Iniciativa atua em favelas do Rio de Janeiro e São Paulo com o objetivo de democratizar o acesso de jovens ao mercado de trabalho
A Quarta Revolução Industrial está remodelando o mercado de trabalho em todo o mundo, integrando pessoas, máquinas, sistemas e produtos. À medida que novas ferramentas de tecnologia são absorvidas, as empresas descobrem o gap de talentos para poder evoluir com seus modelos de negócios.
Essas transformações, se mal administradas, representam o risco de ampliar as lacunas de habilidades, conduzindo a um cenário de maior desigualdade social.
Foi justamente pensando em evitar esse panorama que, em 2017, a empreendedora Aline Fróes, cofundadora da 1STi, principal consultoria especializada em deep tech no Brasil, ajudou a criar o Vai na Web, escola de programação voltada para as classes C, D e E.
Tendo como objetivo democratizar a linguagem da tecnologia e contribuir na eliminação da pobreza por meio da formação de jovens de baixa renda para trabalhar no segmento, a iniciativa está presente atualmente em duas comunidades: Morro dos Prazeres, no Rio de Janeiro, e Paraisópolis, em São Paulo.
Desde então, o projeto já foi responsável pela formação de mais de 2.000 alunos, sendo que muitos deles estão empregados em grandes empresas como Shell, IBM, Deloitte, Nestlé, entre outras.
Aline Fróes, que saiu da educação pública do Rio de Janeiro para uma pós-graduação em Stanford, uma das universidades mais conceituadas do mundo, acredita que é preciso levar diversidade para as corporações, incluindo pessoas que não necessariamente saíram das mesmas grandes instituições de ensino.
“Acreditamos que os indivíduos que vão transformar os negócios e a sociedade em si não virão obrigatoriamente dos grandes centros, muito menos das mais prestigiadas faculdades. São as pessoas que conhecem a realidade das ruas, empoderadas pela tecnologia, que darão luz a uma nova onda de crescimento, inovação e produtividade”, destaca.
Qualificação humana, inclusiva e sustentável
Para conseguir cumprir com esse propósito, o Vai na Web desenvolveu duas principais frentes de trabalho: o Social e o Corporate EdTech. O objetivo de ambas é oferecer uma jornada de qualificação digital avançada, humana, inclusiva, sustentável e que contribua com o desenvolvimento social e econômico de territórios, organizações e do Brasil.
Com foco na nova indústria, o Corporate EdTech é um programa corporativo com módulos voltados para empresas que desejam requalificar os seus profissionais e utilizar todo o potencial das tecnologias emergentes na criação e inovação de seus modelos de negócios.
Já o Social EdTech visa democratizar o acesso a tecnologias avançadas em territórios de conflito, exclusão e minorias de direito, fornecendo educação digital gratuita e valores humanos para jovens dessas comunidades.
A partir desses dois projetos, a escola oferece ao mercado o Estúdio Vai Na Web, um espécie de laboratório que presta serviços tecnológicos para companhias parceiras, revertendo o lucro para a própria estrutura interna, e ao mesmo tempo funciona como vitrine para os talentos formados dentro do projeto se inserirem dentro do mercado de trabalho.
“É o caso de Yasmin Miranda, de apenas 17 anos, moradora de Bangu que pegava o trem todos os dias com a sua mãe até o centro da cidade e seguia para o pólo do Vai na Web, no Morro dos Prazeres. Lá ela fez amigos, aprendeu a programar, trabalhou em projetos reais de grandes marcas, como o Hospital Sírio Libanês, e iniciou a construção de uma carreira brilhante. Hoje, ela trabalha como Engenheira de Software para a Red Ventures”, expõe Aline Fróes.
Reconhecimento internacional
Todo esse trabalho do Estúdio Vai na Web vem sendo reconhecido por entidades internacionais.
Recentemente, o projeto conquistou o prêmio de iniciativa brasileira de maior impacto para equilíbrio e gênero no país – e a quinta do mundo – pela ONG Women in Tech.
Para o futuro, a escola, que hoje conta com um comando 100% feminino sob a direção de Aline Fróes e Cris dos Prazeres (Empreendedora Social), pretende expandir a iniciativa para transformar a vida de ainda mais jovens.
“Nos próximos dois anos, o nosso objetivo é contar com um pólo de tecnologia dentro de cada uma das 10 maiores favelas do Brasil, além de formar e empregar pelo menos 1.000 alunos anualmente. Para isso, pretendemos ser parceiros e acelerar as entregas digitais das empresas que almejam ser mais responsáveis e inovadoras”, finaliza Aline Fróes.
Sobre a 1STi
A 1STi, consultoria deep tech do Brasil, é pioneira em usar o conceito para escalar negócios no país, a empresa procura resolver desafios profundos e problemas complexos de seus parceiros por meio de uma abordagem inovadora, com mensuração de resultados e análise de novas possibilidades.
Ao imergir totalmente em seus clientes para entender seus desafios com propriedade, a empresa consegue encontrar caminhos inovadores para a resolução de problemas, implementando uma tecnologia com alma, arquitetada por pessoas e sempre em prol de um impacto social.
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