3ª Pesquisa Nacional Sobre Conscientização Corporativa em Segurança da Informação, realizada com chefes de segurança das 300 maiores empresas do país, reforça o cenário de aumento de ataques contrastando com a necessidade da conscientização das equipes
Anderson Ramos, idealizador do Mind The Sec e CTO da Flipside: “Empresas que não são capazes de proteger os dados de seus clientes – e os seus próprios – não serão mais competitivas.”
Em 2017, o custo do despreparo frente ao cibercrime, hoje mais organizado, globalizado e ativo, foi de cerca de 70 bilhões de reais para a economia brasileira e afetou 62,7 milhões de pessoas e empresas, que perderam 24 horas – ou três dias inteiros de trabalho – para lidar com os danos pós-ataques, de acordo com o 2017 Norton Cyber Security Insights Report, divulgado pela empresa de segurança Symantec, que projeta um crescimento de até 23% nos números para esse ano.
Também no decorrer do ano de 2017, o Brasil foi alvo de 205 milhões de ciberataques,. De acordo com o Relatório da Segurança Digital no Brasil, produzido pelo laboratório PSafe, foram registrados mais de 120 milhões de detecções de ciberataques somente nos primeiros seis meses de 2018 – número 95,9% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, indicando que teremos quase o dobro desse volume ao final do período.
No Brasil, um levantamento da PwC aponta que o investimento em segurança da informação no país cresce a um ritmo anual de 30% a 40%, atingindo cifras na casa de US$ 8 bilhões em 2018 – maior valor da história no país – enquanto que no restante do mundo, esse crescimento gira entre 10% e 15% ao ano. Esse cenário reforça um conceito que vem sendo discutido mais e mais a cada ano “Empresas que não são capazes de proteger os dados de seus clientes – e os seus próprios – não serão mais competitivas”.
Mesmo com o investimento recorde em tecnologias, as empresas ainda ficam expostas quando esse comportamento inseguro acontece no ambiente corporativo. É o que mostra a 3ª Pesquisa Nacional Sobre Conscientização Corporativa em Segurança da Informação*, realizada entre junho e agosto com os gestores de segurança da informação das 300 maiores empresas do país. Os executivos relatam um aumento de 21% no número de incidentes de segurança nos últimos 12 meses. Para mais de 73% deles, a desatenção e o clique indevido em links inseguros recebidos via e-mail, SMS, redes sociais e etc. é a maior preocupação, seguidos do compartilhamento de senhas e informações sensíveis em grupos de Whatsapp, fraudes telefônicas (vishing) e uso indevido de pendrives e similares.. “Por mais que os profissionais de segurança da informação sigam se atualizando e que as empresas continuem investindo em novos mecanismos para proteger o negócio de ações maliciosas, os criminosos também se aprimoram e buscam novas brechas, não só no âmbito tecnológico”, alerta Priscila Meyer, CEO da Flipside – Security Beyond Technology, consultoria especializada em conscientização corporativa em segurança da informação e responsável pela realização da pesquisa. “Nosso levantamento aponta que no Brasil cerca de 58% das violações de segurança são resultado de falha humana”, reforça.
Os resultados completos da pesquisa e os desdobramentos práticos nas empresas serão discutidos durante o MIND THE SEC, o maior e mais qualificado evento de Segurança da Informação do Brasil, que promove nos dias 18 e 19 de setembro o encontro entre os maiores especialistas em cibercrime e segurança da informação do mundo para debater tendências e discutir os desafios do segmento e a vulnerabilidade do Brasil no cenário mundial. “Este ano será para sempre lembrado como um divisor de águas no que diz respeito às discussões sobre privacidade e proteção de dados pessoais, com a entrada em vigor da GDPR na Europa e a Lei de Proteção de Dados que foi sancionada no Brasil.” ressalta o criador do Mind The Sec e CTO da Flipside, organizadora do evento.
De acordo com a pesquisa Cost of Data Breach 2017, do Instituto Ponemon, os danos médios causados pelas violações de dados chegaram a R$ 4,31 milhões por ano no Brasil. A média de negócios perdidos a cada incidente por organizações devido aos incidentes de segurança chegou a R$ 1,57 milhão em 2017.
Um dos destaques da programação do Mind The Sec, que terá três trilhas de conteúdo e quase 20 horas de atividades, é Mikko Hypponen, CRO na F-Secure e expert global em segurança. As pesquisas de Hypponen são publicadas em veículos de imprensa como o The New York Times, Wired e Scientific American, além de lhe render frequentes aparições em TVs internacionais. O especialista também palestra nas universidades de Stanford, Oxford e Cambridge. Hypponen falará sobre questões chave para o mercado brasileiro: “Onde estamos hoje? Para onde iremos? E como nós iremos proteger dez bilhões de novos dispositivos que estarão online na próxima década?”.
Junta-se ao time de especialistas mundiais, Marcus Ranum, CEO da NFR, pioneiro em firewall e expert mundialmente renomado em design e implementação de sistemas de segurança, pioneiro em tecnologia de segurança e dos sistemas de firewalls, VPN e detecção de intrusões.
Especialistas de empresas como Mercado de Bitcoin, Stone Pagamentos, Cielo, Grupo Boticário, Allianz, Eurofarma, entre outras gigantes internacionais e nacionais, estarão representadas no evento para discutir temas exclusivos e inéditos a fim de diminuir em 2018 esse fator que está afetando a economia, a atividade industrial e o comportamento estratégico das empresas brasileiras.
O evento acontece no Grand Hyatt São Paulo e é a principal oportunidade para troca de informações e concretização de negócios do setor de Segurança da Informação no Brasil.
Sobre o Mind The Sec
O Mind The Sec é a maior e mais qualificada conferência corporativa brasileira sobre Segurança da Informação e Segurança Cibernética.
Promovido pela Flipside – Security Beyond Technology, o evento reúne os mais consagrados palestrantes e executivos nacionais e internacionais do tema para debates em um formato que privilegia o relacionamento de alto nível e a troca de conhecimento entre especialistas, empresas e fornecedores de soluções.