Uma liderança alinhada ao campo da cibersegurança propicia um pensamento preventivo e integrado a longo prazo
Por Adriano da Silva Santos
A importância da cibersegurança aumentou bastante em meio aos acontecimentos dos últimos dois anos.
Esse movimento fez com que houvesse uma forte expectativa para que essas empresas começassem a abordar questões em torno desse problema de forma mais ativa, principalmente entre os grandes executivos das empresas.
Apesar dos grandes gastos nessa área, indústrias patinam há décadas, sem saber ao certo como direcionar recursos e tomar as rédeas em decisões cruciais.
Dentro desse panorama, muitos membros diretores chegaram à conclusão de que os ataques cibernéticos eram apenas uma questão de “quando”, não “se”.
Projetos transformacionais de grande escala estão começando a se recuperar, onde a maturidade da segurança cibernética está bastante atrasada. Liderar essas iniciativas e entregá-las com sucesso, requer um certo tipo de perfil, que pode ser muito diferente daqueles modelos de gestores mais tradicionais.
Os executivos de segurança cibernética mais eficazes estão continuamente planejando o futuro. Eles avaliam continuamente os riscos para sua organização e tomam medidas para reduzi-los antes que os hackers possam usá-los contra eles.
Como consequência, eles estão cientes de que um ataque à sua organização é inevitável e estão prontos para isso.
Existe um entendimento nesse aspecto de que a melhor maneira é não esperar apenas que alguém resolva o problema quando existe um perigo.
Para isso, é essencial que haja alguém para se esforçar em resolver o problema por conta própria, não hesitando em se colocar em situações de risco ou sujar as mãos. Afinal, os riscos são bastante altos.
Desse modo, ter um bom líder de cibersegurança, permite ter estratégias mais ágeis e adaptáveis, que contrapõem os desafios correntes de maneira mais assertiva. Eles possibilitam e enfatizam que o que funciona hoje, pode não funcionar amanhã.
Isso faz com que as empresas estejam à frente, no que tange a proteger seus negócios contra o que vier a seguir, permitindo um aprendizado e desenvolvimento constante da equipe.
Outro ponto está ligado à comunicação. Um gestor de ponta é capaz de simplificar ideias complicadas para que todos em seus negócios estejam cientes da importância da segurança cibernética e do que devem fazer para estarem seguros.
Para criar um plano completo de segurança cibernética com o qual todos concordem, os executivos de segurança cibernética também devem estabelecer conexões com outras partes interessadas cruciais, incluindo liderança sênior, TI e jurídico.
Uma liderança alinhada ao campo da segurança cibernética propicia um pensamento preventivo e integrado a longo prazo.
Muitos gestores dos setores de cibersegurança deixam seus cargos após dois ou três anos por insatisfação, tendo realizado pouco mais do que o lançamento de alguns projetos técnicos paralelos. Isso contribuiu, por exemplo, para a estagnação de processos de defesas cibernética.
Portanto, para garantir que as operações sejam efetivamente protegidas em termos de prevenção, detecção, reação e recuperação, os executivos de negócios precisam investir em pessoas nas quais possam confiar.
Não há espaço mais para companhias “tecnófobicas”. A Segurança cibernética agora precisa de dar um passo seguinte é ir além dos requisitos técnicos convencionais devido à urgência revolucionária da situação. Eles devem contar com líderes engajados, confiáveis, independentes e audíveis em todos os silos organizacionais.
Sobre Adriano da Silva Santos
O jornalista e escritor, Adriano da Silva Santos é colunista colaborativo do Crypto ID. Formado na Universidade Nove de Julho (UNINOVE). Reconhecido pelos prêmios de Excelência em webjornalismo e jornalismo impresso, é comentarista do podcast “Abaixa a Bola” e colunista de editorias de criptomoedas, economia, investimentos, sustentabilidade e tecnologia voltada à medicina.
Adriano Silva (@_adrianossantos) / Twitter
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