Câmara de Gestão vai elaborar projeto para nortear implementação das tecnologias no país
Brasília, 25/06/2015 – A comunicação máquina a máquina (M2M) e a Internet das Coisas no Brasil vai ganhar um plano nacional. O governo federal já trabalha na elaboração de uma política específica para o setor, por meio de uma câmara de gestão que reúne representantes do governo e da iniciativa privada.
[blockquote style=”2″]É importante criar uma política, um eixo para nortear a implementação da comunicação máquina a máquina e internet das coisas no país. Precisamos coordenar esse processo para fomentar a pesquisa, o desenvolvimento e a geração de novas empresas no setor”, aponta o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão.[/blockquote]
O conceito de internet das coisas diz respeito a toda infraestrutura tecnológica que tenha acesso à internet, extrapolando os limites da telefonia celular e dos tablets e englobando desde geladeiras a máquinas de lavar roupa e outros utensílios que possam acessar a rede.
O secretário explica que atualmente existem experiências isoladas nesse setor no Brasil, que não estão conversando entre si. Para ele, o plano será elaborado para interligar essas iniciativas. “O papel do governo é aproximar os provedores de solução das pessoas que buscam essas soluções. O potencial de mercado dessa tecnologia, seja na fabricação de aparelhos, seja no desenvolvimento de inteligência de sistemas, é gigantesco”, afirma.
A expectativa é de que o Plano Nacional de Comunicação M2M e Internet das Coisas seja concluído e apresentado até o fim deste ano, revela o secretário. O projeto está sendo discutido pela Câmara de Gestão e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sistemas Máquina a Máquina. O grupo, criado no ano passado, é composto por membros de ministérios, da Anatel, além de representantes da indústria, das prestadoras de serviço em telecomunicações, de instituições de ensino e desenvolvedores.
Mercado potencial
Os aparelhos M2M, da sigla em inglês, têm a capacidade de se comunicar entre si sem a intervenção humana e possuem variados usos no dia a dia da população, das empresas e do governo. O Brasil é hoje o quarto mercado mundial em comunicação máquina a máquina, com 10 milhões de terminais de dados. Segundo o secretário, a previsão é de que em 2020 esse número ultrapasse a marca de 1 bilhão.
Com a comunicação máquina a máquina, um conjunto de terminais poderá monitorar as atividades em uma cidade ou em uma indústria, por exemplo. Essas informações são processadas e, a partir do cruzamento desses dados, pode haver uma melhoria nos processos. Isso abrange tanto a iniciativa privada quanto serviços públicos como transporte, mobilidade urbana, saúde, educação, entre outros.
Em maio de 2014, o governo publicou um decreto que desonera as taxas cobradas sobre dispositivos M2M. Foram reduzidas tarifas como a Taxa de Fiscalização de Instalação (TFI) – cobrada na ativação de chip – e a Taxa de Fiscalização de Funcionamento (TFF) – cobrada anualmente sobre cada chip.
Fonte: Ministério das Comunicações