Já é visível a mudança de escolha dos consumidores por compras mais seguras
Por Julie Rodgers Vargas
Não há como negar, a pandemia que se instalou devido ao novo coronavírus mudou a forma de se relacionar em todas as esferas. No varejo, a corrida por uma compra segura e por conveniência é um caminho sem volta.
Empresas como a Dirty Lemon, Sodexo e Esselunga estão entre as que definem esse novo momento, que preza pela necessidade de distanciamento social e pela alta das transações ativadas digitalmente e sem contato. Uma das principais soluções para essa nova realidade é a utilização de RFID, que permite oferecer melhores experiências aos usuários, além do gerenciamento de inventário otimizado.
As vendas das lojas de conveniência dos Estados Unidos aumentaram quase 9% em 2018 e, na China, saltaram 19%. Mais de um terço do espaço físico de varejo é agora composto por lojas de conveniência, e os gastos no segmento em todo o mundo devem exceder US $ 48 bilhões em 2024.
Com isso, os mercados e hortifrutis em geral investem em tecnologias que facilitam a compra segura. Mas, as lojas de conveniência continuam na vanguarda. O AmazonGo se tornou emblemático, entretanto outras marcas também estão inovando.
O 7-Eleven lançou um serviço de entrega sem contato e está pilotando um conceito de “scan and go”. No Japão, nada menos que o Ministério da Economia, Comércio e Indústria pediu às lojas de conveniência que implementassem a automação para lidar com a falta de mão de obra e tornar as compras seguras e mais agradáveis.
Essa onda coloca mais pressão nos mercados para automatizar suas cadeias de suprimentos. Um dos cases que exemplifica isso é a The Drug Store, da marca Iris Nova, em Nova York, onde os clientes podem pegar sua bebida favorita Dirty Lemon de uma geladeira, dizer à empresa o que pegaram via mensagem de texto e seguir em frente.
O pagamento é debitado da conta deles, e o sistema da Iris Nova registra a alteração de estoque. O segredo é uma etiqueta inteligente RFID em cada garrafa, que cria o gêmeo digital do produto no sistema de inventário da empresa. Além de validar as vendas, as tags permitem um melhor gerenciamento de estoque e conhecimento imediato de onde qualquer item está, na cadeia de suprimentos.
Elas ainda viabilizam o monitoramento automatizado da expiração dos produtos, dados de vendas mais precisos e experiências baseadas em dispositivos móveis que possibilitam aos clientes participar de promoções, explorar como a bebida foi feita e descobrir outros itens Dirty Lemon.
A Sodexo também implantou o RFID por meio do SmartChef™, um SmartFridge abastecido com entradas, lanches e bebidas. Cada item é marcado com uma etiqueta inteligente desenvolvida especificamente para embalagens de alimentos, permitindo que os itens sejam aquecidos com segurança no microondas e todos sejam rastreados no inventário da Sodexo.
Usando o aplicativo SmartChef, os consumidores desbloqueiam a geladeira com um QR Code, escolhem e pagam automaticamente pelo produto.
Já no centro de Milão, a La Esse, um pequeno mercado de bairro aberto pela principal mercearia italiana Esselunga, disponibiliza seus produtos com etiqueta RFID.
Os clientes pagam inserindo sua sacola de compras em compartimentos dispostos em uma das quatro estações de pagamento “Presto Cassa”. O sistema lê a etiqueta inteligente e calcula instantaneamente o custo total, sem necessidade de caixa.
A loja também oferece armários “Clicca e vai” (clique e vá), para quem deseja fazer pedidos on-line e retirar pessoalmente.
Essa mudança para a conveniência sem contato já vinha como tendência, antes da Covid-19. A pandemia aumentou os riscos e fez com que as marcas descobrissem que o RFID pode ser uma adição poderosa, econômica e facilmente implementável à estratégia digital de qualquer mercado, mercearia ou loja de conveniência, para garantir uma compra segura.
É a tecnologia trabalhando a favor da nossa comodidade, eficiência e segurança. Não tem volta!
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