A COP30 vai necessitar da cooperação entre setor público e privado é essencial para garantir a proteção cibernética do evento

Marcada de 10 a 21 de novembro de 2025 em Belém (PA), a COP30 tem previsão de orçamento total de cerca de R$ 6 bilhões, dos quais entre 5% e 15% — algo entre R$ 300 milhões e R$ 900 milhões — devem ser destinados à cibersegurança. “É um valor que deve ser visto como investimento, não como gasto. Sem segurança, o evento pode ser caótico ou nem acontecer”, avalia o especialista em cibersegurança e CEO da Elytron, João Brasio.
Ele aponta que a proteção contra ataques digitais em grandes eventos internacionais, como a COP30, só será eficaz se houver integração total entre o mundo físico e o virtual – e uma cooperação estreita entre o setor público e o privado.
Segundo Brasio, a segurança física e digital já não podem ser tratadas separadamente. “Vivemos em um mundo onde o ambiente físico e o digital estão sobrepostos. Eles precisam funcionar em paralelo”, afirma, destacando que falhas simples, como erros de credenciamento, podem abrir brechas e permitir acessos indevidos de pessoas em locais de acesso restrito.
O especialista destaca ainda a necessidade de coordenação entre o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a Polícia Federal e empresas privadas, com foco em simulações e treinamentos regulares de resposta a incidentes. “O treinamento é essencial. Assim como um atleta olímpico, é o treino que garante a reação certa na hora certa”, comparou.
Além disso, Brasio reforçou a importância de capacitar todos os profissionais envolvidos, não apenas as equipes de tecnologia, e de manter o monitoramento ativo de todos os sistemas. “Para a efetividade de câmeras de alta tecnologia é necessária uma equipe bem treinada para observar os monitores”, alertou.
Outro ponto central é a proteção de dados pessoais dos participantes, já que vazamentos de senhas ou informações sigilosas podem comprometer a segurança geral do evento. “Usar Wi-Fi público aumenta o risco. Mas, se os dispositivos estiverem atualizados e os sistemas forem bem protegidos, o evento pode operar com segurança. É muito importante também que os sistemas de todos os participantes estejam atualizados e protegidos, pois atualmente a segurança digital é responsabilidade de todos”, conclui.
Brasio apontou os principais pontos de vulnerabilidade digital em eventos de grande porte:
• Sistemas de credenciamento, considerados a “porta de entrada” das delegações e autoridades;
• Serviços de tradução simultânea e transmissões online, que podem ser suscetíveis à disseminação de mensagens falsas ou alarmistas;
• Aplicativos e plataformas de streaming, que exigem criptografia e monitoramento em tempo real;
• Certificações e auditorias internacionais, necessárias para garantir padrões globais de segurança;
• Delegações de alto risco e cobertura midiática internacional, que elevam o nível de ameaça.
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