Já existe uma fórmula segura e eficiente para acabar com os erros decorrentes de prescrições feitas por receituários mal escritos ou redigidos com letra ruim pelos médicos.
Uma das maiores dificuldades da relação médico paciente está inserida num ato simples. Esse ato é a prescrição digital. Segundo estatísticas colhidas junto ao poder judiciário, não é raro existirem casos de troca de medicamentos, de prescrições lidas de forma equivocada e dificuldade em decifrar as solicitações de exames, terapêuticas e indicações médicas feitas a partir de uma receita, não raro, redigida com letra ruim.
Esse problema gera troca de medicamentos, alterações de uso de posologias, erros de procedimentos, realização errada de exames e até troca de pacientes em atos cirúrgicos e mesmo amputação equivocada e/ou trocada de membros. Estes erros, além de gerar grandes prejuízos aos pacientes, geram custos, desgastes e podem causar graves e irreparáveis lesões aos pacientes. Isso, quase sempre acaba no judiciário.
E, quando o erro é demonstrado, pesadas indenizações em decorrência da troca de medicamentos são estabelecidas pelo poder judiciário, que não costuma ser benevolente com este tipo de erro.
Segundo o advogado Luiz Carlos Nemetz, especialista em Direito Médico e da Saúde da Nemetz & Kuhnen Advocacia (http://www.nkadvocacia.com.br)
“um dos casos mais emblemáticos nos quais atuou, ocorreu numa cidade do interior, onde um médico prescreveu a um paciente idoso, o medicamento “tilatil”, e o farmacêutico vendeu “tilex”. Essa troca ocasionou uma violenta hemorragia gástrica no paciente que foi a óbito. Tanto o médico, como a farmácia e o farmacêutico foram condenados a pagar a cada um dos filhos, netos e companheira do paciente falecido, a quantia de 40 salários mínimos. Eram 11 filhos, 26 netos e companheira, para quem ainda foi destinada uma pensão vitalícia de 2 salários mínimos”. Outro caso narrado pelo mesmo advogado, diz respeito a “uma cirurgia em um paciente que deveria ter amputada a perna esquerda, mas foi operado da perna direita. Tudo em decorrência de prontuários médicos mal feitos e escritos com letras ilegíveis“.
Uma pesquisa divulgada recentemente pelo jornal “Health Services Research” aponta que 61% de erros com medicamentos em hospitais ocorrem por causa de receitas médicas incorretas ou receitas com letras ilegíveis. Situação que pode ocorrer também em farmácias, clínicas, hospitais, laboratórios, postos de saúde, entre outros serviços, que recebem solicitações médicas.
O resultado demonstra as vantagens e a eficiência da utilização da prescrição digital, que reduziu 66% dos erros no estudo realizado pela University of Minnesota School of Public Health, quando a prescrição foi realizada digitalmente. É importante salientar os problemas que receitas médicas incorretas ou receitas com letras ilegíveis e mal interpretadas podem causar à saúde do paciente, como dosagens erradas do medicamento.
Já existem no mercado várias ferramentas digitais para superar essas dificuldades. Uma delas, extremamente inteligente e prática, foi desenvolvida pela empresa catarinense RXCO Tecnologia do Brasil S.A., com sede em Blumenau (www.rxco.com.br) que criou o “Cartão Prescrição Digital”, lançado no mercado no dia 22 de junho/16 durante o Pharmanager 2016, realizado no Expo Center Norte em São Paulo.
Através desta solução o paciente recebe um cartão magnético, no qual é inserido pelo médico, todas as informações e prescrições assinadas eletronicamente pelo médico.
Este Cartão Prescrição Digital pode ser lido, a todo o tempo, por todos aqueles que forem prestar atendimento ao paciente, sendo uma espécie de arquivo digital da memória de saúde do paciente.
Segundo o CEO da RXCO Tecnologia do Brasil S.A., Augusto Navarro,“esta solução vem sendo desenvolvida criteriosamente pela companhia, desde 2008, e evita que danos aos pacientes ocorram em decorrência de erros banais“.
O Cartão Prescrição Digital está sendo considerada uma revolução no meio farmacêutico, pois “unifica os benefícios dos pacientes de diversos fabricantes de medicamentos em um único meio físico de armazenamento de informações“, concluiu Augusto Navarro.
Segundo os técnicos que desenvolveram o Cartão Prescrição Digital, outras vantagens serão agregadas com o tempo, tais como, a gestão de gastos em medicamentos e, num estágio mais avançado, os próprios laboratórios, planos de saúde, sociedades médicas e centros de pesquisa, poderão ter o mapeamento da eficácia da aplicação de determinada medicação para determinada patologia