Uma plataforma para melhorar a comunicação de processos de comércio exterior, baseada em blockchain, chamada Comexchain. Com esta ideia, quatro estudantes e um professor representarão a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) no International Business Model Competition (IBMC – Competição Internacional de Modelos de Negócio).
O evento será realizado nos Estados Unidos nos dias 9 e 10 de maio.No total, são 40 finalistas no IBMC, com universitários de vários países.
Ramnan Sidharta de Andrade Palma (7º semestre de Ciências da Computação), Gabriela Vieira Domingues (8º semestre de Ciências Econômicas), Vinícius Macelai (8º semestre de Ciências da Computação) e Rafael César Cirico Garcia (9º semestre de Ciências Econômicas) irão defender seu projeto com a mentoria do professor Jean Martina, do Laboratório de Segurança em Computação.
A concepção do Comexchain nasceu numa hackaton (maratona de programação para solucionar um problema específico num curto período de tempo) em dezembro de 2018.
Gabriela e Rafael já trabalharam com comércio exterior e precisavam de uma ferramenta para organização processual.
Ramnan e Vinícius agregaram sua experiência em blockchain. “O blockahin é uma tecnologia que permite rastreabilidade e segurança das informações que são colocadas nele”, define Jean.
A ideia era “muito boa”, conta Rafael, e o grupo passou o verão conversando e conhecendo prováveis futuros clientes, aperfeiçoando a tecnologia. “Ao invés de ir para a praia, aproveitamos para trabalhar”. Em março, o grupo foi escolhido em evento da Ideation, na seletiva brasileira para o IBMC.
O comércio exterior funciona com empresas que intermedeiam importação e exportação. Entretanto, os processos são complexos, muitas vezes utilizando documentos escaneados, com tempo de transação demorado. Hoje são utilizados e-mails, correio e mecanismos comuns de rede social.
O Comexchain ajuda no trâmite dos negócios, unificando o lugar de trabalho com a da plataforma, que faz a organização de documentos, ajuda no fluxo de trabalho e no compartilhamento de informações.
“Haverá automatização de processos, garantia da segurança e integridade dos documentos e a rastreabilidade, utilizando blockchain”, explica o professor Martina. Ele foi avaliador na competição do ano passado e convidado para fazer a mentoria da startup, especialmente nas questões tecnológicas.
A plataforma eliminaria a necessidade de papel e de muitos documentos físicos, criando também um enfoque de sustentabilidade para o projeto. “Não tem empresa que faz o que a gente faz, não existe nada implementado”, diz Gabriela. “Blockchain e comércio exterior é um casamento perfeito: as empresas têm um problema e precisam de uma organização processual, com segurança”, completa.
A competição será na Universidade Brigham Young, em Utah, e a apresentação será em lean canvas, espécie de apresentação que foca na estratégia do modelo de negócios. “A expectativa é fazer vários pitchs ao vivo, avaliando quais ideias vão funcionar”, resume Jean.
Fonte: Notícias da UFSC
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