Como a assinatura eletrônica funciona dentro do Código Civil reformado? Quais são suas implicações e benefícios para indivíduos e empresas?
Nos últimos anos, a assinatura eletrônica tem ganhado destaque no Brasil, impulsionada pela digitalização de processos e pela necessidade de simplificação e segurança nas transações eletrônicas. Este cenário de crescente relevância culminou em uma recente proposta de reforma do Código Civil, que busca integrar e regulamentar a utilização da assinatura eletrônica no Código Civil do país.
Tal mudança visa modernizar a legislação, proporcionando maior segurança jurídica e eficiência nas relações contratuais e comerciais. Neste artigo, abordaremos como a assinatura eletrônica funciona dentro do contexto do Código Civil reformado, analisando suas implicações e os benefícios esperados para indivíduos e empresas.
Como o novo Código Civil regulamenta os diferentes tipos de assinatura eletrônica
A recente proposta de reforma do Código Civil brasileiro traz mudanças significativas ao incorporar diferentes tipos de assinatura eletrônica, com o objetivo de modernizar e facilitar as transações digitais. As principais mudanças propostas incluem a definição e regulamentação de três tipos de assinatura eletrônica: simples, avançada e qualificada.
Assinatura eletrônica simples
Esta forma de assinatura é a mais básica, utilizada principalmente para documentos e transações de menor risco. A assinatura eletrônica simples permite a identificação do signatário, mas não requer métodos de autenticação rigorosos. Seu uso é indicado para situações em que o nível de segurança exigido é relativamente baixo.
Assinatura eletrônica avançada
Esta modalidade oferece um nível de segurança intermediário, sendo capaz de identificar o signatário de forma única e vinculada ao documento assinado de maneira a permitir a detecção de qualquer alteração posterior. A assinatura avançada é adequada para transações que demandam maior confiabilidade e segurança, como contratos comerciais e acordos jurídicos de maior complexidade.
Assinatura eletrônica qualificada
Este é o tipo mais seguro de assinatura eletrônica, exigindo a utilização de certificados digitais emitidos por uma Autoridade Certificadora credenciada. A assinatura qualificada oferece o mais alto nível de segurança e autenticidade, sendo equivalente à assinatura manuscrita tradicional para todos os efeitos legais. É utilizada em transações de alto risco, como contratos financeiros e documentos governamentais.
A integração dessas modalidades no Código Civil é complementada pelas regulamentações existentes, como a Lei 14.063/2020, que trata da assinatura eletrônica no âmbito da administração pública, e a Medida Provisória 2.200-2/2001, que criou a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), fundamental para a emissão de certificados digitais.
Implicações para empresas e cidadãos
Para empresas, a reforma traz maior clareza e segurança jurídica, permitindo que contratos e transações sejam realizados de forma mais eficiente e com menor custo, eliminando a necessidade de papéis e deslocamentos para assinaturas presenciais. Ademais, a padronização da assinatura eletrônica pode aumentar a confiança nas transações digitais, impulsionando o comércio eletrônico e a inovação tecnológica.
Para os cidadãos, a reforma facilita o acesso a serviços e transações online, tornando processos burocráticos mais ágeis e acessíveis. A segurança oferecida pela assinatura eletrônica avançada e qualificada garante que seus direitos sejam protegidos, enquanto a assinatura simples proporciona praticidade em situações cotidianas de menor risco.
Benefícios e desafios para a assinatura eletrônica no Código Civil após a reforma
A implementação das alterações propostas pela reforma do Código Civil traz uma série de benefícios e desafios que merecem ser discutidos para compreender plenamente sua relevância e impacto.
Benefícios
A regulamentação clara e específica da assinatura eletrônica no Código Civil aumenta a segurança jurídica nas transações digitais. Com definições e requisitos bem estabelecidos, tanto empresas quanto cidadãos podem confiar na validade e autenticidade dos documentos assinados eletronicamente.
Uma vez que a adoção de assinatura eletrônica simplifica processos, reduz a necessidade de deslocamentos e elimina custos associados à impressão, transporte e armazenamento de documentos físicos, torna possível realizar operações mais rápidas e econômicas, beneficiando tanto o setor privado quanto o público.
Com efeito, a modernização legislativa impulsiona a inovação tecnológica e o desenvolvimento de novos serviços digitais. Empresas podem desfrutar de novas oportunidades de negócios, enquanto os cidadãos desfrutam de serviços mais acessíveis e eficientes.
Por fim, há de se considerar que a assinatura eletrônica torna mais fácil o acesso a serviços, especialmente para pessoas em regiões remotas ou com mobilidade reduzida. A simplificação de processos burocráticos contribui para uma maior inclusão digital e social.
Desafios
A implementação bem-sucedida da assinatura eletrônica requer investimentos em infraestrutura tecnológica e capacitação de pessoal. Empresas e órgãos públicos precisam se adaptar às novas ferramentas e sistemas para garantir a segurança e eficiência dos processos.
Adicionalmente, a introdução de novas formas de assinatura eletrônica demanda esforços de educação e conscientização para que todos os envolvidos compreendam suas funcionalidades, benefícios e requisitos. Campanhas informativas e treinamentos são essenciais para evitar mal-entendidos e garantir a adoção correta.
Paralelamente, a segurança e a privacidade dos dados são preocupações centrais na era digital. A implementação da assinatura eletrônica deve estar alinhada com as legislações de proteção de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), para garantir que as informações dos usuários estejam protegidas contra fraudes e abusos.
Destacamos que a diversidade de plataformas e tecnologias de assinatura eletrônica pode criar desafios de interoperabilidade. É determinante que os sistemas sejam compatíveis entre si para assegurar que assinaturas realizadas em diferentes plataformas sejam reconhecidas e aceitas universalmente.
Finalmente, a modernização legislativa é fundamental para acompanhar as rápidas mudanças tecnológicas e garantir que o ambiente digital seja seguro, eficiente e inclusivo. Ao incorporar a assinatura eletrônica no Código Civil, o Brasil dá um passo importante para fortalecer a segurança jurídica e fomentar um ambiente propício à inovação.
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Sobre a ZapSign
Criada em 2020, a startup brasileira ZapSign permite às empresas enviar documentos para serem assinados por meio de aplicativos de mensagens, como WhatsApp, e-mail ou qualquer outro canal de comunicação.
Com mais de 2 milhões de usuários ativos e mais de 40 milhões de documentos assinados, a plataforma apresenta interface simples e intuitiva, além de excelente custo-benefício.
Dentre os clientes, estão algumas das maiores empresas do país, como Itaú, Grupo GPA, Greenpeace, L’Oréal Brasil, Unimed e Rappi. Iniciou seu processo de internacionalização em 2021 e, atualmente, conta com clientes em 21 países. Faz parte da Truora, eleita a quarta melhor startup para jovens trabalharem no Brasil, segundo o ranking Employer for Youth (EFY).
ZapSign faz parte do Grupo Truora, uma empresa com mais de 6 anos de experiência na geração de soluções tecnológicas que simplificam a comunicação entre clientes, usuários, fornecedores ou colaboradores.
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