A empresa, Deloitte Brasil, recebeu R$ 159 milhões da companhia global para desenvolver a área em território brasileiro
Com os recentes ataques cibernéticos a grandes empresas, a ver pelo ocorrido com as Lojas Renner, JBS e o laboratório Fleury, há uma preocupação mais urgente quanto à pauta da cibersegurança.
É uma consequência direta da digitalização acelerada pela pandemia: mais tecnologia, maiores riscos, imensas possibilidades de comprometer a experiência do cliente. E já alertava Stan Lee “com grandes poderes, vem grandes responsabilidades”.
Já de olho no cenário atual, a Deloitte acelerou seus processos e anunciou uma grande ambição: ser a maior empresa de segurança digital do País.
Com isso, além de se tornar uma expert no assunto e referência para o Brasil, a empresa também visa a prestação de serviços para empresas, uma alternativa para manter e melhorar a experiência do consumidor.
Para atingir esse objetivo nos próximos três anos, a Deloitte Brasil receberá, da companhia global, R$ 400 milhões de investimento, dos quais R$ 159 milhões serão destinados às áreas de negócios, que incluem a cibersegurança.
Uma das mudanças virá diretamente para ampliar a equipe de sócios, que irá de 10 participante para 24. Além disso, a empresa também verá um aumento de pelo menos 440 especialistas até 2024.
“Os tempos mudaram, a tendência de trabalho remoto a que já se assistira foi alargada à totalidade dos trabalhadores em algumas empresas e estamos a assistir a uma alteração no paradigma de investimento, com as organizações a direcionarem a sua aposta para a resiliência corporativa, focadas no desenvolvimento de uma estratégia de cibersegurança”, declara a empresa em seu portal.
Cibersegurança: um caminho inevitável e irreversível
Um recente estudo realizado pela Deloitte Brasil mostra que, caso houvesse aumento na percepção da segurança cibernética, as empresas aumentariam também os investimentos em customer markjeting (62%), automação dos processos operacionais (59%) e trabalho remoto (58%).
Com esses dados em mãos, a empresa se comprometeu a apresentar um cenário de referência e pioneirismo na área.
A caminhada de expansão da Deloitte na área de cibersegurança começou há dois anos por aqui. Hoje, a empresa já conta com dois centros de inteligência cibernética, localizados em São Paulo, e até o início de 2022, terá uma nova unidade em Recife.
Essa ampliação da área também conta com parcerias e alianças com empresas já reconhecidas da área, tais como o Google, ServiceNow e IBM.
Para a expansão, a Deloitte também contará com o lançamento de diversos conjuntos de soluções que apoiam o Data Protection Officer, assim como soluções personalizadas para proteção de grandes empresas.
Toda a ação também contará com opções sustentáveis, para agir em conjunto com a agenda ESG da empresa, de forma a trazer menos impacto ao meio ambiente.
“É necessário desenvolver uma abordagem holística de cibersegurança, que comece na arquitetura de sistemas e passe pela implementação de políticas de segurança e por um conjunto de ações de consciencialização junto dos profissionais de toda a empresa”, explica o artigo da Deloitte.
O avanço de investimento em cibersegurança, destaca a empresa, é um caminho sem volta e que anda em conjunto com os avanços da digitalização.
Do estudo realizado pela companhia, 41% das empresas entrevistadas afirmaram que já sofreram ataques cibernéticos e 89% dessas investiram na área de segurança cibernética após o evento.
A tendência é que, infelizmente, cada vez mais esses ataques aconteçam com novas alternativas. Assim, é importante perceber que a área de cibersegurança estará em discussão frequente, bem como inovações e soluções para melhorá-la.
“A cibersegurança assume-se como um player determinante nas discussões estratégicas e no design aplicacional. A estes fatores, adicionam-se outros dois de grande importância: é muito menos oneroso incluir as estratégias de cibersegurança no início do que no fim de um ciclo de vida de produção de aplicações e o investimento em cibersegurança parece sempre demasiado até ao momento em que se torna insuficiente”, conclui o artigo.
Fonte: Consumidor Moderno
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