Governo do Estado de São Paulo utiliza Blockchain como espinha dorsal no projeto batizado de “Ilumina SP”
Blockchain – O outro lado da criptomoeda
Por Marcelo Creimer
Criptomoedas costumam ser imediatamente associadas a uma imagem de ganhos exorbitantes, bolha, temor ou amor. Entretanto, além do aspecto de investimento, elas tem o nobre propósito de fornecer o “gas” (literalmente, no caso do Ethereum) para a sustentação de diversos tipos de projetos.
Para se utilizar a rede Ethereum há um custo por transação, pago na moeda Ether. O custo varia diretamente com a complexidade do seu smart contract.
Para se fazer uma simples remessa de valores, a taxa é pequena; já para executar complexas regras de negócio de um supply chain, por exemplo, o custo é maior. A unidade de medida “gas” é utilizada para o cálculo da quantidade de Ethers necessários. Caso você envie a mais, você receberá o troco pela rede. Sua existência impede o abuso da rede Ethereum, assim como ataques de negação de serviços (DoS), já que qualquer transação é paga.
IOTA – IOTA, blockchain voltado à IoT (Internet of Things)
Outro exemplo é o IOTA. Sua finalidade é formar uma rede de dados, gerados por dispositivos eletrônicos, disponíveis para quem tenha interesse em consumí-los. Se você tem um sensor de temperatura informando periodicamente valores na sua região, estes dados podem interessar a uma empresa de previsão de tempo; esta empresa, então, pagaria você em IOTAs pelos dados por você disponibilizados.
Telegram
O Telegram, app concorrente do WhatsApp, anunciou sua própria plataforma blockchain e criptomoeda. A rede, que se chamará TON, usará a criptomoeda “Gram”. O Telegram foi criado na Rússia, e possui criptografia de ponta a ponta, tornando-se extremante útil para quem vive sob regimes opressivos, com a Rússia e o Irã (onde representa 40% de tráfego de toda a internet). Podendo-se agora transferir dinheiro pelo aplicativo, via Gram, o cidadão consegue driblar o controle do Estado.
Governo do Estado de São Paulo
Quer um exemplo mais perto da sua realidade? O governador do do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou em 14/12/2017 uma parceria com a empresa norte-americana CG/LA Infrastructure para modernizar a iluminação pública nos municípios paulistas. O projeto, batizado de “Ilumina SP”, terá como espinha dorsal um blockchain.
A empresa irá estudar a estrutura de iluminação de algumas cidades para então propor melhorias. Uma entidade suíça criará em 2018 a criptomoeda BuildCoin para as atividades de desenvolvimento das soluções, financiamento de obras e construção de um meio de pagamento para o setor. Usando smart contracts entre os elos da cadeia, serão reduzidos os custos transacionais e será promovido um fundo de financiamento para as empreitadas registradas na plataforma sem a cobrança de juros.
Entretanto, nem tudo são flores no mercado de criptomoedas
Como em qualquer mercado, os golpistas estão agindo. Uma grande parte dos ICOs são referentes à embustes, já que investidores ávidos por embolsar lucros astronômicos – já obtido por seus colegas – compram criptomoedas sem a devida análise necessária. É um mercado que veio pra ficar, viabilizar projetos, pode funcionar como um bom investimento, mas é preciso saber aonde está se pisando. Mais que tudo, através dele, você pode apoiar uma causa ou projeto em que você acredita.
*Marcelo Creimer eZly Tecnologia – Blockchain | IoT | Cognitive
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