Apagão do Google e AWS deixaram serviços como Gmail e Google Drive fora do ar em junho e AWS em outubro, acendendo alerta para as empresas
O apagão global nos serviços da Google Cloud, em junho, e da AWS, em outubro, reforçou um alerta antigo no universo corporativo: nenhuma empresa, por maior que seja, está imune a falhas tecnológicas. Os incidentes causados geraram paralisações que afetaram milhões de usuários e organizações em todo o mundo.
Na AWS, a falha em um subsistema de automação que gerencia endereços DNS (Sistema de Nomes de Domínio), fez parar parte da comunicação em seu maior cluster de data centers, localizado na Virgínia, EUA (região US-East-1).
Devido à grande interdependência de serviços nesta região fundamental, o impacto se propagou globalmente, o incidente impediu a distribuição correta de informações cruciais de DNS, o que, por sua vez, afetou a comunicação entre diversos outros serviços da AWS que dependem do DynamoDB, gerando uma falha em cascata que derrubou mais de 500 sites e aplicativos em todo o mundo.
Já no Google, segundo relatórios técnicos publicados após o episódio, o apagão teve origem em um bug de replicação de metadados, que se propagou em cadeia e comprometeu temporariamente a comunicação entre os servidores da Google. Apesar de ter sido solucionado em poucas horas, o impacto foi suficiente para interromper fluxos críticos de trabalho, comunicações corporativas e até transações automatizadas, revelando o quanto o planejamento para incidentes é determinante para a continuidade de negócios.
Especialistas em tecnologia destacam que, um Plano de Recuperação de Desastres (PRD), é a estratégia que garante que uma empresa consiga retomar suas operações após falhas graves, desastres naturais, ataques cibernéticos ou interrupções de serviços em nuvem. O conceito de Recuperação de Desastres envolve backup de dados, redundância de servidores, testes periódicos e definição clara de responsabilidades dentro da organização.

“Quando vemos um episódio como o da AWS e do Google Cloud, fica claro que o desastre não espera ‘quando’, mas ‘se’. As organizações precisam tratar o plano de recuperação como parte vital da estratégia do negócio“, avalia Philipe Sales, líder em cibersegurança da Hostweb, empresa cearense com 20 anos de atuação em serviços de tecnologia.
Para Philipe, o apagão reforça a importância do preparo técnico e cultural dentro das empresas. “Ter um backup ou um provedor extra não basta se o time não está treinado, os procedimentos não são executados e a dependência de um único fornecedor persiste. A verdadeira resiliência exige planejamento, testes regulares e um olhar contínuo para a mitigação de riscos, respondendo perguntas como: “Onde?”, “De que forma?”, “Em quanto tempo?”, “Quem?”, para se ter o controle no momento necessário”, complementa.
Além de evitar prejuízos financeiros, a adoção de Planos de Continuidade de Negócios (PCN) também garante confiança junto a clientes e parceiros, especialmente em setores sensíveis ou regulados como varejo, indústria, saúde e serviços financeiros, onde a disponibilidade constante dos sistemas é essencial.
De acordo com a Hostweb, o Disaster Recovery é uma ferramenta que deve ser incorporada como parte da governança tecnológica das empresas, com revisões periódicas, definição de prioridades e integração entre as áreas de TI, segurança da informação e comunicação. “Falhas como as do Google e AWS mostram que até gigantes podem enfrentar interrupções, e que a diferença entre parar e continuar está na capacidade de reagir”, conclui.
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