Aconteceu esta semana, em São Paulo, a primeira edição do Fórum Transformação Digital, com a presença de líderes do mercado que discutiram novos comportamentos e a Transformação Digital no Brasil.
Odilon Almeida, presidente Global Money Transfer da Western Union, mediou o debate junto aos participantes Luiz Citro, Head da Western Union Brasil, Carlos Alberto Julio, empresário, professor e escritor, CEO da Digital House, Flávia Segura, gerente de Governança de TI da GOL Linhas Aéreas, e Luiz Henrique Escobar, head de E-commerce do Carrefour no Brasil.
O debate gerou diferentes ângulos e cenários para o mesmo insight: como a transformação digital vem impactando as empresas no Brasil e exemplos de como a digitalização ocorre no País e no mundo.
De acordo com Odilon Almeida, a corrida digital está acirrada. Empresas ocupam um cenário global preenchido por 50% das pessoas que já consomem informação na web.
“Agora, o momento é de atingir a outra metade, os demais 50% da população do mundo”, afirma. O desafio é fazer com que países como a Índia, por exemplo, passem a consumir informações na internet.
“A porta de entrada para a Era Digital é o entretenimento, games e filmes, mas estamos de olho na continuidade dessa mudança com a Revolução Transacional (segunda etapa do processo de Transformação Digital), que traz para os consumidores segurança para realizarem operações em banklines e e-commerce”, comenta Almeida.
As ações transacionais ainda são pequenas no mundo, porém, a cada dia, a tecnologia avança, assim como os hábitos de consumo e as necessidades das empresas e da população.
Principais pontos debatidos no evento:
- Transformação Digital é dividida em três principais etapas:
1ª Informação: acessibilidade à web e dispositivos móveis
2ª Transação: operações bancárias e e-commerce
3ª Robótica: mais atual e responsável por maior produtividade
Disciplina da execução é o grande desafio da Era Digital
Tecnologias digitais já alcançam 90% do tempo e investimentos em qualquer setor organizacional
Brasileiros devem romper com a barreira cultural: passar de grandes usuários para protagonistas da inovação no País e no mundo
Inovação deve ter foco em produtividade e performance: a partir dessa união, a empresa poderá começar a gerar resultados aos consumidores finais, como satisfação e economia, por exemplo
Dar maior liberdade às equipes, mas não desligar dos prazos e metas – diferente para cada área e setor
- Por que as grandes inovações da tecnologia não acontecem no Brasil? As empresas no Brasil querem se transformar, mas têm medo. Existe medo pela possível queda de resultados e medo pelo próprio desconhecido. É preciso haver um rompimento desses padrões culturais que seguem:
1ª A lógica empresarial brasileira: resistência às mudanças e a novos investimentos
2ª O conceito de direito anglo-saxônico: se não é permitido, é proibido. Enquanto o correto (e o que acontece em países como os EUA) é se não é proibido, é permitido!
3ª O famoso “complexo de vira-lata”: o que é feito por nós, não dá certo.
Conceito de Transformação: ela começa, continua e a empresa tem a certeza de que vai chegar a um lugar
Dois fatores que movem a transformação: cliente e mercado
O Brasil passa por uma explosão do consumo de tecnologia e de mídias digitais. Hoje, 2/3 dos brasileiros possuem smartphones e passam 9h por dia com ele. Enquanto no resto do mundo, o tempo gasto com o celular é de 5h. Por isso, o país segue na lista do que cresce mais rapidamente em consumo digital
Mercado bancário no Brasil é um dos mais avançados do mundo.
A operação de varejo da Western Union no país é a que mais cresce no mundo, junto com a Arábia Saudita
Pagamentos em dinheiro crescem de 1 a 2% por ano, continua sendo 80% da operação. O futuro é omnichannel onde você quiser e quando quiser, mas ainda é preciso haver a harmonia entre o físico e o digital
Liderança: não existe transformação se o líder não se transformar
As pessoas precisam fazer parte do processo de transformação e a liderança tem que comandar essa locomotiva para que haja geração de crescimento e inovações, rompendo padrões
Comitês de Inovação e Cultura para trazer diferentes visões da empresa como um todo – gera mais oportunidades
Gerações diferentes: necessidade de mesclar gerações nas empresas, unindo o frescor dos mais jovens com o brilhantismo e a experiência dos mais antigos
A geração Millenials tem maior disrupção com padrões de mercado, eles não têm preocupações como o medo de errar e não há vicissitudes de outras companhias e oligarquias. Já a geração mais antiga possui um olhar mais apurado e atento às metas e prazos.
Os profissionais brasileiros devem ser mais inconformados: opinar, perguntar, questionar, envolver, alinhar e criar fóruns de trabalho para melhores desempenhos e performances
Curitiba recebe Fórum Internacional sobre Segurança Cibernética