Infraestruturas tecnológicas para implementação do serviço, como o PIX, começam a ser checadas. Testes das funcionalidades da base de endereçamento (DICT) e testes de conectividade à plataforma de liquidação (SPI) serão permanentes a partir de agora.
Começaram os testes das infraestruturas tecnológicas do PIX, pagamento instantâneo do Brasil. Instituições que participarão do PIX já estão testando junto ao BC as funcionalidades da base de endereçamento, infraestrutura que permitirá que o pagamento seja feito de um jeito mais prático, com uso de apelidos (tecnicamente chamados de chave de endereçamento).
Por enquanto estão sendo usados dados fictícios de clientes.
Além disso, estão em andamento os testes de conectividade com a plataforma que possibilitará a liquidação dos pagamentos em poucos segundos.
Na prática, o procedimento representa o primeiro passo da implantação da Interface de Comunicação (ICOM), infraestrutura tecnológica necessária ao funcionamento do serviço.
Com os testes, os participantes poderão simular as funcionalidades de registro, como exclusão e consulta dos apelidos (número de telefone celular, e-mail, CPF/CNPJ), a criação e a assinatura de mensagens, autenticação de canal e verificação de assinaturas (e mensagens) recebidas.
Os testes são permanentes e estão disponíveis em um ambiente de homologação para todas as instituições que forem participar do PIX, seja de forma obrigatória ou opcional.
“Os testes de conectividade contemplarão a primeira troca de mensagens de comunicação entre os participantes e o SPI e permitirão a validação dos processos de assinatura e de autenticação dos participantes de acordo com os padrões especificados. As demais funcionalidades do SPI serão disponibilizadas de forma gradual para testes preliminares dos potenciais participantes”, afirma Lilian Holmes, do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos do BC.
“O próximo passo será disponibilizar o SPI para a realização de testes voluntários de liquidação, que estão previstos para ocorrer em abril”, revela Renan Bonfim, também do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos.
De acordo com ele, o maior desafio tecnológico é desenvolver um sistema que opere 24 horas, nos sete dias da semana, com processamento das transações de ponta a ponta em poucos segundos e com alta capacidade para atender a demanda dos usuários com um elevado nível de segurança.
Alexandre Vallerão, do Departamento de Tecnologia da Informação do BC, explica que a comunicação entre os participantes ocorrerá em um ambiente seguro em função do uso de certificados digitais para criptografia e autenticação. De acordo com ele, a Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN), que será usada como meio de transmissão das ordens de pagamento, garante um nível de isolamento adequado aos elementos mais críticos do SPI.
“Além disso, o sistema utilizará um padrão de mensageria internacional, o ISO20022, que também é novidade para a maior parte do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Ou seja, será necessário um período de adaptação de todos”, complementa Bonfim.
24×7
A partir de um simples toque no celular, o PIX permitirá a realização de pagamentos e transferências de forma rápida, intuitiva e segura, a qualquer dia do ano, sem limite de horário, e com o dinheiro imediatamente disponível para o recebedor. O serviço, cuja marca foi lançada em fevereiro, entrará em operação em novembro.
Para mais informações sobre a operacionalização tecnológica do serviço, entre em contato pelo e-mail suporte.ti@bcb.gov.br.
Fonte: Banco Central do Brasil
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