Conforme noticiado pelo Wall Street Journal, o bilionário Masayoshi Son, fundador do Softbank Group e um dos homens mais ricos do Japão, perdeu mais de 130 milhões de dólares aplicando em Bitcoin
De acordo com o Wall Street Journal, em matéria[1] publicada em 23 de abril de 2019, o bilionário japonês, Masayoshi Son, perdeu mais de US$ 130 milhões (R$ 512 milhões), após comprar bitcoins no final de 2017, (quando a criptomoeda estava valendo aproximadamente US$ 20 mil) e vendê-las poucos meses depois, no início de 2018, quando a moeda sofreu grande desvalorização.
Son é conhecido por ser fundador do Softbank Group e um grande investidor do mercado de tecnologia, além de figurar na lista dos homens mais ricos do Japão. Segundo a empresa Bloomber, Masayoshi Son está em 55º lugar dentre os mais ricos do mundo, com um patrimônio estimado em US$ 18,8 bilhões.
O bilionário também ficou conhecido quando decidiu investir na empresa Alibaba, após 5 minutos de conversa com Jack Ma, fundador desta empresa. É também investidor da Uber, WeWork, entre outras.
Ao analisar estes investimentos, o Dr. Luiz Augusto Filizzola D’Urso, que é Presidente da Comissão Nacional de Estudos dos Cibercrimes da ABRACRIM, aponta que “efetivamente é muito arriscado investir em criptomoedas, conforme comprovado neste caso, pois além do risco de eventual desvalorização, ainda existe a insegurança em razão da falta de regulamentação destas criptomoedas, especialmente em nosso país”.
D’Urso, que também é Coordenador e Professor do Curso de Direito Digital da FMU, abaliza que “a insegurança neste tipo de investimento é colossal, quase inversamente proporcional à hipervalorização das bitcoins no final de 2017. Podemos, por exemplo, ter futuramente no Brasil, um cenário de proibição total da comercialização das bitcoins, como ocorreu em alguns países, o que geraria enormes complicações a todos os possuidores desta criptomoeda”.
Defensor da regulamentação das moedas digitais, D’Urso acredita que, com a regulamentação, a insegurança diminuiria muito e a reação seria o crescimento dos investimentos em criptomoedas, além da sua popularização para uso diário, ocasionando um reflexo direto nos investimentos de empresas estrangeiras no Brasil.
Já com relação à valorização das criptomoedas, o especialista em Direito Digital afirma que “a regulamentação seria um passo importante, especialmente diante de vários exemplos de indivíduos que lucraram quantias milionárias investindo em criptomoedas. Todavia, enquanto o Brasil não regulamentá-las o risco permanece elevado”.
“A maioria dos países já reconheceu que as criptomoedas são uma realidade e sua circulação deve estar cada vez mais presente em nosso cotidiano, podendo se tornar uma excelente opção de investimento. Chegou a hora do Brasil também perceber isto”, finaliza Luiz Augusto D’Urso.
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