proteger usuários reais e manter a confiança verdadeira. Em uma era em que as máquinas podem imitar perfeitamente as pessoas, comprovar a humanidade torna-se a base de toda interação significativa no ambiente online. “A prova de humanidade será o próximo grande desafio da cibersegurança”, explica Juliana Felippe. “Precisamos garantir que a tecnologia continue servindo às pessoas – e não as enganando”, conclui.
Sobre a World
A World visa ser a maior e mais inclusiva rede de humanos reais do mundo. O projeto foi concebido originalmente por Sam Altman, Max Novendstern e Alex Blania, e tem como objetivo oferecer prova de humanidade, acesso a economia digital e conexão para cada pessoa na era da inteligência artificial.
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