Os setores de varejo e serviços são os que mais investem em tecnologia para auxiliar o crescimento do negócio
Por Ana Debiazi
A inovação com que tanto sonhávamos já ganhou a palma das mãos. Afinal, é fato que os novos comportamentos e os níveis de exigência dos consumidores causaram diversas mudanças no varejo, aceleradas pela pandemia, é claro.
Não é à toa que milhares de startups brasileiras têm se dedicado a pensar em melhorias para o setor.
Ainda em 2015, a Deloitte, junto do MIT, declarou que a transformação digital não se tratava de upgrade tecnológico, mas sim de abordagem estratégica.
A partir daí, esse movimento se tornou cada vez mais o foco das empresas. Não importa qual o tamanho, o segmento, nem o tempo de atuação no mercado: transformação digital é uma necessidade.
Nesse sentido, o varejo se consagra um dos setores que hoje mais dependem da tecnologia para sobreviver.
Para acompanhar as mudanças do mercado, é preciso investir nas principais soluções que vêm transformando o segmento, ou seja: e-commerces, meios de pagamento mais modernos, atendimento ao cliente omnichannel, canais de venda em redes sociais com uso do marketing digital e de influenciadores, personalização de consumo, ferramentas para gestão de estoque e para melhores experiências de compra, além de logística.
Para se ter uma ideia, uma pesquisa realizada pela Cortex, empresa líder em inteligência de vendas B2B na América Latina, revelou que, no Brasil, os setores de varejo e serviços são os que mais investem em tecnologia para auxiliar o crescimento do negócio.
Em seguida, estão o segmento financeiro, a indústria e a logística. No setor de varejo, o comércio de vestuário e acessórios, produtos alimentícios e produtos farmacêuticos são os que mais se destacam. O estudo analisou 1,1 milhão de empresas, entre matrizes e filiais.
Dessas, 24,9% foram identificadas com alto nível de tecnologia, 65% com médio e 25% com baixo nível de tecnologia.
Outro levantamento, também da Cortex, mostra o cenário das startups no Brasil e suas principais áreas de atuação.
Segundo a pesquisa, das 11.562 startups ativas no país, 28% são do segmento de tecnologia da informação, 22% de serviços e 16% do varejo. No ranking, aparecem ainda indústria com 11% e financeiro com 6%.
Frente a uma nova realidade, não podemos mais negar o auxílio de soluções desenvolvidas justamente para suprir necessidades básicas do varejo e prestar os melhores serviços aos consumidores.
Para reiterar essa revolução, deixo ainda aqui o exemplo de três startups com soluções de destaque para o setor. Que tal se inspirar?
SelfSupply no varejo
Para o varejista que ainda não tem seu e-commerce estabelecido, essa startup trabalha com o modelo de negócio white label, ou seja, é possível adquirir o software diretamente do desenvolvedor e cuidar somente do conteúdo disponibilizado na plataforma.
Trata-se de uma opção em que adotará um modelo já testado e aprovado, facilitando o processo. A companhia também conta com a funcionalidade de marketplace, ou seja, seus produtos dentro de outros sites.
FUI
Um last mile para o varejista entregar suas vendas dentro do prazo estabelecido ao consumidor. Conta com rastreador de entrega, além de motoentregadores com a roteirização para envios eficientes.
iWert
O melhor ERP para o varejista. É um sistema de gestão de lojas, redes ou franquias, com gestão de estoque e financeiro, cadastro do cliente e faturamento. Tudo o que é preciso para começar de vez a inserção no mundo digital.
Sobre o autor
Ana Debiazi é CEO da Leonora Ventures, corporate venture builder com DNA inovador e com proposta de trazer soluções para os setores de educação, logística e varejo e promover a aproximação entre organizações já consolidadas e startups
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