A moeda de troca mais valiosa do mercado são os dados de pessoas e empresas que utilizam a tecnologia para realizar ações cotidianas
Por Henrique Lopes*
Embora seja a mais importante, não é necessariamente a mais cara, sendo que frequentemente são cedidas voluntariamente quando utilizamos as principais aplicações gratuitas no mercado.
Quando problemas de segurança da informação ganham notoriedade, como os recentes casos envolvendo algumas das figuras públicas da política brasileira e porto-riquenha, a sociedade desperta para o tema enquanto a mídia explora o momento para questionar a maneira como as empresas processam e protegem os dados recebidos no uso de seus aplicativos e serviços.
Mas embora as companhias sejam responsáveis por tudo o que ocorra a partir do momento em que os dados são transferidos para sua plataforma, por outro os usuários também precisam ter mais responsabilidade ao compreender o que está em jogo na transação de um serviço considerado gratuito e até mesmo no caso de suas versões pagas.
Em ambientes corporativos, especialmente onde as pessoas compartilham uma aplicação através da nuvem ou ethernet (rede local), a responsabilidade é ainda maior, pois as práticas de uso de um usuário podem resultar em crises que envolvem o coletivo.
Nesse caso, as empresas precisam instruir melhor seus colaboradores sobre as práticas mais seguras de uso, enquanto em redes locais deve preparar sua estrutura para autodefesa e assegurar que todos os recursos estejam funcionando devidamente em suas versões mais estáveis.
No caso do uso de serviços de terceiros (como servidores em nuvem), a responsabilidade mais uma vez passa a ser parcialmente compartilhada.
Em algumas estruturas organizacionais existem colaboradores focados em manter a rotina segura para todos, mas como na maioria dos casos o cenário é diferente, conheça algumas práticas que podem fazer a diferença ao serem implementadas:
- Troque as senhas regularmente.
- Crie senhas mais fortes e distantes do usuário – Não utilize data de aniversário, nomes de familiares ou animais de estimação.
- Evite o uso de aplicativos não licenciados – Embora sejam normalmente “gratuitos”, esses apps possuem procedência questionável e provavelmente não cuidarão das informações de seus usuários como deveriam.
- Ativação do login de dois fatores. – Embora torne o credenciamento mais demorado, a autenticação de dois fatores é hoje uma das principais armas contra acessos não autorizados.
- Quando disponível, ative o acesso por impressão digital. – A metodologia torna mais difícil a cópia do acesso por pessoas mal-intencionadas.
Na escolha dos melhores softwares para complementarem a segurança de uma organização não existe fórmula fácil, é preciso identificar a solução que o ambiente necessita e após isso analisar as alternativas que melhor se alinham a esse propósito. É um equívoco deduzir que o mais caro é sempre a melhor opção nesse caso.
Uma empresa possui inúmeras opções de soluções para a segurança das suas informações no mercado, e para usar isso ao seu favor, é necessário contar com a assessoria de uma empresa que possa oferecer análises para filtrar e auxiliar na escolha dos melhores resultados ao invés de apenas apresentar os produtos disponíveis.
*Henrique Lopes é gerente de pré-vendas da NetSecurity
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