Segundo a pesquisa, 94% dos profissionais de TI sentem que a segurança do perímetro é efetiva em manter usuários não autorizados fora das suas redes
No entanto, 65% não confiam totalmente que seus dados estariam seguros se as defesas do perímetro fossem violadas, e 68% dizem que usuários não autorizados podem acessar suas redes
São Paulo, 17 de julho de 2017 – Apesar do crescente número de violações de dados e de quase 1,4 bilhão de registros de dados perdidos ou roubados em 2016 (fonte: Breach Level Index), a maioria dos profissionais de TI ainda acredita que a segurança do perímetro é efetiva em manter usuários não autorizados fora das suas redes.
No entanto, as empresas não investem o suficiente em tecnologia que proteja adequadamente seu negócio, de acordo com os resultados do quarto Data Security Confidence Index anual lançado hoje pela Gemalto (Euronext NL0000400653 GTO), líder mundial em segurança digital.
A pesquisa entrevistou 1.050 tomadores de decisão do setor de TI em todo o mundo e concluiu que as empresas sentem que a segurança do perímetro as mantém protegidas, com a maioria (94%) acreditando que é bastante eficiente em manter usuários não autorizados fora da sua rede. No entanto, 65% não confiam totalmente que seus dados estariam protegidos se o perímetro fosse violado, uma pequena diminuição em relação ao ano passado (69%). Apesar disso, quase seis em 10 (59%) organizações informaram que acreditam que todos os seus dados sensíveis estão seguros.
A segurança do perímetro é o foco, o que falta são entendimento da tecnologia e segurança dos dados
Muitas empresas continuam a priorizar a segurança do perímetro sem perceber que é muito pouco efetivo contra ciberataques sofisticados. De acordo com os resultados da pesquisa, 76% disseram que sua organização aumentou o investimento em tecnologias de segurança do perímetro, como firewalls, IDPS, antivírus, filtragem de conteúdo e detecção de anomalias para proteger contra ataques externos. Mesmo com esse investimento, dois terços (68%) acreditam que usuários não autorizados podem acessar sua rede, tornando sem efeito a segurança do seu perímetro.
Esses resultados sugerem uma falta de confiança nas soluções utilizadas, especialmente quando mais de um quarto (28%) das organizações sofreu violações de segurança do perímetro nos últimos 12 meses.
A realidade da situação piora ao considerar que, em média, somente 8% das violações de dados foi criptografada.
A confiança das empresas é comprometida ainda mais, pois mais da metade dos entrevistados (55%) não sabe onde seus dados sensíveis estão armazenados. Além disso, mais de um terço das empresas não criptografa informações valiosas como pagamento (32%) ou dados de clientes (35%). Isso significa que, se os dados forem roubados, um hacker possuirá total acesso a essas informações e poderá usá-las para cometer crimes, incluindo roubo de identidade, fraude financeira e ransomware.
“Fica claro que existe uma discrepância entre as percepções da efetividade da segurança do perímetro das organizações e a realidade“, disse Jason Hart, Vice-Presidente e Diretor-Executivo de Tecnologia para Proteção de Dados na Gemalto. “Acreditando que seus dados já estão seguros, as empresas deixam de priorizar as medidas necessárias para proteger seus dados. As empresas precisam estar cientes de que os hackers buscam os ativos mais valiosos de uma empresa: dados. É importante concentrar-se na proteção desse recurso, caso contrário a realidade não poupará os que não o fazem.”
A maioria das empresas não está preparada para a GDPR
Com a Regulamentação Geral sobre Proteção de Dados (GDPR, em inglês) entrando em vigor em maior de 2018, as empresas precisam saber como cumpri-la protegendo adequadamente dados pessoais para evitar o risco de multas administrativas e danos à reputação. Porém mais da metade dos entrevistados (53%) disseram que não acreditam que não estarão em total conformidade com a GDPR até maio do próximo ano. Faltando menos de um ano, as empresas devem começar a introduzir os protocolos de segurança corretos na sua jornada para estar em conformidade com a GDPR, incluindo criptografia, autenticação de dois fatores e estratégias chave de gerenciamento.
Hart continua: “Investir em cibersegurança tornou-se claramente mais do que um foco para as empresas nos últimos 12 meses. Porém a preocupação está no fato de que poucos estão protegendo adequadamente os dados mais vulneráveis e essenciais que possuem, ou sequer sabem onde eles estão armazenados. Isso está atrapalhando o caminho rumo à conformidade com a GDPR, e as empresas que não melhorarem sua cibersegurança o quanto antes irão enfrentar graves consequências jurídicas, financeiras e de reputação.”
Sobre a pesquisa
A Vanson Bourne, empresa independente especialista em pesquisa de mercado de tecnologia, entrevistou 1.050 tomadores de decisão no setor de TI nos EUA, no Reino Unido, na França, na Alemanha, na Índia, no Japão, na Austrália, no Brasil, no Benelux, no Oriente Médio e na África do Sul em nome da Gemalto. A amostra foi dividida entre fabricação, cuidados com a saúde, serviços financeiros, governo, empresas de telecomunicações, varejo, serviços públicos, consultoria e mercado imobiliário, empresas de seguros e advocacia, TI e outros setores de organizações com um número de funcionários entre 250 e mais de 5.000.
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