Objetivo é mostrar o valor das inovações médicas para a população, para a sustentabilidade econômica do sistema de saúde e políticas públicas
Qual é o real valor da tecnologia médica? O que é ter um filho no colo nos primeiros dias de vida e não enxergar o seu rosto? Amamentá-lo e não ver suas expressões? E se o seu coração parasse de bater durante uma maratona? Que milagre que poderia devolvê-lo a uma vida normal? E se você não pudesse ter filhos, sonho de uma vida, porque sua condição física não permitia?
Com essas perguntas, a ABIMED-Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde lançou na quarta-feira, no Hospital Innovation Show, a Campanha Tecnologias que Transformam Vidas. Cada pergunta se refere a uma situação real vivenciada por três pessoas que participaram do evento e relataram como as cirurgias e procedimentos médicos a que se submeteram salvaram ou deram novo sentido às suas vidas.
Segundo Carlos Goulart, presidente executivo da ABIMED, o objetivo da campanha é mostrar que a tecnologia é fundamental para a promoção da saúde e bem-estar da população e para todos os elos da cadeia de saúde, e que ela não é apenas uma cifra que representa custos e inflação para o sistema de saúde.
“Ao contrário, além de transformar as vidas de pessoas e daqueles que as cercam, as inovações médicas, quando bem utilizadas, têm o poder de melhorar a produtividade do sistema do sistema e impactar positivamente nas definições de políticas públicas, ajudando a controlar custos e a ampliar o acesso da população às tecnologias”, explicou.
A campanha Tecnologias que Transformam Vidas terá duração de dois anos e será implementada em sete fases que incluirão geração local de conteúdo e ações com todos os públicos da área da saúde, como sociedades médicas, hospitais, planos de saúde, Governo, gestores e associações de pacientes.
Fabrício Campolina, presidente do Conselho de Administração da ABIMED, destacou que, nas três últimas décadas, o tempo de internação caiu 58% graças às cirurgias minimamente invasivas. Ele lembrou que, há apenas 15 anos, era necessário abrir os pacientes para operar, enquanto que hoje as cirurgias robóticas já apresentam excelentes resultados no tratamento de doenças como o câncer de próstata.
“Estamos caminhando para novas transformações que causarão impactos ainda maiores na vida das pessoas. É muito importante que a tecnologia seja democratizada e acessível. Para isso, têm que ser usadas racionalmente e sem desperdícios, de modo que os recursos sejam alocados da melhor maneira possível e de acordo com os protocolos médicos adequados”, disse.
A ABIMED congrega 200 empresas de tecnologia avançada na área de equipamentos, produtos e suprimentos médico-hospitalares.
As empresas associadas da ABIMED respondem por 65% do faturamento do segmento médico-hospitalar. O setor de produtos para saúde tem participação de 0,6% no PIB brasileiro, conta com mais de 13 mil empresas e gera em torno de 140 mil empregos.
Criada em 1996, a ABIMED foi pioneira no Brasil na elaboração de um Código de Conduta para as empresas do setor. É sócia-fundadora do Instituto Coalizão Saúde e membro do Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde. A entidade também coopera com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e com autoridades da Saúde, fomentando a implementação de políticas e regulamentações que proporcionem à população acesso rápido a novas tecnologias e a inovações, em um ambiente ético de negócios.
Fonte: saudebusiness.com