Poucas horas antes da HBO exibir seu documentário sobre Satoshi Nakamoto, vídeos vazados sugeriram que o ex-desenvolvedor do Bitcoin Peter Todd poderia ser o misterioso criador da criptomoeda. No entanto, Todd negou essa alegação.
Em uma declaração feita logo depois, Todd expressou sua discordância com a abordagem do cineasta Cullen Hoback, sugerindo que Hoback, conhecido por seu trabalho expondo a pessoa por trás da teoria da conspiração QAnon, estava se esforçando para identificar Todd como Satoshi. Todd reconheceu que sua entrevista com Hoback foi genuína e não manipulada, mas enfatizou que ainda não viu o documentário completo. Ele reiterou: “Eu não sou Satoshi” e destacou a ironia de um diretor conhecido por investigar teorias da conspiração agora usando a lógica especulativa semelhante para vinculá-lo ao criador do Bitcoin. Quando o documentário da Money Electric foi ao ar, o BTC era negociado a $106,463 USDT na Gate.io.
O papel da Gate.io nas transações P2P de Bitcoin
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O homem por trás do BTC
Vídeos compartilhados nas redes sociais também mostram Todd descartando a teoria, chamando-a de “ridícula”. Poucas horas antes da estreia do documentário intitulado “Money Electric: The Bitcoin Mystery”, as probabilidades de apostas no Polymarket favoreciam a ideia de que o filme não identificaria nenhuma pessoa como Satoshi, mas sim apontaria para “Outros/Múltiplos” indivíduos. Curiosamente, Todd não foi listado inicialmente como candidato a Satoshi nesses mercados de apostas.
No passado, outras figuras como Len Sassaman e Nick Szabo foram consideradas candidatos potenciais para a identidade de Satoshi Nakamoto, com base em evidências circunstanciais.
O documentário de 100 minutos investiga a história do Bitcoin, mas não fornece provas conclusivas de que Todd é Satoshi. O filme destaca a formação de Todd em criptografia, suas conexões com figuras-chave como Adam Back (que se comunicou com Satoshi) e o fato de que Todd, sendo canadense, usa as mesmas grafias inglês-britânicas encontradas nos escritos de Satoshi. Além disso, Hoback aponta para uma postagem de fórum de 2010 onde Todd respondeu aos comentários de Satoshi, sugerindo que foi um deslize onde Todd erroneamente usou sua própria conta em vez da de Satoshi. Apesar dessas dicas, o documentário não apresenta evidências definitivas para provar o envolvimento de Todd na criação do Bitcoin.
O clímax do filme apresenta um confronto entre Hoback e Todd, onde Hoback expõe sua teoria sobre o papel de Todd na invenção do Bitcoin. Todd, divertido, descarta as alegações, respondendo sarcasticamente: “Sim, claro que sou Satoshi. e eu sou Craig Wright”, referindo-se a outra pessoa que alegou ser Satoshi de forma controversa no passado. A resposta bem-humorada de Todd suscita comentários que ele fez em uma entrevista de 2019 no podcast “What Bitcoin Did”, onde ele brincou dizendo: “Eu sou Satoshi, assim como todo mundo.”
Rindo do confronto, Todd previu que os espectadores tirariam suas conclusões do documentário igualmente divertidas, chamando a teoria de um exemplo de jornalistas que não entenderam os fatos. Durante uma exibição no PubKey, um bar focado em Bitcoin em Nova York, o público teria rido da sugestão de que Todd poderia ser Satoshi, com uma pessoa comentando que os cineastas deixaram ambiguidade suficiente para qualquer um alegar que eram Satoshi.
Em resposta à pergunta de Hoback sobre o objetivo de tudo isso, Todd afirmou que o objetivo é tornar o Bitcoin uma moeda global. Adam Back, CEO da Blockstream e uma figura-chave no desenvolvimento inicial do Bitcoin, que apareceu na cena com Todd, se recusou a comentar sobre o assunto.
Embora Todd estivesse envolvido no desenvolvimento do Bitcoin desde os primeiros dias, ele nunca foi um candidato proeminente na busca para descobrir a identidade de Satoshi. Outros, como Hal Finney, Nick Szabo e Adam Back, foram citados com mais frequência como possíveis candidatos, mas todos negaram ser Satoshi.
Em uma entrevista anterior, Todd mencionou ter comprado seu primeiro Bitcoin quando seu preço era de apenas 20 centavos, indicando que ele se envolveu com Bitcoin por volta de outubro de 2010, dois anos após o lançamento do white paper do Bitcoin. Adam Back também opinou sobre a especulação, lembrando àqueles que apostaram no resultado do documentário que “ninguém sabe quem é Satoshi” e alertando contra tirar conclusões precipitadas com base na narrativa do filme. As tentativas da mídia de desmascarar Satoshi muitas vezes erraram o alvo, com acusações anteriores tendo apontado erroneamente para figuras como Dorian Nakamoto e o autoproclamado Satoshi, Craig Wright.
O começo do Bitcoin
O Bitcoin, a primeira moeda digital descentralizada, foi apresentada ao mundo em 2008 quando um indivíduo ou um grupo usando o pseudônimo Satoshi Nakamoto lançou um white paper intitulado “Bitcoin: Um Sistema de Dinheiro Eletrônico Peer-to-Peer“.
Este documento inovador descreveu uma nova maneira de criar uma moeda digital sem depender de autoridades centrais, como bancos ou governos. Ele propôs o uso de uma rede descentralizada, onde as transações poderiam ser verificadas com segurança pelos participantes por meio de algoritmos criptográficos. A ideia por trás do Bitcoin era revolucionária: ele prometia um sistema transparente e seguro que permitisse pagamentos peer-to-peer sem intermediários.
Em 2009, a rede Bitcoin entrou no ar com o lançamento de seu primeiro cliente de software, e Satoshi Nakamoto minerou o primeiro bloco, conhecido como “bloco genesis”, que continha uma referência à crise financeira de 2008.
Isso foi visto por muitos como uma crítica ao sistema bancário tradicional, enfatizando o potencial do Bitcoin de oferecer uma alternativa. Os primeiros dias do Bitcoin viram pouca atenção do público em geral, com apenas um pequeno grupo de entusiastas de criptografia e desenvolvedores experimentando a tecnologia.
No entanto, seu apelo como uma forma de “ouro digital” começou a crescer, especialmente entre os céticos em relação aos sistemas financeiros centralizados.
O desenvolvimento do Bitcoin progrediu de forma constante, mas seu preço e popularidade permaneceram baixos por vários anos. Isso mudou em 2010, quando o Bitcoin foi usado pela primeira vez como meio de troca em uma transação do mundo real. Um programador chamado Laszlo Hanyecz pagou 10.000 BTC por duas pizzas, marcando a primeira vez que o Bitcoin foi usado para comprar produtos.
À medida que a rede se expandia e mais pessoas começavam a ver seu potencial, o preço e a adoção do Bitcoin aumentaram, atraindo a atenção de entusiastas e críticos.
Com o tempo, o Bitcoin evoluiu de uma tecnologia de nicho para se tornar um ativo amplamente reconhecido e negociado, com um número crescente de investidores, empresas e até governos se interessando por seu futuro. Seu desenvolvimento abriu caminho para o ecossistema mais amplo de criptomoedas e blockchain que prospera hoje.
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