A contabilidade é uma das atividades mais importantes para as empresas, visto que ela está diretamente ligada à gestão correta. Em outras palavras, o serviço contábil contribui com a competitividade do negócio, ajuda os gestores a tomarem melhores decisões e garante a regularização com o Fisco — um dos grandes entraves para muitos empreendedores.
Descubra, neste post, o que é inteligência fiscal e entenda por que ela está se tornando cada vez mais importante para as empresas:
A definição de inteligência fiscal
A inteligência fiscal é um conjunto sistemático de ações cuja finalidade é obter, analisar, divulgar e proteger dados e informações. Dessa forma, o gestor usufrui de diferentes benefícios, como evitar a prescrição dos créditos tributários.
Trata-se, portanto, de uma maneira de transformar a questão fiscal-tributária em assunto estratégico. A inteligência fiscal tem se revelado, portanto, como um recurso no setor contábil que contribui para a geração de valor.
A inteligência fiscal e a autuação fiscal
Já foi dito que aplicar inteligência fiscal contribui para a geração de valor na empresa. Esse valor é representado de forma mais explícita no que se refere à redução dos riscos de autuação fiscal.
Problemas com o Fisco trazem consequências graves para o empreendedor, sendo que algumas delas podem ser irreversíveis e culminar no fechamento do negócio. Ou seja, o não pagamento da tributação obrigatória ou o repasse de informações imprecisas ou erradas pode resultar em multas pesadas e processos judiciais morosos.
O Fisco vem usando métodos cada vez mais eficientes de fiscalização de modo a detectar fraudes com maior precisão. Na maioria das vezes (90%), os contribuintes estão errados (mesmo não sabendo disso), e, utilizando o cruzamento de dados, o Fisco descobre os erros e autua o contribuinte sem que existam chances para ele reivindicar.
Quer dizer que os riscos de autuação para as empresas é sempre maior, e a inteligência fiscal vem como uma estratégia legal para evitar esse tipo de situação e favorecer a própria Receita Federal.
A implementação da inteligência fiscal
Para implantar o sistema de inteligência fiscal em sua empresa, é preciso realizar o mapeamento operacional com métricas que vão acompanhar e dimensionar os processos.
Para a mensuração são muito utilizados os KPIs (ou indicadores de desempenho). Esses indicadores, a partir de dados internos — processos e controles — e dados externos — mercado e concorrência —, vão servir de orientação para o empreendedor definir o caminho que oferece mais segurança.
O modo apropriado de usar KPIs
Antes de tudo, é necessário estabelecer suas metas para poder fazer uso dos KPIs. Esses indicadores poderão ser usados de diversas formas, mas o objetivo será sempre o de dimensionar de acordo com critérios definidos, alcançando uma maior abrangência.
No caso em questão, os KPIs serão usados unicamente para atingir alvos definidos pela inteligência fiscal. O gestor deverá, portanto, construir um sistema de KPIs adequado à sua finalidade, considerando, por exemplo, o lead time — a análise do tempo que um processo consome, do seu início até a sua conclusão.
A inteligência fiscal e o diagnóstico
Mensurando e analisando, será possível fazer o diagnóstico da situação tributária da empresa. Esse diagnóstico considera a apuração dos tributos diretos e indiretos para fazer as correções necessárias.
O diagnóstico, contudo, não tem como finalidade somente identificar erros para corrigi-los o mais rápido possível. Ele também ajuda a identificar oportunidades fiscais, como os créditos extemporâneos.
A identificação desses créditos é fruto de um trabalho de avaliação sobre as atividades desenvolvidas pela empresa, seu patrimônio, seus produtos e serviços, sua rotina fiscal. Só assim, poderá efetuar o levantamento dos créditos tributários dos últimos 5 anos, que poderão ser aproveitados pela empresa futuramente. O negócio pode, realmente, ter realizado pagamentos a mais de tributos, e eles poderão ser deduzidos ou compensados.
A importância da certificação digital para a inteligência fiscal
Vale falar, no âmbito da inteligência fiscal, sobre a importância da certificação digital. Um exemplo bastante claro é o da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), que substitui a nota fiscal tradicional.
Além dela, diferentes informações são recolhidas e repassadas de forma digital. O Sped, por exemplo, envolve, além da NF-e:
- a Escrituração Fiscal Digital (EFD);
- a Escrituração Contábil Digital (ECD);
- o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e);
- e o Controle Fiscal Contábil de Transição (FCont).
- Outro documento digital é o Livro Eletrônico de Apuração do Lucro Real (e-LALUR).
Todos esses recursos digitais são usados pelo Fisco para otimizar o controle tributário e a empresa que investe neles está mais bem preparada para se submeter a essa fiscalização.
A certificação digital garante validade jurídica em relação a todas as suas obrigações fiscais digitais.
As vantagens da inteligência fiscal
Uma das mais importantes vantagens em implantar inteligência fiscal na sua empresa é que ela acabará tendo menos custos com tributos. A inteligência fiscal desenvolve um papel importante no que se refere ao planejamento tributário (escolha do regime tributário mais apropriado), além de desenvolver ações para identificar falhas e oportunidades. Naturalmente, essas ações contribuem para otimizar a economia da empresa.
Outras vantagens são:
- antecipação à análise da fiscalização e, consequentemente, menores riscos de autuação da Receita Federal;
- desenvolvimento de metas e de estratégias fiscais mais bem direcionadas;
- vantagem competitiva. Uma empresa que aplica inteligência fiscal na gestão do negócio tem maiores oportunidades de se desenvolver
- legalmente, recebendo incentivo e proteção do governo. Além disso, o seu comportamento tributário, fiscal e operacional será u
- grande diferencial entre as concorrentes;
- maiores possibilidades de sucesso nas transações (fechamento de negócios, compra, venda, estabelecimentos de parcerias);
- maior segurança no momento de tomar decisões;
- atualização no que se refere à legislação do país;
- maior valorização dos sistemas de informação da empresa;
- oportunidade para o contador mostrar a sua importância e o seu potencial no cenário de desenvolvimento das empresas.
E você, já usa a inteligência fiscal nas empresas para as quais trabalha? Quais são as vantagens que tem usufruído com essas ações? Compartilhe as suas opiniões e as suas experiências nos comentários.
Fonte: Valid Certificadora