O governo do presidente Jair Bolsonaro vai transformar mais de mil serviços públicos em atendimento digital nos próximos dois anos para tornar mais fácil a vida da população.
Por Valdo Cruz / G1
A informação foi dada ao blog do Paulo Cruz pelo secretário especial de Desburocratização e Gestão do Ministério da Economia, Paulo Uebel.
Segundo o secretário, os serviços do INSS serão prioridade.
“Tudo o que for possível ser transformado em atendimento digital nós faremos, o objetivo é tornar a vida do cidadão mais fácil e gerar economia de tempo e de recursos para o governo”, afirmou Uebel.
O processo de digitalização deverá estar concluído até o final de 2020 e faz parte da estratégia da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, de reduzir o tamanho do Estado, reduzir gastos e desburocratizar a administração pública.
Além dos serviços do INSS, ele citou, como exemplo, as matrículas em universidades federais e certificados de vacina.
Paulo Uebel disse que a meta de digitalização faz parte também de outra medida, que será editada por decreto ainda no mês de fevereiro, e que vai criar critérios técnicos para autorização de novos concursos públicos no governo federal. Segundo Uebel, em tempos de ajuste fiscal, a União precisa buscar otimizar seus recursos humanos, utilizá-los mais nos serviços fins e reduzir gastos.
Para isso, a partir da edição do decreto, um órgão só receberá autorização para realização de concurso público se cumprir várias exigências. Entre elas, comprovar tecnicamente a necessidade da abertura da nova vaga; provar que não há funcionário cedido que poderia ser convocado para a nova função e se o órgão cumpriu uma meta de digitalização dos seus serviços.
“Por exemplo, se um órgão já digitalizou cerca de 20% dos seus serviços mas tem condições de chegar a um patamar próximo de 100%, primeiro ele precisa cumprir esta etapa para só depois abrir um concurso público”, afirmou Paulo Uebel ao blog.
Ele informou também que o governo pretende cortar cerca de 21 mil dos mais de 130 mil cargos e funções gratificadas da União, o que pode gerar uma economia de R$ 200 milhões por ano.
“A ideia é fazer com os demais ministério o que foi feito no da Economia, onde foram cortados cerca de 3 mil cargos e funções, gerando uma economia de R$ 43,6 milhões por ano“, citou.
O corte de cargos e funções gratificadas começará pelas vagas que atualmente não estão preenchidas, para só depois partir para as que estão ocupadas atualmente.
“Tudo será negociado com os órgãos, porque não podemos prejudicar serviços do governo”, afirmou o secretário.
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Fonte: Blog do Valdo Cruz / G1