A criptografia é a camada que transforma uma simples captura biométrica em uma prova digital confiável, com validade técnica e jurídica. No dia 21 de outubro, vamos celebrar o Dia Mundial da Criptografia, uma data que nos convida a refletir sobre a importância da criptografia para a proteção de dados, da privacidade e da segurança digital ao redor do mundo
Por Roberto Marinho

No processo de cadastro e verificação de identidade, tecnologias biométricas, como selfie facial, leitura de documentos e prova de vida, trouxeram conforto e velocidade para o onboarding digital.
Mas, para conquistar a confiança de empresas, usuários e reguladores, é preciso garantir que esses dados também sejam seguros, íntegros e auditáveis.
É aqui que entra a criptografia: a camada que transforma uma simples captura biométrica em uma prova digital confiável, com validade técnica e jurídica. A seguir, entenda como ela atua em diferentes etapas e por que já é uma prática consolidada no mercado.
Prova de vida com “desafio” criptográfico
Em vez de aceitar apenas uma foto ou vídeo, o sistema aplica um desafio ao usuário, por exemplo: “vire a cabeça”, “repita uma frase” ou “diga o número exibido na tela”.
Essa interação é registrada em um resumo criptográfico (hash) e assinada digitalmente, impedindo que fraudadores reutilizem vídeos antigos.
É um método amplamente adotado por provedores líderes de verificação de identidade e também utilizado nos processos do Bry ID, que integram a criptografia ao mecanismo de prova de vida para elevar o nível de segurança das validações.
A origem da captura é autenticada
Dispositivos e SDKs de captura profissional podem assinar digitalmente os dados no momento da coleta, garantindo a autenticidade da origem, ou seja, provando que a imagem ou áudio vieram de um aplicativo autorizado e não foram alterados desde o envio.
Essa camada adicional de autenticação dificulta a injeção de dados falsos e reforça a confiança em todo o fluxo de validação de identidade.
Rastro imutável e auditável: hash encadeado e blockchain
Cada etapa do onboarding — selfie, prova de vida, documento — pode gerar um hash vinculado ao anterior, formando uma cadeia que registra toda a sequência de ações.
Esse modelo cria um histórico verificável criptograficamente, que pode ser integrado a tecnologias de blockchain para auditoria e rastreabilidade.
Na Bry, o mesmo conceito de encadeamento é utilizado no serviço de armazenamento de evidências aplicado aos fluxos de assinatura digital, assegurando integridade, rastreabilidade e transparência em cada transação.
Comunicação protegida e autenticada (TLS / mTLS)
Durante a transmissão, os dados biométricos são protegidos por protocolos de criptografia modernos, como o TLS 1.3, que evita interceptações e ataques man-in-the-middle.
Em integrações mais sensíveis, é possível utilizar autenticação mútua (mTLS), na qual cliente e servidor provam suas identidades antes de qualquer troca de dados.
Armazenamento seguro de dados e chaves
Diferente de uma senha, biometria não pode ser trocada. Por isso, os arquivos biométricos precisam ser armazenados com criptografia robusta (AES-256) e com práticas avançadas de gerenciamento de chaves (HSMs ou KMS).
Essas medidas impedem que as chaves fiquem expostas e permitem rotações periódicas e auditorias controladas.
Na Bry, esses mecanismos são parte do nosso modelo de segurança de ponta a ponta, que protege cada evidência digital coletada, armazenada ou validada em nossos sistemas.
Credenciais digitais verificáveis (Verifiable Credentials)
A próxima fronteira da identidade digital é a credencial verificável, um modelo do W3C em que o resultado da validação biométrica é convertido em um documento assinado criptograficamente.
Essa credencial comprova que a pessoa passou por um processo de verificação com prova de vida, podendo ser apresentada a terceiros sem expor dados sensíveis.
A Bry já acompanha e experimenta essa evolução, alinhada aos padrões de identidade digital soberana (SSI), reforçando o compromisso com privacidade, interoperabilidade e confiança descentralizada.
A criptografia como base da confiança digital na Bry
Na Bry, a criptografia é mais do que um recurso técnico, é parte da cultura de segurança e confiança que norteia todos os nossos produtos e integrações. Desde o Bry ID, voltado à identificação segura de usuários, até o Carimbo do Tempo, que garante integridade documental em conformidade com normas internacionais e ICP-Brasil, cada solução é projetada para assegurar autenticidade, integridade e não repúdio das informações.
Assim, a Bry contribui ativamente para a construção de um ecossistema digital em que prova de vida, biometria e assinatura digital caminham juntas sob o mesmo alicerce: a criptografia.
Sobre a Bry

Há mais de 24 anos, construímos confiança através da tecnologia. Somos a Bry, uma trust tech que faz parte do grupo Certifica&Co e atua no desenvolvimento de soluções seguras para assinaturas digitais, certificação eletrônica, integração de APIs e formalização digital de documentos. Ajudamos empresas e instituições públicas a digitalizarem seus processos com segurança, eficiência e validade jurídica.
Mais do que provedores de tecnologia, somos parceiros na transformação digital com confiança. Nosso foco é unir inovação, performance e conformidade para que o digital seja um ambiente seguro, ágil e acessível para todos.
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