O debate sobre o racismo algorítmico é importante para aumentar a conscientização sobre esse problema e promover políticas públicas que o combatam
Em debate promovido pelo Ministério da Igualdade Racial, pesquisadores discutiram os danos causados pelo racismo algorítmico, que atinge principalmente a população negra.
Na última quarta-feira 30 de agosto, pesquisadores sobre o racismo algorítmico na sociedade civil se reuniram em um webinar promovido pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR).
A iniciativa foi promovida pela Diretoria de Articulação Interfederativa (DAI) e a Diretoria de Avaliação, Monitoramento e Gestão da Informação (DAMGI), em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), que transmitiu a discussão em sua plataforma no YouTube.
O Ministério da Igualdade Racial (MIR) é um órgão da administração pública federal direta do Brasil, responsável por planejar, coordenar e executar políticas públicas de promoção da igualdade racial e combate ao racismo em âmbito nacional. Foi criado em 2023 pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o objetivo de promover políticas públicas para combater a discriminação racial e promover a igualdade de oportunidades para as pessoas negras. Entre suas atribuições estão a elaboração de políticas e diretrizes destinadas à promoção da igualdade racial e étnica, políticas de ações afirmativas e combate e superação do racismo, políticas para quilombolas, povos e comunidades tradicionais, entre outras.
Os estudiosos debateram diversas perspectivas a respeito do racismo algorítmico e seus danos, além da discussão conceitual em torno do termo. Entre os temas, os pesquisadores discutiram o uso do reconhecimento facial na segurança pública, o real impacto da diversidade em equipes de trabalho, auditoria de dados, além de impactos econômicos e sociais.
“O racismo algorítmico é um problema estrutural que afeta a população negra em todas as esferas da sociedade”, afirmou a pesquisadora Ana Paula da Silva, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). “Ele pode ser visto no acesso à educação, ao crédito, ao mercado de trabalho, à saúde e à segurança pública.”
A pesquisadora destacou que o racismo algorítmico se manifesta de diferentes formas, como a discriminação na análise de crédito, o aumento da probabilidade de prisões injustas e a exclusão de pessoas negras de programas sociais.
“O racismo algorítmico é um problema que precisa ser enfrentado de forma urgente”, afirmou Ana Paula. “É preciso investir em políticas públicas que promovam a diversidade e a inclusão, além de desenvolver tecnologias que sejam justas e equitativas.“
O Portal Crypto ID publicou o artigo: A escala de Tons de Pele MST é um importante passo em direção a uma IA mais justa e inclusiva.
O artigo apresenta a escala MST que é baseada em uma amostra de 10.000 pessoas de diferentes etnias e tons de pele. Ela inclui tons de pele diferentes da escala atual, o que pode ajudar a melhorar a precisão dos métodos de detecção biométrica.
Os conjuntos de treinamento de ferramentas de reconhecimento facial geralmente são dominados por homens brancos de meia-idade, o que significa que têm um viés contra pessoas de outras etnias e tons de pele. No entanto, desde 11 de julho de 2023 o Google abriu o código-fonte da Escala de Tom de Pele MST que significa Monk Skin Tone, uma escala alternativa que é mais inclusiva do que o padrão atual da indústria de tecnologia.
A escala MST é uma ferramenta importante para combater o racismo algorítmico. Ela ajuda a garantir que as tecnologias de ID sejam justas e inclusivas para todos.
Para saber mais sobre a escala MST, acesse o site do Crypto ID.
A escala de Tons de Pele MST é um importante passo em direção a uma IA mais justa e inclusiva
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