Há alguns anos, temos nos orientado a produzir softwares que em um futuro próximo serão utilizados pelas novas gerações.
Laercio Cosentino – CEO TOTVS
Dessa forma, tornaremos nossos clientes aptos a atender às demandas de usuários e clientes que hoje são jovens estudantes, mas que muito em breve estarão no mercado de trabalho.
Temos mudanças importantes no mindset e nos comportamentos dessa nova geração, as quais certamente irão afetar a forma como se compra e consome softwares. Entendemos que para continuar sendo uma empresa inovadora, precisaremos estar preparados para receber essas demandas.
Hoje, vivemos em um mundo aberto, fluido, onde o usuário instala um aplicativo em seu celular e se em alguns dias surgir uma versão melhor do concorrente, ele simplesmente desinstala o anterior.
Ou seja, para a geração que convive com Netflix, Apple Store e Waze, adquirir um software e ficar preso a ele por anos será algo impensável. Ela desejará permanecer com uma plataforma porque ela é boa e não porque é trabalhoso migrar. É nisso que estamos apostando: em tecnologias fluidas, que se tornem essenciais para a gestão e para os negócios dos clientes.
Vejamos a forma como os jovens estudam atualmente. A geração anterior se trancava em um quarto com uma pilha de livros e passava horas a fio concentrada, lendo. Hoje, o jovem fica com um tablet ligado, fala no Whatsapp, ouve música no fone de ouvido e, de vez em quando, tem um livro, porque na maioria das vezes ele prefere estudar pelo Google mesmo.
Esse leque de estímulos e opções fez com a mente humana evoluísse e é ingênuo achar que a indústria de tecnologia da informação não tenha de acompanhar essa evolução. Por isso, precisamos oferecer produtos e serviços que se comportem da mesma maneira que os seus usuários.
Na prática, isso significa que em alguns anos softwares empresariais serão adquiridos e consumidos de maneira diferente. Toda essa dinâmica citada terá de estar presente também na tecnologia da informação das empresas: possibilidades de personalização, de ter disponível e pagar exatamente por aquilo que precisa, talvez estruturas modulares, semelhantes ao que temos hoje nas lojas de aplicativos, por meio do qual ele consiga escolher exatamente aquilo que faz sentido para a realidade da empresa dela.
Em resumo, a tendência do futuro será voltar ao simples.
Fonte: Linkedin