Os smart speakers ganharam rapidamente o mercado em todo o mundo e os brasileiros já dão sinais de que aqui não será diferente
Em um mundo cada vez mais multitarefa em que as pessoas precisam realizar diferentes atividades ao mesmo tempo, receber uma ajuda da tecnologia é uma ideia bastante interessante e que já acontece em vários momentos e situações do dia a dia.
Realizar buscas ou efetuar comandos por voz para uma assistente inteligente enquanto prepara o jantar, limpa a casa ou realiza qualquer outra tarefa já é possível com a ajuda dos smart speakers.
Esses assistentes providos de inteligência podem receber comandos de voz e realizar uma série de ações, como controlar dispositivos da casa, marcar eventos, configurar alarmes, consultar receitas, tocar as músicas favoritas, pedir comida, levantar informações sobre o trânsito e ainda fazer ligações telefônicas.
Por tudo isso, segundo um levantamento da Strategy Analytics, as vendas de alto-falantes inteligentes em todo o mundo chegaram, no primeiro trimestre de 2020, em 28 milhões de unidades, um resultado 8,2% maior que no ano anterior. Projeções para o avanço deste mercado estimam que para 2021 esse aumento seja de 21% e que até 2024 as vendas cheguem a um total de 640 milhões de unidades.
No Brasil, esta é uma categoria de produto que também está ganhando cada vez mais destaque
Um levantamento da Hootsuite e We Are Social mostra que cerca de 4 em cada 10 brasileiros usam plataformas de voz para efetuar buscas ou comandos em algum dispositivo.
O percentual brasileiro – 39% – fica próximo da média global, que é de 43%, e superior ao de países com mercados mais maduros, como os EUA, Reino Unido, França e Alemanha.
“O hábito de uso da voz para realizar tarefas e comandos mostra que se ainda não temos os alto falantes inteligentes introduzidos massivamente nos lares brasileiros, estamos caminhando para isso”, afirma Marcio Pacheco, CEO e co-founder da PhoneTrack, startup de inteligência artificial aplicada à voz.
Como esperado, no caso de novas tecnologias, os mais jovens são os primeiros a adotar o uso. Uma pesquisa levantou que cerca de metade dos indivíduos na faixa de 16 a 34 anos que participaram do levantamento em todo o mundo afirmaram ter usado a voz para buscas ou comandos nos 30 dias anteriores à realização da pesquisa.
“Por se tratar de algo relativamente novo, os smart speakers ainda devem revelar o seu potencial perante áreas como o e-commerce e a publicidade”, destaca o CEO.
Atualmente, compras realizadas por plataforma de voz são minoria, mas um estudo da Adobe Digital Insights mostra que 2 em cada 5 usuários entendem que comprar por voz é mais fácil do que usando o computador.
A mesma proporção de entrevistados afirma que compraria mais se os itens de interesse estivessem disponíveis nas plataformas. E 3 em cada 5 pessoas afirmaram que usariam as plataformas para compras domésticas recorrentes de menor valor.
Tecnologia de consumo com o tempo de adoção mais rápido da história, os alto falantes inteligentes chegaram para ficar.
“Nos EUA, foi adotado por 50% da população em menos de 5 anos. Para se ter uma ideia, aparelhos como TV, Rádio, computadores e até mesmo a internet levaram mais que o dobro disso. Aqui no Brasil, é só uma questão de tempo para estarem incorporados ao dia a dia de milhares de brasileiros”, completa.
- Por que a AnaMid é a associação que o mercado digital brasileiro precisa?
- Como a IA e IoT transformam a capacitação de equipes e a competitividade no mercado
- Empresa de cibersegurança lança XDR para fortalecer a defesa corporativa digital com recursos de Inteligência Artificial e Machine Learning
- O impacto ambiental e como podemos garantir a sustentabilidade na indústria de IA
- Ataques Cibernéticos no Brasil: FIESP/CIESP lançam guia completo para proteger seu negócio