É preciso deixar seguros sites, aplicações e serviços da internet, como as APIs, peças-chave do Open Finance, por exemplo
Por Rodrigo Fernandes
As aplicações são o coração do negócio da era digital. Mas ao mesmo tempo que promovem simplicidade, agilidade e conveniência a usuários e consumidores, se não estiverem protegidas podem abrir brechas para ataques provenientes de diferentes locais e variados níveis de tamanho e complexidade.
É preciso deixar seguros sites, aplicações e serviços da internet, como as APIs, peças-chave do Open Finance, por exemplo. Entendo que construir uma aplicação web segura não é tarefa fácil. Exige muito conhecimento e desenho de um modelo em que todos somam para a elaboração de uma estratégia mais efetiva possível.
Grande parte dos ataques ocorre por conta de vulnerabilidades presentes na própria aplicação, sendo responsabilidade dos desenvolvedores e arquitetos conhecer tais fraquezas e como blindá-las.
É uma jornada em constante alerta e atualizações, que inclui vários procedimentos e cuidados como usar criptografia atualizada, autenticação adequada, corrigir continuamente as vulnerabilidades descobertas e manter um desenvolvimento de software que inclua desde o início a segurança.
Qual o ganho esperado quando a segurança está em linha com as aplicações e objetivos do negócio? Sem dúvida, a manutenção da reputação da marca está em posição de destaque, porque reduz o risco de fontes internas e terceiros, mantendo dados de clientes, a credibilidade e ampliação da confiança.
Como os tipos de ataque sofrem evoluções, é preciso estar em constante preparo para impedir vazamentos e novas vulnerabilidades, e ainda a consciência de que apenas estabelecer medidas de segurança não é o bastante. Testá-las constantemente garante o seu bom funcionamento. A cada incidente detectado previamente, um aprendizado. Além de servir de bússola para saber se a estratégia está, de fato, correta.
Alerta constante
Todo esse monitoramento e atualizações constantes exigem dedicação de um time qualificado para garantir que as aplicações estejam protegidas e, portanto, com segurança na eficiência operacional. Para não se distanciar do foco do negócio, as empresas estão cada vez mais terceirizando essa atividade para parceiros experientes em segurança da informação.
Eles cuidam desde a análise do ambiente do cliente, detecção de pontos vulneráveis até orientação sobre a implementação da cultura de segurança corporativa.
A cada evolução tecnológica no mercado, como aplicações em nuvem, avanço da IoT e chegada do 5G, o cuidado precisa ser redobrado em relação à proteção das aplicações que irão inovar negócios em diferentes setores da economia. Por isso, a importância de adotar medidas de segurança para cada componente da aplicação e durante cada fase do processo de desenvolvimento.
É preciso incluir medidas exclusivas para cada um dos componentes. A cada nova geração de aplicações, por exemplo, é necessária uma estratégia, que pode ser automatização dos processos de implantação, segurança em aplicações em nuvem no modelo SaaS são convenientes, atraentes, mas requerem atenção, e proteção.
Nesse novo mundo, é preciso construir uma nova cultura de segurança. A conscientização de que a empresa está se transformando a cada dia com o digital e nessa trilha é essencial que a segurança esteja presente. Vale destacar que não existe uma receita universal que proteja as aplicações.
Cada setor tem suas vulnerabilidades, ligadas a processos específicos, suas parcerias e tantas outras possíveis brechas em seu ecossistema de negócio. Todo cuidado é pouco se a sua empresa caminha hoje em direção ao futuro.
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