Segundo especialista, links suspeitos, salários improváveis e cobrança de taxas são alguns sinais de golpe sobre emprego falso
Os brasileiros são a maioria das vítimas de crimes cibernéticos, segundo dados da empresa de gerenciamento de risco ClearSale.
Entre os principais golpes virtuais aplicados está o do falso emprego. A marca registrada é atrair pessoas desempregadas pela promessa de trabalho e ganhos rápidos, induzindo-as a compartilhar informações pessoais e até mesmo a pagar para participar de processos seletivos.
Em caso recente, três pessoas foram presas em São Paulo suspeitas de fazerem parte de uma quadrilha que aplicava esse tipo de golpe.
O grupo cobrava das vítimas uma taxa que chegava a R$ 8 mil para participar de cursos de formação para supostas vagas de jovem aprendiz.
“Esse tipo de golpe costuma atrair pessoas em busca do primeiro emprego ou menos familiarizadas com recursos digitais. Sobretudo com o aumento do recrutamento online, é comum receber contato por redes sociais. Por isso, é importante estar atento a alguns sinais que evidenciam a tentativa de fraude”, alerta Bruno Rizzato, diretor do app de vagas Trampolim.
No momento em que o desemprego atinge 8,6 milhões de brasileiros (IBGE), o especialista listou algumas dicas para não cair no golpe do emprego falso:
-Nunca clique e nem informe dados sensíveis em links suspeitos;
-Procure sempre confirmar a veracidade das informações nas páginas e sites oficiais dos envolvidos;
-Fique atento se a descrição da vaga é muito genérica, se não contém informações importantes sobre o cargo e destaca que o preenchimento dela é urgente;
-Também suspeite de vagas com salários e benefícios muito altos, que não condizem com a carga horária ou cargo concorrido;
-Quando alguém entrar em contato para oferecer uma vaga, pesquise sobre a pessoa, a empresa e se há de fato uma vaga aberta;
-Empresas não cobram taxas como pré-requisito para participar de um processo seletivo, realização de exames admissionais ou cursos necessários para uma suposta contratação. Evite realizar qualquer tipo de investimento de vaga oferecida, mesmo que haja promessas de reembolso;
-Na primeira fase os recrutadores só precisam das suas informações básicas para contato, portanto, não prossiga a conversa caso dados pessoais e/ou bancários forem exigidos antes da contratação.
“Além desses cuidados, é recomendado perguntar o nome completo da pessoa e a empresa que ela diz representar, para depois pesquisar se de fato ambos existem. Plataformas de vagas mais colaborativas ou sociais, como a Trampolim, contam com a ajuda da comunidade para manter apenas vagas reais e que são verificadas pelo aplicativo. Mesmo em sites tradicionais, muitas vezes vagas falsas acabam ‘passando’, pois os golpistas estão cada vez mais cuidadosos. Por isso, sempre que notarem algo suspeito, denunciem a vaga duvidosa na própria plataforma”, finaliza Rizzato.
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