Nas últimas semanas, a Secretaria da Fazenda divulgou a informação de que irá descontinuar seu emissor gratuito de notas fiscais eletrônicas em janeiro de 2017. Desde já, a versão atual deixa de receber atualizações e não haverá uma versão substituta. Isso é uma notícia que demanda total atenção, principalmente por parte dos contadores.
Sem as atualizações constantes que as notas recebem da legislação brasileira, o risco de uma emissão errada é alto e, o pior, passível de multa. Esse cenário ainda conta com um agravante. Muitas empresas possuem suas rotinas e inclusive seus ERPs prontos para atender a esse modelo de emissão gratuito. Essa mudança afeta diretamente toda a cadeia de informação fiscal e administrativa da empresa.
Os emissores gratuitos eram fornecidos pela Sefaz desde 2006. Seu objetivo sempre foi gerar um melhor controle sobre o recolhimento de impostos e, inclusive, de defesa do consumidor, proporcionando um controle claro das transações comerciais realizadas. A alteração vem baseada em um levantamento realizado pela Sefaz que aponta que o total de NF-e’s geradas por empresas que optaram por emissores próprios somam 92,2% do total das empresas registradas para emissão. Ou seja, a ferramenta gratuita não se justifica.
Esses números só comprovam que essa é uma tendência nacional e empresarial, e não uma decisão arbitrária. A alteração segue o mercado, e não o contrário. Isso faz toda a diferença. Mas porque será que os empresários e contadores optariam por ferramentas pagas? A reposta é mais simples do que se imagina, e tem a ver com a cadeia de informação administrativa da empresa.
Basicamente toda empresa já conta com um ERP. Alguns deles, feitos para atuar do início ao fim dentro da gestão empresarial e fiscal da empresa. As informações são imputadas no começo do processo, como dados de fornecedor, clientes, estoque, e passam pelo processo de vendas e baixas, e chegam até a emissão fiscal demandada pelo governo.
No final de contas, se mantém uma única linha de dados, garantindo confiabilidade da informação, controle fiscal e gerência, tudo em uma ferramenta única. A perda de informação é evitada, e com ela a perda de tempo, dinheiro e do risco de multas por erros fiscais.
As empresas que ainda não utilizam ferramentas tecnológicas terão alguns meses para se adaptar. Quanto antes isso for feito, menos dores de cabeça, pois não se perderá com tempo de adaptação, além de garantir que as atualizações, que foram lançadas nesse meio tempo, não tenham que ser adicionadas manualmente às suas notas, já que a descontinuidade de atualizações é imediata.
Esse investimento não é apenas uma tendência, é uma solução para o panorama moderno da gerência empresarial do nosso tempo. Ter uma ferramenta unificada faz todo o sentido financeiro e prático. É bom estar sempre um passo à frente e garantir que sua empresa não se perca em meio às mudanças impostas pelo governo.
Isso comprova a diferença que esse tipo de sistema faz, tanto na vida do empresário, quanto na vida do contador. Segurança para a sua empresa não tem preço, e a automatização tecnológica está ao seu alcance. Basta deixar de olhar a situação como problema e passar a vê-la como oportunidade.
(*) Marcelo Lombardo é CEO da Omiexperience
Fonte: CIO