É essencial contar com profissionais altamente qualificados para acompanhar e manter uma rotina diária de segurança e inteligência
Por André Mello
O avanço tecnológico permite uma série de inovações e melhorias em todas as áreas, com o objetivo de otimizar o tempo e processos, além de automatizar atividades. Mas a verdade é que nem sempre isso acontece.
A sua ampla aplicação diária e, principalmente, o descuido na sua utilização, tanto por parte das empresas quanto no dia a dia dos indivíduos, abre cada vez mais espaço para que os hackers encontrem brechas em seus sistemas de segurança.
Ao mesmo passo que essa situação exige um trabalho constante focado nas soluções contra ataques cibernéticos, os cibercriminosos se aproveitam da ampliação na oferta de novos recursos para desenvolverem sofisticadas ofensivas em diversas etapas, o que pode dificultar a sua detecção, bloqueio e reparação, tanto para o alvo do ataque quanto para seus clientes/usuários, que podem ter os dados vazados.
Em uma invasão com várias fases, o atacante executa o passo a passo até atingir o objetivo final. Geralmente, é necessário associar comportamentos de ataque em cada uma dessas etapas antes de descobrir a intenção real do hacker.
Analisando exercícios de segurança cibernética, fica nítido que os métodos utilizados pelos criminosos são atualizados com níveis altos de ocultação, a fim de dificultar a sua identificação.
Além disso, fatores como vulnerabilidades de dispositivos IoT, baixo nível de conscientização em relação à segurança, desenvolvimento não compatível de aplicativos e desorganização em redes internas, fazem com que seja ainda mais difícil detectar todos os caminhos percorridos em um ataque dessa natureza.
Deve-se sempre ficar atento e levar em consideração alertas recebidos por meio de equipamentos específicos e fornecedores. No entanto, é essencial contar com profissionais altamente qualificados para acompanhar e manter uma rotina diária de segurança.
Além disso, as soluções atuais não são habilitadas para receberem Inteligência Artificial (IA), o que impossibilita que as empresas sem especialistas mantenham operações rotineiras de segurança.
Atualmente, as técnicas de análise em gráfico ainda são as melhores ferramentas para visualizar os caminhos de um ataque de forma inteligente.
Para o futuro, a projeção é que exista um modelo unificado, onde será possível reunir todos os fatores que contribuíram para uma invasão bem-sucedida em um ambiente de rede complexo. Esse modelo será dinâmico, permitindo a análise do contexto para descobrir e reproduzi-las.
Essa inovação reduzirá não somente os custos de operações de segurança, como também modificará o modelo atual, além de tornar as técnicas e processos ainda mais automatizados e eficientes, permitindo que os recursos de segurança cibernética das organizações resistam a ataques do mundo real.
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