A IA em testes de intrusão transforma a segurança digital, acelerando a detecção de vulnerabilidades e fortalecendo a proteção das empresas
Companhia de cibersegurança catarinense OSTEC observou redução em até 80% do tempo de identificação de vulnerabilidades e resultados mais precisos e eficazes em pentests
A aplicação de Inteligência Artificial (IA) vem transformando a forma como são conduzidos os testes de segurança digital em ambientes corporativos. Em muitas empresas a tecnologia passou a desempenhar papel estratégico nos testes de intrusão (Pentests), simulações controladas de ataques cibernéticos que têm como objetivo identificar e explorar vulnerabilidades antes dos invasores.
Esses testes são realizados por especialistas conhecidos como ethical hackers, que utilizam as mesmas técnicas de cibercriminosos, mas em um contexto autorizado e supervisionado. Ao final, as empresas recebem relatórios técnicos e gerenciais detalhando as falhas encontradas, seu grau de criticidade e as recomendações de correção — uma prática essencial para organizações que buscam cumprir normas como LGPD e ISO 27001, além de fortalecer a postura de segurança.
Exemplo prático de como aplicar IA no Pentest
Na OSTEC, referência nacional em cibersegurança, na prática se utiliza a IA especialmente nas fases iniciais de reconhecimento e análise da superfície de ataque, permitindo coletar grandes volumes de dados em menos tempo.
Em seguida, os algoritmos ajudam a validar os achados que são realmente promissores para exploração, poupando trabalho manual e elevando a qualidade das entregas. “Ainda não realizamos explorações com IA, especialmente em ambientes produtivos. Nossa abordagem é AI powered, e não AI driven, a IA potencializa o trabalho, mas a decisão e a análise continuam humanas”, destaca Fabio Brodbeck, CGO da OSTEC.
Além de acelerar as etapas operacionais, a IA aplicada pela OSTEC aprende continuamente com as execuções, reconhecendo padrões de vulnerabilidades amplamente conhecidas e ajustando-se a novas técnicas que surgem no cenário de ameaças. Essa capacidade adaptativa permite reduzir falsos positivos, aumentar a precisão e encurtar a janela de exposição dos riscos para as empresas testadas.
Segundo Jardel Torres, CCO da empresa, a integração da IA trouxe ganhos expressivos de eficiência e profundidade nos testes. “Embarcamos IA em diversas etapas dos Pentests, seja em infraestrutura, APIs, web apps ou aplicativos móveis. Isso reduziu em até 80% o tempo necessário para encontrar e testar vulnerabilidades e a quantidade média de pontos exploráveis cresceu cerca de 35%. Com isso, nossos especialistas conseguem concentrar esforços na exploração, que é a parte mais nobre e estratégica do processo”, explica.
Com mais tempo destinado à exploração, os resultados se tornam significativamente mais ricos. “Sem IA, boa parte do tempo era gasta revisando achados. Hoje, conseguimos explorar vulnerabilidades com maior profundidade, entregando resultados de maior valor para os clientes”, complementa o executivo.
Fora a eficiência técnica, a empresa também ampliou sua capacidade de escala e inovação. “Esses resultados nos permitiram desenvolver novos produtos, como gestão de superfície de ataque (ASM), que deve ser lançada ao mercado em 2026”, acrescenta Fabio.
Humanos são parte insubstituível no processo
Apesar do avanço tecnológico, a OSTEC mantém rígido controle humano sobre todo o processo, garantindo confiabilidade e governança. “Utilizamos a IA como meio, não como fim. Nenhum relatório é produzido por IA, e todas as evidências são validadas manualmente por especialistas. Além disso, quem executa o teste não revisa a documentação, o que assegura imparcialidade e qualidade”, reforça Jardel.
Essa combinação entre automação inteligente e supervisão técnica cria um ciclo contínuo de aprendizado: sempre que a IA identificar falsos positivos, essas informações são retroalimentadas no sistema, aumentando a precisão dos testes seguintes. “Trata-se de um processo de aprimoramento constante, que mantém o equilíbrio entre eficiência operacional e responsabilidade técnica”, observa o CCO.
Embora o Pentest não tenha caráter preditivo, seu foco é testar e validar ambientes já existentes. Neste caso, a IA também pode atuar de forma complementar em processos de revisão segura de código (secure code review), ajudando a prevenir a inserção de falhas ainda na fase de desenvolvimento. Essa integração de práticas fortalece a cultura de segurança e antecipa riscos antes da entrada em produção.
A OSTEC enxerga a IA nos dias de hoje como um caminho inevitável da segurança ofensiva, mas conduzido com cautela e responsabilidade. Ao unir Inteligência Artificial, automação e expertise humana, a empresa tem conseguido ampliar a efetividade dos testes, reduzir o tempo de execução e entregar resultados mais completos e estratégicos, reforçando seu papel como uma das principais referências em segurança ofensiva no Brasil.
“Nosso objetivo é evoluir gradualmente para uma abordagem mais AI driven, aumentando a autonomia da IA de forma controlada. O desafio é manter pontos de verificação — os chamados choke points — que garantam governança e evitem a perda de controle sobre os processos”, conclui Fabio Brodbeck.
Sobre o Grupo OSTEC
Fundada em 2005 em Santa Catarina, a OSTEC é uma empresa referência e com ampla experiência no setor de cibersegurança, desenvolvendo soluções próprias, fornecendo serviços e atuando com portfólio de parceiros de mercado. Com mais de 2 mil clientes e atuação transversal em diferentes segmentos, possui operações no Brasil e no Chile. Por meio do Grupo OSTEC, forma um ecossistema one stop shop de soluções de cibersegurança reconhecidas com os selos ISO 27001 e 27701 e que engloba as empresas Dédalo, Enorx, Deconve e Seguridad América.
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