Como emitir diplomas e declarações no âmbito universitário por meio eletrônico? É reconhecido pelo MEC?
Drª Janaína Ferraz, Diretora de Formação Continuada da Universidade de Brasília – Interfoco Dex UnB fala sobre seu trabalho para a implementação e afirma que sim o diploma eletrônico é reconhecido pelo MEC.
Entre os dias 23 a 25 de agosto, ocorreu a etapa de Brasília do Certforum, evento realizado pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI, autarquia federal que tem por missão manter e executar as políticas da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil.
O fórum debateu o uso da certificação digital para melhorar e simplificar processos nas organizações. Dentre os temas abordados estava o diploma digital, apresentado pela Drª Janaína Ferraz, Diretora de Formação Continuada da Universidade de Brasília – Interfoco Dex UnB. A universidade, referência em ensino, pesquisa e extensão, emite certificados e diplomas de conclusão de cursos de Extensão, Graduação, Pós-graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado.
A mesa foi conduzida por Pedro Cardozo, coordenador da área Auditoria e Fiscalização do ITI. Ele lembrou que em 2013 uma comitiva da UnB foi ao ITI para falar da necessidade de emitir diplomas em meio eletrônico.
A UnB tinha um ativo de trezentos mil certificados. O alto volume geraria um grande custo com papel, impressão e envio pelo correio, cerca de 6 milhões de reais. Muito mais que gastos, o atraso no processo de emissão de diplomas e certificados da UnB provocava a abertura de reclamações na ouvidoria da Presidência da República.
A instituição tinha um problema e precisava de um meio que agilizasse o processo e gerasse economia a universidade. A UnB procurou uma solução junto ao ITI e o instituto por sua vez indicou algumas empresas e entre elas a e-Sec para desenvolver uma solução baseada em certificação digital que tornasse o processo rápido, prático e eletrônico.
Através do C3, plataforma web específica para assinatura digital de certificados, os diplomas passaram a ser assinados digitalmente em questão de segundos e enviados por e-mail para os ex-alunos. O novo processo agilizou a emissão de diplomas e gerou economia considerável a UnB.
Segundo Janaína, os cursos de extensão foram os primeiros a adotar a solução. Todos os anos a UnB emite 500 mil diplomas de extensão. O próximo passo é implantar a assinatura digital de certificados nos cursos de graduação e pós-graduação, assim como os cursos extra curriculares.
Além de diplomas a solução permite ainda a assinatura digital de vários outros documentos como todas as declarações emitidas pela universidade.
Foi muito interessante como a doutora fez a abertura: Disse que desconhecia tecnologia, não sabia nada sobre certificados digitais e muito menos sobre como montar uma plataforma de assinatura para documentos eletrônicos, mas o que entende é que não é possível mais uma universidade do porte da UNB que “vende” conhecimento, tecnologia e inovação não se adequar aos novos recursos de tecnologia. Durante sua apresentação ela recorreu algumas vezes ao Luiz Brandão que estava em uma das primeira fileiras da platéia. Brandão é diretor da e-Sec, empresa responsável pelo desenvolvimento do C3, solução de assinatura dos diplomas eletrônicos e ex-aluno da UnB.
[blockquote style=”2″]Não é mais admissível se pensar em produzir toneladas de papel se podemos fazer tudo via documentos eletrônicos. Cabe a nós que temos esse entendimento, disseminar esse conceito, principalmente junto aos órgãos públicos para que aceitem diplomas e declarações em meio eletrônico assim como aceitam em papel. As leis sobre o assunto dizem que os documentos devem ser entregues desta ou daquela forma e não especificam se devem ser impressos ou eletrônicos,” conclui Dra. Janaína[/blockquote]