Huge Networks explica que dados revelam ofensivas DDoS que se concentram no fim do ano e chegam a ultrapassar 3 Tbps
Um levantamento realizado pela Huge Networks, especializada em mitigação de ataques e infraestrutura de proteção para empresas, revela uma mudança significativa no comportamento dos ataques DDoS (investidas que sobrecarregam sistemas com tráfego artificial para derrubar serviços) no Brasil.
A análise, baseada em dados coletados desde 2016, mostra que novembro e dezembro se tornaram, nos últimos anos, o período de maior concentração dessas ofensivas, superando um padrão histórico que antes se distribuía entre os meses de junho, julho e agosto. A partir de 2023, segundo a empresa, essa tendência passou a se intensificar de forma clara.
Até 2022, o mês de maior incidência variava de ano para ano. Em alguns períodos, o pico ocorria no fim do ano, mas, na maior parte do tempo, a maior pressão era registrada no meio do calendário. Esse comportamento mudou quando, em 2023, o quarto trimestre concentrou 66,55% de todos os ataques mitigados pela Huge.
Somente novembro e dezembro responderam por 56,86% desse volume. Em 2024, o cenário se repetiu: 52,23% dos ataques ocorreram entre outubro e dezembro, sendo 43,9% apenas nos dois meses finais.
Os dados analisam ataques mitigados pela Huge Networks a partir do tráfego de aproximadamente 1600 provedores regionais (ASNs) distribuídos em todos os estados do Brasil, cobrindo desde pequenos ISPs até redes com presença estadual.


Segundo Matheus Castanho, líder técnico da Huge Networks, essa alteração não é casual. “O fim do ano se tornou um período extremamente sensível para empresas, tanto pelo aumento de tráfego gerado pelas datas comemorativas quanto pela redução natural das equipes de tecnologia. É o momento em que um ataque causa mais impacto e, portanto, se torna mais atrativo para os criminosos“, afirma.
A magnitude dos ataques também mudou. Dados da Huge apontam que os maiores picos dos últimos anos se concentram justamente no final do ano, e com intensidade crescente.
Os recordes recentes ultrapassaram a marca de 3 Tbps em tráfego e 1 bilhão de pacotes por segundo, números que até pouco tempo eram raros no mercado brasileiro. Para Castanho, esse avanço representa um alerta importante. “Estamos lidando com ataques mais fortes, mais curtos e muito mais eficientes. É um tipo de ofensiva que tenta derrubar serviços de forma imediata, antes mesmo que as equipes percebam o que está acontecendo.”

O conjunto das análises sugere que o fenômeno observado desde 2023 deixou de ser pontual e passou a configurar um novo padrão. Novembro e dezembro, que já eram meses de alta criticidade para setores como varejo, finanças e provedores de internet, agora reúnem também o maior volume de ataques DDoS do ano, muitas vezes em janelas curtas e com volumetria recorde. A Huge projeta que essa tendência deve se manter em 2025, especialmente diante do ambiente de uso crescente de serviços online e da maior dependência de infraestrutura digital.
“A mensagem para as empresas é direta: não existe mais época tranquila para segurança digital, e o fim do ano se tornou o momento de maior risco. Quem não se prepara para esse período assume uma vulnerabilidade que hoje já é esperada“, conclui Castanho.
Sobre a Huge Networks
Fundada em 2013, a Huge Networks é uma empresa brasileira de tecnologia com atuação global em cibersegurança e infraestrutura de cloud computing. Especializada na mitigação de ataques DDoS e no fornecimento de soluções de nuvem com baixa latência, a empresa possui bases legais e operacionais no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa. Com tecnologia própria e foco em performance, a Huge atende operadoras de internet regionais (ISPs), além de empresas de médio e grande porte, combinando suporte técnico local, engenharia nacional e presença internacional. Possui certificado norte-americano de solidez, transparência financeira e confiabilidade corporativa (Dun & Bradstreet), certificações ISO e está entre as empresas mais interconectadas da América Latina em segurança baseada em nuvem.
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