Ao contrário das trocas comuns, as criptomoedas não precisam de uma autoridade central para operar, como os bancos
Por Marcel Farto
A evolução tecnológica é o que conduz todas as atividades e relações humanas. Sendo assim, as transações entram no mesmo barco e agora flutuam no universo da internet. Dessa forma, nasceram as criptomoedas e uma das primeiras a surgir foi a Bitcoin.
O novo conceito tem um pé no futuro. São moedas digitais que não existem no mundo físico. Elas chegaram para revolucionar as trocas e a economia. Mas, principalmente, o varejo.
A rede de conexão tornou as relações mais fluidas e liquidas, como uma vez disse o sociólogo, Zygmunt Bauman. E com as transações em dinheiro, não é diferente. Caminhamos para um universo financeiro diluído e descentralizado.
Ao contrário das trocas comuns, as criptomoedas não precisam de uma autoridade central para operar, como os bancos. Porém, elas contam com uma tecnologia chamada blockchain.
Isto é, um grande registro de transações, um banco de dados público, que reúne o histórico de operações realizadas. Assim, ele ajuda a identificar as informações e garantem a segurança das trocas.
Esse é um dos maiores avanços para o varejo, tendo em vista que ele viabiliza que o usuário use o seu dinheiro em qualquer formato, em qualquer lugar do mundo, a qualquer hora. Tudo se torna mais simples e integrado sem a barreira das grandes instituições ou grandes monopólios.
Com as novas transações, os hábitos de consumo tendem a mudar. Falando em uma troca comum, há o intermédio de um banco ou até do governo, por ser emissor das moedas. Porém, agora, o acesso é facilitado e existe mais transparência, uma vez que não existe esse intermédio de instituições.
Nesse cenário, há diversas burocracias e taxas que encarecem os processos para o varejista. Com as crioptomoedas, não existe custo com maquininhas ou tarifa do cartão de crédito, algumas das modalidades mais utilizadas para pagamentos. Segundo pesquisa da GMattos, são usados por 98,3% das lojas digitais.
Desta forma, a relação de compra e venda passa a ser cada vez mais facilitada, pois reduz o custo tanto para o comprador quanto para o vendedor. Oferecendo maior poder de compra e possibilidades para a população no geral. Além de maiores oportunidades para o varejista que aderir a esta tendência.
O nosso último grande salto no quesito financeiro, por exemplo, foi a implementação do PIX. Ele, por si só, já vem revolucionando as transações pelo Brasil. As possibilidades passaram a ser maiores, sem contar toda a agilidade que ele trouxe.
Mesmo para um futuro distante, o próximo passo ao que tudo indica são as criptomoedas. O mundo que nos aguarda é quase totalmente livre de monopólios. Um mundo em que a pessoa física tem cada vez mais controle e poder sobre os seus gastos e investimentos. Um mundo novo, integrado e descentralizado.
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