A Certificação Digital possibilitou ao setor de saúde garantir a autenticidade e a validade jurídica de documentos no meio eletrônico
Por Alexandre Corigliano*
Com a integração do Certificado a um sistema de prontuário eletrônico, o médico pode realizar, por exemplo, a autorização de um procedimento a partir de sua assinatura digital.
Sem dúvidas, a eficiência operacional é um dos maiores benefícios da medida, ainda mais quando consideramos as deficiências do setor, que podem ser bastante reduzidas com mais celeridade no atendimento aos pacientes.
Se por um lado a Certificação Digital permite a assinatura eletrônica de documentos pelos médicos, garantindo a integridade de informações e o compartilhamento de laudos, prescrições, exames e atestados para todos os envolvidos, do outro lado da ponta há o atendimento aos pacientes na chegada à recepção dos hospitais, que também envolve um processo de requisição de assinaturas para o preenchimento da documentação tanto para a instituição, quanto para os convênios médicos.
Toda essa jornada do cliente que acontece no papel pode se tornar digital. Aquela coleta de assinaturas de pacientes no momento de registro e que requer a impressão de formulários e, posteriormente, a digitalização das informações para adicionar ao prontuário eletrônico e ao arquivo, processo que traduz em falta de agilidade e altos custos financeiros devido ao uso e gestão do ciclo de vida do papel, se transferido para um tablete, que pode capturar a assinatura biométrica manuscrita, trará uma nova experiência de atendimento, alinhada às demandas do novo consumidor, além de gerar ganhos de produtividade e segurança.
Para um hospital ser considerado 100% digital, a transformação digital também tem que chegar aos pacientes/acompanhantes. Sim, estamos falando de Customer Experience!
E o processo também pode ser aplicado fora das dependências. Quando um centro médico vai até o paciente – assim como ocorre com o programa Mais Médicos, do Governo Federal – ter um modelo de assinatura digital assegura não só a validação do atendimento, como também promove segurança, redução de fraudes e de custos administrativos.
A aplicação do tablete utilizado para a captura da assinatura do documento também pode ser estendida para outras possibilidades, visando um atendimento mais digital.
Captura de fotos dos documentos e carteirinha do plano de saúde, captura de selfie do paciente para verificação biométrica facial como prevenção de fraude, informações sobre procedimentos, pesquisas de atendimento, vídeos institucionais, interações personalizadas… ou seja, uma completa experiência para um setor que tem focado num novo consumidor, que está cada vez mais exigente.
Onde houver processo interno que utilize papel e não seja crítico a ponto de exigir um Certificado Digital, é possível adequar ao uso do tablete com assinatura biométrica manuscrita.
Uma limpeza de leitos, por exemplo, pode receber este mesmo procedimento. Ou seja, as instituições de saúde podem reduzir o tempo de atendimento e os custos com impressão, assim como acelerar o processo de documentação, arquivamento e descarte de papel, melhorando seus controles, além de garantir uma operação 100% digital informatizada.
* Alexandre Corigliano é CEO da Nexyon, desenvolvedora de soluções para formalização de negócios sem papel.
7 motivos para trocar a assinatura manuscrita pela digital – Ouça